O Bloco de Esquerda quer saber se o Governo tem conhecimento do anúncio de encerramento da estação de correios de Sagres e se está disposto a instar a administração dos CTT a parar este encerramento.
Estas são duas de quatro perguntas feitas por um grupo de deputados do Bloco de Esquerda, entre os quais João Vasconcelos, eleito pelo Algarve, sustenta comunicado do Bloco.
A iniciativa parlamentar surge na sequência da aprovação pela Assembleia de Freguesia de Sagres de uma moção contra a intenção da administração dos CTT para encerrar a estação local, onde se manifesta claramente contra a alternativa encontrava, a qual passa pela transferência dos serviços para a junta de freguesia ou lojas de comércio tradicional.
Os parlamentares chamam a atenção que o encerramento desta estação junta-se a muitas outras, e todos este encerramentos agravam os problemas e as assimetrias territoriais "começando a ser uma marca de esvaziamento dos serviços públicos prestados às populações", acentuando-se o isolamento das zonas mais afastadas dos grandes centros urbanos.
Para os deputados bloquistas, "a verdadeira intenção da atual administração dos CTT é transformar a esmagadora maioria das estações de correios em agências bancárias do banco CTT, apostar nos segmentos mais lucrativos dos negócios que estão à volta dos CTT e levar a que seja o próprio Estado, através das autarquias, a assegurar aquilo que faz parte do ADN do CTT enquanto empresa centenária - o serviço postal universal".
Neste contexto, os deputados querem também saber de parte do Governo se este está disposto a forçar a administração dos CTT à reabertura das estações unilateralmente encerradas no ano de 2018, como de todas aquelas que já encerraram este ano.
Para o Bloco o anúncio de encerramento em catadupa é um situação "absolutamente intolerável, na medida em que colocam as populações em sobressalto e parece integrar-se numa estratégia de lançar um alarme generalizado nas comunidades para que estas pressionem as autarquias a substituírem-se aos CTT na prestação dos serviços"
Os parlamentares questionaram se o Governo considera que todos os exemplos "não são razões mais do que suficientes para que o Estado seja chamado a recuperar o controlo público do serviço público universal dos correios com a maior urgência possível".