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Dia Internacional dos Museus celebrado em Lagos com memórias de Abril

Dia Internacional dos Museus celebrado em Lagos com memórias de Abril

O Museu de Lagos celebrou o Dia Internacional dos Museus com atividades gratuitas e uma programação cultural integrada nos 50 anos das comemorações municipais do 25 de Abril, que evidenciou a importância dos museus no fortalecimento dos valores democráticos.

A sessão cultural, que reuniu mais de uma centena de pessoas no auditório dos Paços do Concelho Séc. XXI no passado sábado, teve início com a apresentação dos resultados do projeto “Memória em Ação”, desenvolvido pela equipa do Museu de Lagos, ao longo do último ano, nas quatro freguesias do concelho. A pesquisa e recolha de testemunhos dos munícipes sobre as suas vivências do 25 de Abril, incluindo testemunhos dos agentes do poder autárquico local, resultou na colheita de 25 entrevistas gravadas e integralmente transcritas e um total de 99 documentos, que integram agora o acervo monumental do Museu de Lagos e já podem ser acedidos, de forma livre e universal, através do site do Museu de Lagos.

A riqueza cultural deste acervo de memórias inspirou a realização do documentário “LAGOS, 25 DE ABRIL: AS MINHAS MEMÓRIAS, A NOSSA HISTÓRIA”, que estreou neste dia, dando voz a quem viveu e fez a história recente do concelho de Lagos, desde os anos cinzentos da ditadura aos dias das conquistas de Abril, alcançados pelo esforço coletivo das gentes deste território. Esta obra estará disponível para fins educativos, de investigação e de fruição cultural, mediante contacto com o Museu de Lagos (museu@cm-lagos.pt).

Seguiu-se uma conversa, moderada pelo jornalista Mário Crespo, com a participação da historiadora Maria João Raminhos Duarte, que trouxe aos presentes uma verdadeira aula sobre as organizações políticas clandestinas no Algarve nos anos 40, e de Miguel Paleta Veloso, com o seu testemunho pessoal sobre o enquadramento familiar, que cedo lhe permitiu tomar consciência da situação política e social que se vivia em Portugal.

A sessão terminou com a intervenção do público nesta conversa de Abril e o apelo para que o conhecimento do passado tenha lugar no presente, sendo um verdadeiro repto para continuar a construir a sociedade democrática, sobretudo junto dos mais jovens.

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