Segundo apurou o ‘CL’, a decisão foi tomada após alguma hesitação da autarquia e depois do apelo lançado pelo Governo para evitar festividades nesta altura, devido ao aumento de casos da pandemia.
A passagem de ano de 2021 para 2022 na cidade de Lagos não contará com fogo de artifício sob a responsabilidade da Câmara Municipal. A decisão foi tomada após alguma hesitação por parte da autarquia, segundo apurou o nosso Jornal, e depois do apelo lançado pelo Governo para evitar festividades nesta quadra, durante a fase de contenção decidida em Conselho de Ministros, até ao dia 09 de Janeiro de 2022, devido ao alastramento da pandemia de Covid-19. O ‘CL’ tentou falar com o presidente da edilidade, Hugo Pereira, sobre essa situação, mas não foi possível recolher declarações.
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Empresários da restauração e bares com prejuízo de 400 mil euros devido à obrigatoriedade da apresentação de testes negativos à Covid-19 por parte dos clientes
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Em face do cancelamento de festas, aquilo que também ficou sem efeito foi um concerto, que estava inicialmente previsto na Praça do Infante Dom Henrique, em Lagos, como referiu ao ‘CL’ o responsável da Delegação da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), Ângelo Mariano. Por outro lado, apontou para “um prejuízo de cerca de 400 mil euros” a atingir os empresários da restauração e bares neste concelho, devido à obrigatoriedade de os clientes terem de apresentar testes negativos à Covid-19 nesses estabelecimentos.
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O facto de a autarquia ter desistido do fogo de artifício é encarado como “uma forma de se desresponsabilizar perante aglomerações de pessoas” que se venham a verificar durante a madrugada
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“Não há fogo de artifício a cargo da Câmara Municipal de Lagos para evitar ajuntamentos de pessoas. O local de onde estava inicialmente previsto o lançamento de fogo de artifício era na zona da Meia-Praia, o que iria contribuir para aglomerações de público junto à Avenida dos Descobrimentos”, observou aquele dirigente da ACRAL. “De qualquer modo, ao que tenho conhecimento, há fogo de artifício, da responsabilidade de particulares, em Lagos, e noutras zonas do concelho, como a Praia da Luz. E por isso, há sempre ajuntamentos, difíceis de controlar por parte das autoridades policiais”, alertou Ângelo Mariano.
O facto de a autarquia lacobrigense ter desistido do fogo de artifício é também encarado como “uma forma de se desresponsabilizar perante aglomerações de pessoas” que venham a verificar-se durante a madrugada para festejar a entrada no ano de 2022.
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Já o guarda-nocturno Carlos Tendeiro, em recente entrevista ao ‘CL’, garantiu: “Nunca é fácil controlar, até porque, falando na nossa cidade, existe muito local onde se podem verificar ajuntamentos sem serem detectados”.