Com o objetivo de acompanhar de perto os avanços e recuos da causa animal em Olhão, o Deputado Municipal Alexandre Pereira e Brígida Bizarro do PAN Olhão visitaram o atual Canil Municipal e as obras do novo Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA).

Alexandre Pereira começa por relembrar que numa reunião com a autarquia em 2020 referiu que “uma política que aposta no bem-estar animal deve priorizar campanhas de esterilização em massa, como meio mais imediato de minorar o problema do abandono e aumento do número de animais errantes, devendo por isso realizar protocolos com mais clínicas veterinárias para aumentar o número de esterilizações, apostar em campanhas de sensibilização e adoção responsável, e não pode ignorar as dívidas que associações e cuidadores informais vão acumulando nas clínicas veterinárias para tratar e cuidar dos animais abandonados que são da responsabilidade da autarquia, sendo por isso necessário aumentar os valores dos subsídios às associações”. Continua acrescentando: “nessa mesma reunião solicitámos que fossem utilizados dois outdoors para campanhas de esterilização e adoção, no entanto a vereadora do anterior executivo referiu que tal não seria possível”.

O Deputado Municipal em Olhão, refere que “hoje, passados três anos, é com agrado que percebemos que o efeito do PAN em Olhão é real e que esta proximidade com a comunidade, associações, cuidadores informais e autarquia resulta. Aquilo que não foi possível há três anos, hoje existe. Já temos outdoors com campanhas de sensibilização e adoção responsável, existiram aumentos no apoio às associações, aumentaram os números de esterilizações e está previsto um acordo com clínicas veterinárias para dar apoio às necessidades do município. É suficiente? Não, ainda não! Mas torna-se evidente que os alertas e chamadas de atenção constantes do PAN fazem falta em Olhão.”

Brígida Bizarro, filiada e voluntária na causa animal, colocou várias questões ao Médico Veterinário Municipal, Dr. Pedro Rego, tendo o PAN ficado a saber que a conclusão da infra-estrutura do novo CROA está prevista para o final do ano, sendo os custos com material, aço e ferro o principal problema para o atraso da obra. O novo CROA contará com um espaço para 60 felinos, 150 canídeos e ainda um local para equídeos, e a equipa responsável pelo centro será composta por três médicos veterinários.

Alexandre Pereira destacou ainda que o protocolo existente entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Olhão deveria ser alargado às freguesias de Pechão, Quelfes, Fuseta e Moncarapacho, uma vez que também nestes locais existem cuidadores a necessitar de ajuda com alimentação e cuidados médicoveterinários.

Os representantes do partido mostraram-se disponíveis para colaborar com o município, na pessoa do Vereador Ricardo Calé, e em conjunto definirem estratégias de atuação, como por exemplo:

- Criar um Banco Alimentar Animal para famílias carenciadas, ajudando assim a minimizar a problemática do abandono animal por falta de recursos;

- Implementar uma política de educação/sensibilização sobre o tema da Proteção e Bem-Estar Animal à população em geral;

- Criar campanhas de adoção eficazes e periódicas; -

Abrir o atual canil durante mais dias, incluindo fins de semana, de forma a que os animais tenham interação com voluntários, para que sejam mais fáceis as adoções;

- Elaborar e implementar no município um regulamento de proteção, saúde e bemestar animal.

Ficou por esclarecer se o Grupo de Acompanhamento do Bem-Estar Animal (GABEA), criado em janeiro de 2022 e que previa reunir com uma periodicidade trimestral, tem cumprido esta regularidade e qual a avaliação do primeiro ano de trabalho.

Por fim, a comitiva do PAN tirou fotografias com alguns dos animais que esperam uma adoção responsável: o “Velhote”, com cerca de 8/9 anos, recolhido no Sítio da Charneca em janeiro, o “Menino”, bastante sociável, recolhido na estação da CP também em janeiro, e o “Branquinho”, com 4/5 anos, um pouco assustado, recolhido na zona da Foupana em dezembro.

Alexandre Pereira reforçou que estará presente no dia a dia do município e terá uma voz ativa nas principais preocupações dos cidadãos, não só na causa animal, mas também na vertente social e ambiental, destacando que é sempre preferível e mais eficaz executar políticas preventivas a montante do que andar a resolver os problemas depois destes existirem, sendo a Proteção e Bem-Estar Animal um desses exemplos, pois um município com uma estratégia eficaz e eficiente a montante, evita muitos dos problemas que temos vindo a assistir.