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Rui Rio, o antipolítico que veio salvar a política?

Rui Rio, o antipolítico que veio salvar a política?

Artigo de opinião de PEDRO MOREIRA Presidente da CPS do PSD - Lagos

Edição Impressa do Jornal Correio de Lagos 347 · SETEMBRO 2019

Vivi no Porto entre 1984 e 1987. Que me perdoem os meus amigos portuenses, mas naqueles tempos o Porto parecia-me uma aldeia com um milhão de habitantes. Uma grande urbe de província, depressiva e deprimida, entregue aos (maus) cuidados de um Fernando Gomes sofrível, de uma eminência parda chamado Jorge Nuno Pinto da Costa e de meia dúzia de famílias semi-obscuras que punham, mas mais dispunham da cidade a seu belo prazer. No inicio dos anos 2000 Rui Rio, contra todas as probabilidades, ganha as eleições para a autarquia e logo comecei a sentir pelas notícias, as ondas de choque e as transformações que o seu estilo de governo da cidade provocaram.

Não é fácil alterar o Status Quo e o Modo de um sistema a operar e instalado há décadas, principalmente quando mexemos com interesses instalados, vícios de forma, formas de fazer e de estar sempre tão queridos nas sociedades estagnadas. É necessária uma personalidade forte, competência para o desempenho das funções a que nos propomos, uma dose certa de teimosia, um sentido de Ética e Justiça acertados e um grau elevado de certeza na justeza das nossas ações. Rui Rio reúne este conjunto daquilo que considero virtudes políticas e principalmente a ele se deve o lançar e a consolidação dos pilares da transformação socioeconómica desse Porto dos anos 80 neste Porto vibrante, turístico e economicamente pujante do século XXI. Não sou grande adepto dos “salvadores da pátria” nem dos homens ou mulheres providenciais. Esses caminhos têm a triste tendência de se transformar em aventuras desastrosas para os povos que nelas embarcam.

Rui Rio tem as suas debilidades, como aliás todos temos. Uma certa inabilidade política, que neste país habituado a grandes artistas de variedades nesse departamento, costuma ter um custo político elevado aliado a uma imprensa quase sempre hostil ou céptica obrigam-no a esforços redobrados na passagem da sua mensagem aos portugueses. Mas acredito que no próximo dia 6 de Outubro, todos nós cidadãos maiores com direitos e responsabilidades para com a nossa sociedade, saberemos fazer um exercício de reflexão sobre os últimos quatro anos de governação. Principalmente na nossa região o Algarve, o que melhorou, o que piorou, que deputados lutaram por uma Saúde melhor, por uma rede viária digna de um país europeu, por uma ferrovia do século XXI, por uma política de apoio à Agricultura e à Habitação. E que personalidade com possibilidades de gerir o governo da nação tem provas dadas de competência, ética e honestidade no exercício de cargos públicos.
 

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