A eleita pela Coligação Democrática Unitária (CDU) na Assembleia de Freguesia da Luz, Maria José Cintra, questionou, na sessão de 18-04-2024, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Luz (PJFL) sobre o ponto de situação da cedência do espaço do antigo mercado sito no edifício Luztur à associação sem fins lucrativos Meta Mater (que inclui membros da Freguesia da Luz), para atividades que incluem um espaço multiusos e aberto à comunidade.

Após a Junta ter desistido da ideia – contra a qual a CDU se opôs desde a primeira hora – de arrendar o espaço para “escritórios”, sem se saber concretamente de que se tratava - a utilização do espaço do antigo mercado da Luz, conforme tinha sido decidido e divulgado pela Junta em 2023, já estaria destinado para a referida associação Meta Mater.

Entretanto, para surpresa da CDU e da própria Meta Mater, o PJFL, após a CDU o ter questionado sobre o andamento do processo, informou que, afinal, o espaço já não seria para a associação, não tendo dito se a Junta tem alguma alternativa.

Outra questão colocada pela CDU na referida sessão foi sobre o ponto de situação da utilização do espaço da antiga escola primária da Luz. Sabe-se que o espaço tem sido utilizado por um freguês como armazém para colocação de bens próprios, não existindo, ainda, qualquer protocolo para a utilização desse espaço. Sabe-se que existe a intenção de criar um museu com os bens desse freguês, mas não se sabe quando, não tendo o assunto sido discutido na Assembleia de Freguesia da Luz.

Ora, a Freguesia da Luz não se pode dar ao luxo de desperdiçar espaços como estes, muito menos excluindo do debate eleitos pela população, como a Assembleia de Freguesia. É precisamente o mesmo tipo de descuido, negligência e falta de estratégia a que se assiste em espaços como o parque de jogos da Luz (em que se inclui a perda do parque infantil que lá constava), deixado ao abandono por parte da Junta e da Câmara Municipal. Infelizmente, o PJFL não se dignou responder a nenhuma das questões nem à CDU, nem aos restantes membros da Assembleia ou ao público presente (em que se incluía um dos membros da referida associação), dizendo que iria enviar as respostas por escrito, sem se comprometer com uma data.

A CDU considera que se deve aproveitar e apoiar a vontade de gente que queira dinamizar a vida da Freguesia e que tais processos devem ser transparentes e participados, desde logo pela Assembleia de Freguesia, que é o órgão que acompanha e fiscaliza a atividade da Junta, e em cujas sessões os fregueses podem assistir e intervir. Todos os eleitos da população - e não apenas os que compõem a Junta -, bem como a própria população, devem ter uma palavra a dizer sobre este tipo de estratégias para a Freguesia!

Assim, a CDU não deixará de exigir respostas a estes assuntos por parte da Junta, bem como continuará a lutar para que os processos de utilização dos dois espaços sejam exclusivamente para proveito e desenvolvimento da Freguesia e que sejam feitos de forma o mais transparente e democrática possível, única forma de possibilitar a participação dos interessados em tais decisões e garantir que a utilização dos espaços é atribuída de forma efetivamente justa.