A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) da região do Algarve, em parceria com o Gabinete do Ministro das Infraestruturas e Habitação e com o Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), promove na próxima segunda-feira, dia 19 de Julho, pelas 15 horas, uma sessão de apresentação das bases do Plano Nacional Ferroviário.
O sector dos transportes representa 25% das emissões de gases com efeito de estufa da União Europeia, enquanto o transporte ferroviário é responsável por apenas 0,4% dessas emissões. O sector dos caminhos-de-ferro é, em grande parte, electrificado, tendo sido o único modo de transporte a reduzir consideravelmente as suas emissões desde 1990. Este sector também pode desempenhar um papel significativo no âmbito do turismo sustentável.
No Algarve, a Infraestruturas de Portugal tem previsto para este ano de 2021 a adjudicação da electrificação da Linha do Algarve, no âmbito do Programa Ferrovia 2020.
No ano assinalado como Ano Ferroviário Europeu, avança o debate sobre o Plano Ferroviário Nacional (PFN), um instrumento que irá definir a rede ferroviária de interesse nacional e internacional. Com este plano, pretende-se conferir estabilidade e previsibilidade ao planeamento da rede ferroviária para um horizonte de médio e longo prazo.
A adopção de um Plano Ferroviário Nacional está prevista no programa do XXII Governo Constitucional, que também estabelece como objectivos levar a ferrovia a todas as capitais de distrito, reduzir o tempo de viagem entre Lisboa e Porto e promover melhores ligações da rede ferroviária às infra-estruturas portuárias e aeroportuárias. Além desses, o PFN deverá assegurar uma cobertura adequada do território e a ligação dos centros urbanos mais relevantes, bem como as ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia. Deverá ainda garantir a integração do modo ferroviário nas principais cadeias logísticas nacionais e internacionais.
Na Estratégia de Desenvolvimento Regional – Algarve 2030 destacam-se como muito relevantes a melhoria das ligações modais intrarregionais, em particular na ligação ao Aeroporto Internacional de Faro, bem como o desenvolvimento do estudo de ligação a Andaluzia, posição partilhada e recentemente reiterada por ambas as regiões através de manifesto assinado por associações empresariais e autarcas.