Para quem pretenda investir ou transferir as suas poupanças para um produto financeiro mais atrativo, e de capital garantido, mudar para um depósito a prazo mais bem remunerado é um passo importante para fazer render o dinheiro.
As projeções mais recentes da inflação para 2020, pelo Banco de Portugal, apontam para 1,2 por cento. Os melhores depósitos a um ano ficam abaixo desse valor, ou seja, não haverá ganhos reais. Se tivermos em conta a taxa média de um depósito a 12 meses (0,1%), a realidade é ainda mais negra.
E não se anteveem perspetivas de subida. Este cenário de baixo rendimento da generalidade das aplicações de poupança de baixo risco com taxas próximas de zero, inclusive nos melhores depósitos não incentiva a poupança.
Com uma taxa de poupança de apenas 5,9% (no segundo trimestre do ano, segundo o INE), os portugueses são dos que menos poupam no velho continente.
Temos insistentemente alertado para este problema e até apontado algumas medidas que poderiam dinamizar a poupança, como a descida da taxa de imposto nos produtos de aforro (atualmente é de 28%, mas antes da crise era 20%) e a criação de novos produtos de dívida pública. Mas também a revitalização das contas de poupança, por exemplo, através de incentivos fiscais à semelhança do que acontece, por exemplo, na Bélgica, onde as contas poupança são um dos produtos mais populares porque estão isentos de pagamento de imposto sobre os juros até 980 euros de juros anuais.
Por cá, a maior parte das famílias não tem sequer um fundo de emergência e, às taxas atuais, grande parte das famílias deixa o dinheiro à ordem, já que o rendimento não justifica colocá-lo a prazo.
Ainda assim, é no prazo de três meses que são oferecidas as melhores taxas de juro do mercado. Isto porque se tratam de contas promocionais exclusivas para novos clientes, sobretudo na banca online.