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Dia do Combatente e da Batalha de La Lys

Dia do Combatente e da Batalha de La Lys

Em jeito de homenagem a todos os que tombaram no campo de batalha e àqueles que ainda mantêm abertas as feridas da guerra, a Câmara Municipal de Loulé juntou-se, uma vez mais, ao Núcleo de Loulé da Liga do Combatentes para assinalar o 107º aniversário da Batalha de La Lys e Dia do Combatente.

Esta quarta-feira, 9 de abril, em frente ao edifício dos Paços do Concelho de Loulé, a cerimónia protocolar contou com a deposições de duas coroas de flores, bem como a imposição de medalhas a cinco antigos combatentes louletanos.

Foi às primeiras horas do dia 9 de abril de 1918 que aconteceu a mais “sangrenta carnificina” das tropas portuguesas durante a I Guerra Mundial, em que as forças alemãs esmagaram os jovens portugueses, num dos episódios mais negros da nossa história.

Também do concelho de Loulé, das freguesias do interior à serra, partiram muitos “jovens, corajosos, enviados para os horrores do campo de batalha, que terão contribuído com o seu sacrifício e, para muitos, com a sua vida, para a vitória da democracia na Europa”, lembrou o vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, David Pimentel.

Para estes homens e também para aqueles que estiveram a combater no Ultramar, cujos nomes estão inscritos nas lápides na fachada dos Paços do Concelho, o responsável municipal disse: “Loulé orgulha-se dos seus combatentes! Agradece o sacrifício no cumprimento do dever, não só àqueles que infelizmente perderam a vida, mas também aos que sofreram atrozmente as loucuras da guerra e que merecem de todos nós o respeito”.

O vice-presidente referiu o olhar atento que a Autarquia tem tido com os seus combatentes, através de ações como o apoio psicológico e social a eles e às suas famílias, mas também ao assinalar datas simbólicas para o país e para a Europa, como é o caso deste 9 de abril.

Manuel Costeira, presidente do Núcleo de Loulé da Liga, disse que iniciativas como esta cerimónia devem ser dirigidas muito mais “em memória dos antigos combatentes que ainda estão vivos”. “Temos que enterrar os mortos e tratar dos vivos, e muitos têm sido muito mal maltratados. Ficamos muito felizes por finalmente conseguirmos reconhecer o serviço que prestaram à Pátria!”, relevou este militar.

Quando vários pontos do globo são hoje palco de conflitos militares, ao assinalar esta efeméride pretende também o Município de Loulé fazer uma apologia à paz porque “recordar não é só homenagear, é agir, é fazer da memória uma arma contra a violência e a destruição”. “A guerra mata, a paz preserva”, disse ainda David Pimentel, numa altura em que o esforço diplomático está a ser insuficiente para travar as armas.

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