Greenwashing é uma forma de desinformação frequentemente utilizada para seduzir um aspirante a consumidor sustentável, tem o visual de uma alegação falsa ou incumprida de empresas que prometem ser sustentáveis, biodegradáveis, ou ambientalmente conscientes.
Tem presente aqueles produtos que apresentam na embalagem palavras como "sustentável” ou "melhor para o planeta" com imagens ou simbologia em tons verde? ou aquelas garrafas feitas de "materiais reciclados” ou produtos de cuidado da pele " 100% naturais”, mas sem qualquer informação que sustente esses argumentos? São exemplos comuns de greenwashing!
Porém, existem situações em que é mais difícil encontrar ou distinguir o greenwashing. Tomemos o exemplo de uma nova linha de vestuário promovida por um grande retalhista como sendo uma produção sustentável, com pouca utilização de água. Teoricamente, esta linha de vestuário é produzida com menos impacte ambiental, mas essa mesma empresa poderá estar a ignorar esse impacte nas restantes linhas de produtos, isto é, a sua produção geral poderá ser prejudicial ao ambiente.
O que podem os consumidores fazer?
Muitos consumidores querem fazer a escolha acertada e sustentável. O problema é que nem sempre conseguem perceber qual será essa opção. Portanto, os consumidores podem começar por duvidar de expressões vazias ou banais, alegações ambientais genéricas, vagas e exageradas que, na verdade, apenas querem convencer o consumidor que fazem compras mais sustentável. Desconfiar antes de escolher, interrogar-se e informar-se antes de comprar! Nem tudo o que é verde é amigo do Planeta!
O que está a ser feito para proteger os consumidores?
A União Europeia está a trabalhar numa solução que proporcionará aos consumidores informações essenciais e fiáveis sobre as características verdes de um produto. A iniciativa legislativa, que será apresentada nos próximos meses, obrigará as empresas a justificar as alegações ambientais mediante a utilização de métodos previamente definidos.
Enquanto tal não acontece, a DECO e os consumidores exigem às empresas que “Não se pintem de verde! Contem as coisas como elas são!”