Hoje, dia 1 de Julho, entra em vigor o novo modelo de descontos na taxa de portagem com a aplicação de uma redução de 50% na Via do Infante e outras autoestradas do país, medida inscrita no Orçamento de Estado para 2021.
A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) releva como positiva a redução de 50% nas taxas de portagem, no entanto afirma continuar a «lutar» pela abolição total das portagens e que é o que se impõe com uma maior acuidade. Na óptica da CUVI, o PS, PSD e CDS são os grandes responsáveis «pelos graves prejuízos que continuam a provocar ao Algarve e às suas populações, ao impor e manter as portagens na Via do Infante, chumbando dezenas de propostas para a sua abolição desde o ano de 2011».
O Algarve é a região do país onde mais se faz sentir a grave crise económica e social devido à pandemia da Covid-19. Numa altura em que muitas micro e pequenas empresas encerraram ou vão encerrar, e quando o desemprego, nesta altura do ano, atinge mais de 30 mil pessoas, segundo a CUVI «são necessárias medidas urgentes extraordinárias da parte do Governo para aliviar a grave crise que atinge o Algarve e as suas populações».
Para os utentes da comissão, uma dessas medidas urgentes e extraordinárias que se impõe é a eliminação das portagens e não apenas a redução das suas taxas na Via do Infante – uma necessidade acrescida com a chegada do Verão e a falta de requalificação da Estrada Nacional (EN) 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, factores que «potenciam a ocorrência de inúmeros acidentes rodoviários» nesta zona.
O levantamento das portagens será, na ótpica da CUVI, também uma forma de o Primeiro Ministro «cumprir a palavra que deu aos algarvios em 2015». Assim, «deve o Governo cumprir as disposições da Assembleia da República, diminuindo os acidentes de viação, as vítimas mortais e os feridos, em particular na EN-125, e aliviar a crise para as pessoas e empresas na região», remata a comissão.