O Deputado Pedro Pinto deu continuidade, na tarde do passado dia 13 em Monchique, às rondas de visitas que está a fazer a todos os concelhos do Distrito de Faro.
Esta campanha é promovida sob o lema “Algarve Tour”, o nosso deputado foi acompanhado pelo Presidente da Distrital, João Paulo Graça e pelo Coordenador Concelhio de Monchique, José Gil e pelos elementos da direção distrital Filipe Carvalho e Manuela Cardoso e alguns militantes. Além do contacto com a população nas localidades de Marmelete e Monchique, foram ainda recebidos nos Postos da GNR, Quartel do Bombeiros Monchique e pela ASPAFLOBAL (Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio.
«Na rua ouvimos a preocupação da população sobre a desertificação, sendo apontada a ideia que a criação de um parque industrial traria nova vida ao concelho e em termos de saúde reclamam a falta de médico onde segundo consta existe um médico para 5 mil habitantes:
Posto da GNR
Fomos recebidos pelo Alferes Ciobanu e pela Sargento Ajudante Célia Rodrigues. Este Posto tem 12 efetivos num quadro de 23, existe clara escassez de recursos humanos, as instalações são muito precárias e deficientes, sendo urgente novas instalações.
Em termos de viaturas o Posto tem 1 viatura ligeira e uma Todo o Terreno, pelo que o ideal por ser montanha seria 2 todo o Terreno.
Os militares também se queixam da falta de incentivos, acrescido da grande dificuldade de comprar ou arrendar casas pela escassez e pelos preços praticados.
Quartel de Bombeiros
Fomos recebidos pelo Presidente da Corporação, Vice-Presidente e pelo Comandante, falaram-nos dos problemas: da falta de apoio e financiamento. Referiram que o grande apoio vem do município, que as instalações devido às suas características tem uma manutenção muito difícil e que muita dela é feita com a mão de obra da corporação, pelo que o ideal seriam umas novas instalações, com mais e melhores condições.
Em termos de viaturas referem que o parque existente não é o desejado, mas que dá resposta às necessidades mínimas. Falaram-nos também do custo para equipar o
bombeiro para o fogo urbano, que é caro e escasso, da dificuldade em cativar novos elementos, quer voluntários, quer profissionais, o encargo e dificuldade de transporte de doentes, mas que tem de ser mantido por questões humanitárias. Da falta de políticas e mesmo desprezo dos governos, referindo mesmo que o Sr. 1o Ministro dá pouca atenção aos bombeiros. A carreira por não ter bons incentivos não é aliciante, apontando, por exemplo, isenções em alguns impostos e pagamentos e propinas. Deveria pensar-se nos bombeiros a nível regional, para melhor racionar os recursos, e que são necessários 22 milhões de euros para reabilitar todos os veículos de combate aos incêndios, por isso revindicam mais apoio do governo central e que as despesas e custos da corporação de Monchique é muito diferente da corporação de Portimão, por exemplo.
ASPAFLOBAL (Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio)
Fomos recebidos pelo Sr. Presidente Nuno Fidalgo e sua equipa, começaram por referir que a floresta privada faz falta e que não são estas o grande perigo, muito pelo contrário, para os incêndios. Consideram que a sul do Tejo existe por parte do poder central uma maior discriminação com a floresta, logo os critérios por vezes das restrições de trabalhos com máquinas em alturas de maior risco deveriam ser revistas. Sublinham que o eucalipto, ao contrário do que é defendido, ajuda a combater, atenuar e mesmo até controlar o incêndio.
Foi lançado o repto, mas que não deixa de ser um elemento muito importante de realçar que, por curiosidade, antes de 1990 altura em que foi implementado o combate aos incêndios por privados, os incêndios não eram frequentes como depois disso.
Consideram o mundo rural abandonado, até porque, se calhar, não são muitos os votos dado tratarem-se de pequenas populações. Não acreditam muito na política das ZIP ́s (zonas de implementação florestal) implementadas em 2003/2004.
O CHEGA, agradece a todos os que nos receberam e deixa a promessa que levara estes e todos os restantes assuntos a discussão no lugar próprio.»