Artur Teixeira Gomes, presidente da JSD Algarve
Impressionante como bastaram 12 horas para cair a narrativa de que Luís Montenegro era um líder sem propostas e ideias para passar a ser o centro de toda a atenção da máquina de propaganda do Partido Socialista. Na semana em que se debateu a votação final em especialidade do Orçamento do Estado, esse passou para segundo plano, quando Montenegro, sem pedir licença, na tarde de sábado em Almada, apresenta uma visão clara, concreta e concisa daquelas que são as suas prioridades enquanto candidato a Primeiro-Ministro de forma veemente e inequívoca. Mas no final do dia, como é que isto se reflete no nosso Algarve?
Em matéria de redução de impostos, quer seja através do IRS Jovem, que baixará os impostos pagos por todos os Jovens até 35 anos à razão de um terço do atual, ou seja através da baixa do IRC, a região do Algarve que se enuncia como uma das mais empobrecidas de Portugal Continental, tem uma oportunidade para fixar mais jovens trabalhadores e as empresas encontrarão um destino de excelência para desenvolverem os seus negócios contribuindo para a diversificação económica que tanta falta faz à nossa região.
Na temática das pensões, permitam-me que seja curto e objetivo, Luís Montenegro foi claro como a água no seu discurso e apenas interessa aos subservientes do aparelhismo socialista tentar inverter ou incutir medo ao povo Português. Luís Montenegro foi claro, todas as pensões serão aumentadas exatamente como a Lei o prevê, sem truques ou cortes de 6 meses como aconteceu o ano passado. As pensões mais baixas e que recebem Complemento Solidário para Idosos irão ver o complemento ajudar efetivamente as suas pensões e fazê-las atingir o valor de 820€ até 2028. Posteriormente irá ser tabelado ao mesmo nível que o Salário Mínimo Nacional acompanhando esse mesmo valor. Esta é uma medida de clara justiça social que incide precisamente nos que mais precisam de apoio do Estado e é de fácil explicação, existem várias pessoas com pensões diminutas que durante a sua vida ativa compraram imóveis ou outros bens que lhes produzem rendimento mensal extravasando o valor e a incidência que esta medida procura ter junto das populações mais frágeis de forma a diminuir as desigualdades. O problema é que os Socialistas gostam de tomar a parte pelo todo e oferecer as mesmas condições a Ricos e Pobres vendendo uma falsa sensação de igualdade aumentando desigualdades e empobrecendo o nosso País, aliás, os dados conhecidos no início desta semana dão-nos conta de um empobrecimento de 17% face ao ano anterior refletindo as políticas erradas dos últimos anos. Numa região envelhecida e com muitos idosos a viverem afastados do litoral algarvio, este reforço nas suas pensões será um alívio que lhes permitirá pagar as suas contas e não ter de escolher entre a sua alimentação ou a sua saúde.
A nossa região do Algarve, ano após ano, bate recordes de alunos sem professores, este ano começámos o ano letivo com 10.000 alunos sem professor a pelo menos uma disciplina e existem alunos que não terão até ao final do ano letivo alguma dessas disciplinas. O PSD comprometeu-se, e bem, a repor o tempo de serviço dos professores na integra, de forma faseada na ordem dos 20% ao ano, garantindo assim aos professores justiça à sua carreira e à importância fundamental que têm no desenvolvimento da Sociedade. Garantindo também aos jovens que estejam em vias de ingressar no Ensino Superior que a carreira docente pode e deve ser uma área de futuro e com futuro.
Existem ainda 2 áreas em que o PSD e Luís Montenegro se comprometeram no decurso da sua visita ao Algarve ao abrigo do programa “Sentir Portugal”, na Saúde, com a Construção do Novo Hospital Central do Algarve que permitirá um melhor atendimento, melhores e mais rápidos acessos, melhores condições de trabalho e que finalmente exista um hospital na região com os serviços integralmente credenciados para a receção de estudantes de Medicina. E na questão da água em que, em concordância com as pretensões das associações locais, se falou abertamente de uma nova barragem na Foupana e a construção de uma rede hídrica nacional que permita gerir a água de forma eficaz em todo o território, retendo e distribuindo de forma a abranger todas as regiões do território mais necessitadas deste bem essencial.
É compreensível o desnorte de Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, nenhum dos dois se consegue separar da imagem de um Governo que levou a que mais de 20% da população seja pobre e que outros 30% esteja acima desse limiar da pobreza apenas pela existência de apoios sociais. Não se conseguem separar da imagem de um Governo em que mais de metade das unidades de saúde não têm as suas urgências em plenitude de funções. Não se conseguem separar da imagem de um Governo que abriu uma guerra aberta com Professores. Não se conseguem separar da imagem de um Governo que cortou mil milhões de euros em pensões incumprindo a lei e seis meses depois teve de vir com a palavra atrás. Não se conseguem separar da imagem de um Governo que abandonou o Algarve e os Algarvios. E não se conseguem separar da imagem de um Governo trapalhão e infantil com decisões firmadas pelo whatsapp, zaragatas em gabinetes, desautorizações sucessivas e uma dança das cadeiras incessante.
Pedro Nuno Santos está verdadeiramente desesperado por ver chegar a sua hora no Partido Socialista e não se conseguir afirmar no País. Procura assim convencer as pessoas pelo medo, e curiosamente sem ideias para o País, mas a verdade é que o único medo existente nas pessoas é que o Partido Socialista continue a desmantelar os serviços públicos e a empobrecer Portugal.