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Abril-Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

Abril-Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

Todos os anos, as CPCJ - Comissões de Proteção de Crianças e Jovens - recebem mais de 45.000 comunicações de situações de perigo e trabalham em cerca de 70.000 processos de promoção e proteção.

Para assinalar o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância (abril), a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), organismo que coordena as 312 CPCJ existentes no país, promove anualmente uma campanha de sensibilização, com vista à prevenção dos maus-tratos, práticas muito lesivas para as crianças, que podem deixar marcas profundas no seu desenvolvimento. Acontecem em diferentes contextos e são transversais a todos os estratos da população, revestindo muitas formas: negligência, abandono, maus-tratos físicos e psicológicos, abuso sexual.
Tendo como símbolo um laço azul e como slogan “Serei o que me deres, que seja amor”, esta campanha, visa chamar a atenção da comunidade para a necessidade de todos prevenirmos e combatermos os maus-tratos a que muitas crianças são sujeitas.
Portugal é um dos países onde esta iniciativa tem maior expressão e dimensão. Todos os anos, as CPCJ envolvem escolas, municípios, associações desportivas, dinamizando milhares de crianças e adultos em atividades e ações de sensibilização.

A sessão de abertura desta campanha vai decorrer no próximo dia 2 de abril (programa em anexo), com a apresentação, pelo INE, dos resultados do Inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado no que toca à violência na infância, um projeto iniciado em 2017 pelo Eurostat.
A origem da Campanha
Em 1989, uma mulher norte americana (Bonnie Finney), amarrou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos. Com esse gesto, quis “fazer com que as pessoas se questionassem”. A repercussão desta iniciativa foi de tal ordem, que abril passou a ser o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.
“O Azul funciona para mim como um constante alerta, para lutar pela proteção das crianças”, terá dito Bonnie W. Finney.

E porquê azul? Porque, apesar de ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos cheios de nódoas negras dos seus netos. O azul, que simboliza a cor das lesões, passou por isso a ser uma imagem constante na sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
A história que Finney contou aos elementos da sua comunidade foi trágica: o seu neto tinha morrido de forma brutal por ter sido espancado pela mãe e pelo namorado.
Esta campanha, que começou como uma homenagem desta avó aos netos, expandiu-se para alguns países, que usam as fitas azuis e laços em memória daqueles que morreram ou são vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos. É também uma forma de apoiar as famílias e fortalecer a comunidade, nos esforços necessários para prevenir todas as formas de negligência e abuso infantil.

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