Na sequência da rejeição da proposta apresentada na reunião ordinária da Câmara Municipal de Portimão, realizada a dia 18 de Novembro, o Vereador do CDS–Pedro Catarino na Câmara Municipal de Portimão emitiu o seguinte comunicado.
«1.º- Tendo em consideração o anúncio público, por parte do Sr. Primeiro – Ministro, no passado dia 30 de Outubro, das medidas deliberadas em reunião extraordinária do Conselho de Ministros sobre o combate à pandemia do SARS-CoV-2 e, nesse contexto, da proibição da assistência de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve (A.I.A.) no Grande Prémio de Portugal em Moto GP, agendado para o próximo fim de semana, entendi que deveria apresentar a proposta em anexo, de forma a que a mesma fosse discutida na reunião ordinária da Câmara Municipal de Portimão do passado dia 4 de Novembro;
2.º- Nessa reunião, os eleitos do PS manifestaram total abertura para votar favoravelmente a referida proposta, desde que o teor da mesma pudesse ser negociado,
tendo aliás partilhado a sua indignação pelas palavras do Sr. Primeiro – Ministro no dia 30 de Outubro, pelo que, nesse sentido, acedi a retirar a mesma proposta, tendo sido agendada uma reunião extraordinária para dia 6 de Novembro, a fim de discutir e votar a mesma;
3.º- A referida reunião extraordinária não chegou a ter lugar e, entretanto, não existiu qualquer iniciativa dos eleitos do PS, no sentido de encontrar um entendimento que
permitisse discutir e votar uma proposta consensualizada, que defendesse o AIA e os seus respostáveis das insinuações infundadas do Sr. Primeiro – Ministro, pelo que, face a tal silêncio e tendo presente a evolução da situação pandémica no concelho e as medidas restritivas que, entretanto, foram aprovadas, decidi alterar a mesma proposta e submetê-la a votação na reunião ordinária da Câmara Municipal de Portimão que teve lugar hoje;
4.º- Estranhamente – ou talvez não! – a proposta em causa foi rejeitada apenas com os votos contra do PS, com o argumento de que a linguagem usada na mesma seria
desrespeitosa para com o Sr. Primeiro – Ministro, facto que não deixa de ser curioso, já que a adjetivação usada nesta segunda proposta é a mesma da primeira;
5.º- Não foi a primeira vez, nem terá sido a última, que a Sra. Presidente da Câmara Municipal de Portimão e os Vereadores do PS usam este tipo de expedientes e
manobras para, em lugar de privilegiarem a defesa dos interesses de Portimão, preferirem os truques politiqueiros, próprios dos comissários políticos que só querem
agradar aos Camaradas de Lisboa! O que ganha foros de estranheza é que, estando os eleitos do PS na Câmara Municipal de Portimão obrigados à defesa do interesse público e dos seus munícipes, tenham os mesmos branqueado, com o seu voto contra, as inaceitáveis declarações do Sr. Primeiro – Ministro quando anunciou a ausência de público na prova de Moto GP;
6.º- Por muito que custe à Sra. Dra. Isilda Gomes e demais eleitos do PS, o Sr. Primeiro – Ministro teceu considerações infundadas sobre o AIA e os seus responsáveis,
inculcando com as mesmas a ideia – injusta e desprovida de qualquer base factual ou científica – que não haveria preparação ou conhecimentos para realizar eventos com público na presente conjuntura, o que além de ser redondamente falso, é claramente atentatório da credibilidade pública do AIA e dos seus responsáveis;
7.º- Acresce que, digam os eleitos do PS de Portimão o que disserem, tais declarações, além de infelizes e sem fundamento, poderão acarretar a diminuição da credibilidade pública do AIA, nomeadamente, aos olhos das entidades internacionais que licenciam e autorizam a realização de provas desta dimensão e importância em Portimão, sendo até de questionar se tais declarações, vindas do Sr. Primeiro – Ministro, não poderão fazer recear pela viabilidade da realização de provas de Fórmula 1 e Moto GP no AIA em anos vindouros;
8.º- O que é grave e não pode ser escamoteado é que quando se trata de defender Portimão e os Portimonenses contra posições do Governo do PS que não servem os
interesses do concelho, a Sra. Dra. Isilda Gomes e os seus Camaradas optam invariavelmente pela vassalagem e subserviência políticas ao Governo, sempre em prejuízo dos Portimonenses;
Nesta, como noutras matérias, a Sra. Presidente e seus Camaradas, fazem uma coisa e afirmam, sem pudor ou decoro, que fizeram coisa diferente!»