O próximo período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones, do projecto Floresta Comum, decorre desde hoje, dia 29 de Julho, até dia 30 de Setembro de 2022, e está aberto a todas as entidades que tenham responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), contando com uma disponibilidade inicial de 114.500 plantas de 45 espécies florestais das quais 36 são espécies florestais autóctones.
O Regulamento e os formulários de candidatura, para os projectos florestais ou de conservação da natureza e recuperação da biodiversidade e para os projectos educativos e parques urbanos, da 12.ª edição, estão disponíveis no site www.quercus.pt através do separador Projectos - Floresta Comum ou no site www.florestacomum.org/candidaturas.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, I.P. - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta parceria surgiu com o objectivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, entre outras, são evidentes. Em comparação com as espécies introduzidas (exóticas), esta floresta está mais adaptada às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.