Perante largas dezenas de apoiantes e simpatizantes, a Coligação Democrática Unitária (CDU) apresentou na passada sexta-feira, na Praça Gil Eanes, os primeiros candidatos das listas para autarquias do concelho de Lagos nas eleições do próximo mês de Setembro.
Esta apresentação pública teve início a partir das 18:00 horas e foi antecedida pela actuação do músico João Faísca, que encerrou com canção de Zeca Afonso "Os Índios da Meia Praia".
Maria Luísa Teixeira, mandatária concelhia da CDU, deu início à sessão apresentando os primeiros candidatos: à Câmara Municipal, Alexandre Nunes, professor; à Assembleia Municipal, José Manuel Freire, aposentado do Instituto de Emprego; e às Assembleias de Freguesia – de Odiáxere, Manuel Catarino, estudante finalista da Licenciatura em Direito; da Luz, Maria José Cintra, aposentada dos CTT; de S. Gonçalo de Lagos, Luís Fagundes, empresário livreiro. Por motivos imprevistos, o primeiro candidato de Bensafrim e Barão de S. João será divulgado em breve.
De seguida, deu a palavra a Alexandre Nunes, que agradeceu ter sido convidado pela CDU como independente e referiu que o afastamento dos cidadãos e o deficiente funcionamento da democracia se deve a que, nos últimos 20 anos, «Lagos só conheceu a maioria absoluta do PS. E estamos convictos de que há um fosso entre o concelho que temos, e o que poderíamos ter se os recursos que temos tivessem sido usados em verdadeiro benefício da população lacobrigense».
Pelo contrário, a CDU pretende «construir com a população um concelho com um planeamento urbanístico democrático e transparente; com habitação a custos acessíveis; com uma vida económica diversificada; com mobilidade assente no transporte público; que promova a saúde e o bem estar; que avalie e antecipe riscos e alterações climáticas; que não confunda cultura com programação cultural; que incentive o movimento associativo; que desenvolva a educação; que atraia os mais jovens e atenda os mais idosos que tenha serviços de qualidade; que seja inclusivo, aberto ao país e ao mundo.
Terminou referindo que, nestas eleições, o voto útil é aquele que contribui para dar resposta aos problemas de Lagos: «Não é um voto de protesto, é um voto de projecto para o concelho. Não falamos de desilusão, mas de esperança, pois a governação PS não é algo a que os lacobrigenses tenham que se resignar, a alternativa existe, tem nome: CDU. (...) A todos asseguro que podem contar connosco, nós contamos convosco para construir a alternativa».
A terminar, interveio Vasco Cardoso, da Comissão Política e do Comité Central do Partido Comunista Português (PCP), que referiu as características dos eleitos da CDU, que corporizam um projecto, uma forma de estar na política, um conjunto de opções, orientações e prioridades que tornam a CDU uma força distintiva com provas dadas, trabalho e obras realizadas ao serviço das populações.
Foi num ambiente de confiança e entusiasmo que Maria Luísa Teixeira encerrou a sessão.