Artigo de Opinião de Domingos Pestana.
- Os desafios a que todos estamos expostos são vários, até estar debelado o pavor desta doença, minimizando o contágio e o seu processo de identificação em tempo real, e vertendo para a comunicação social de modo a que a população a nível local seja informada em tempo real em cada concelho detalhadamente, o que só recentemente se iniciou. O S.N.S. na globalidade dos seus profissionais e em toda a dimensão hierárquica, estão na linha da frente na defesa da saúde de todos nós, oferecendo o seu vasto saber, ultrapassando a estafa inerente, merecem sempre mais e mais uma palavra de apreço e conforto. Os epidemiologistas de diferentes departamentos públicos convergem na ideia de que os números de infectados desenvolvem-se no aproximar dos meses invernosos, ultrapassando números imprevisíveis. O aumento exponencial de casos, segundo os mais pessimistas poderão eventualmente atingir os dois dígitos diários, sobretudo onde a densidade populacional é maior. O S. N. S. com os hospitais e centros de saúde a suportar uma pressão acrescida com a recepção de doentes, rapidamente poderão chegar ao pré rotura. Boa parte desse aumento será devido à falta de cumprimento das regras estabelecidas, não seguindo a directriz emanada pela autoridade sanitária: (máscara com utilização exemplar, distanciamento com dois metros, lavagem assídua de mãos e desinfecta-las na entrada de estabelecimentos), devido a festas clandestinas, encontros familiares, grupos de jet set e outros que o não são como convívios de diversa índole em locais fechados a fumar, a dançar e beberricando. Sabe-se que é no contexto familiar, laboral, social e em instituições como os lares, que a propagação da epidemia é também muito relevante, surgem assim os surtos que se difundem, como fogo em mato seco. A responsabilidade é de cada um de nós e preservando-se a si, está a proteger o seu próximo, mas outros que não o fazem mercê de comportamento irresponsável, deveriam que lhes dessem uma fala curta e grossa. Ultimamente foi efectuada uma pesquisa em Portugal e noutros seis países da Europa para saber do grau de confiança a depositar na vacinação anti-covid-19 e o resultado mostra que quem está menos predisposto a vacinar-se, são também os que não aderem à máscara, ao distanciamento, à desinfecção das mãos e que continuam a abraçar-se e a cumprimentar-se, situando-se o seu número numa terça parte do inquérito. Os que combatem a vacinação, deveriam reflectir e pensar se gostam verdadeiramente de si, da sua própria vida e da dos seus.
A propósito de máscara, relatar que a sua representação é antiquíssima e pinturas rupestres já o atestam. No antigo Egito o uso de máscara era um ritual na transmutação para a eternidade, acreditavam que o falecido, sendo alguém de bem com a vida, obteria uma jornada além-túmulo e a máscara era embelezada com desenhos coloridos, adornada com pedras preciosas e ouro, isto dependendo da sua posição social, ajudava e orientava a passagem para evitar que o corpo e o espírito divergissem de um caminho verdadeiro. Em África as máscaras são um símbolo de organização social, tendo também o poder de invocar os espíritos bons e maus dos antepassados e das forças sobrenaturais. Nas sociedades ainda não contagiadas pela civilização ocidental e que permanecem ligadas a uma tribo, clã ou etnia, a tradição passa oralmente de geração em geração e as máscaras e as narrativas que proferem nas cerimónias fúnebres ligam passado e presente.
- Nesta fase da praga, alguns grupos etários, estão já cansados de tanto lamento e não têm receio do borrifo do seu semelhante, independentemente de sequer pensar que o mesmo possa estar contaminado. - Outro aspecto relevante tem a ver com cepticismo das pessoas, levando a meditar que tudo isto é uma teia montada, que disfarçam desígnios insondáveis, uma espécie de oculto jamais por encontrar … Nos miradouros e arribas espreitando as ondas de levante ou de noroeste por este país fora, grupos de jovens alheados à onda epidémica não temem a praga, abraçam-se amorosamente num hino à vida eterna. Esquecemos sempre o presente e amiúde de que a morte faz parte integrante da vida que nos rodeia e cada um de nós, impulsionados pelos prazeres da vida, glorificando o belo, persistimos no fascínio obsessivo pelo reflexo e atenção de outrem, pois a comunidade não está preparada para fracassar, está sim permanentemente ansiosa pelo seu lado estético sendo extremamente difícil lidar com a morte, mas lá diz o povo “ há nasceres e morreres ”. Aconteceu no Portugal antes do 25ABR74 e mesmo agora em menor escala, após uma morte súbita, por prolongada doença, por acidente, segue-se o velório de dia e de noite, numa divisão da casa, plena de lamúrias intermináveis, na sonoridade chorosa das carpideiras, por entre gritos e abraços, num rosário de rezas, seguindo-se a missa na capela da igreja da aldeia, da vila, do cemitério, com a encomendação da alma pelo cura e os sinos ecoando pelos montes, anunciando um passamento. Ouvem-se comentários aqui e ali: “Foi-se o Zacarias ou a tia Escaralinda”, já andavam doentes … lamentos que se escutam nos primeiros dias, de nojo familiar, no resguardo envolto em vestes negras de cabeça aos pés, sem omitir o véu, com a ida diária ao cemitério a desoras, depositar uma flor e uma oração até à missa do sétimo dia, depois com o rolar dos dias, meses e anos o tempo essa terapia intemporal, amaina a dor. Hoje quase tudo se alterou, e até se transporta para casa um pequeno urnário com as cinzas do ente, quiçá um dia lançadas ao oceano em dia de vendaval ou de bonança, ou do alto de uma serra, com a presença de familiares e camaradas íntimos. Mas talvez o que falhou a nível global, foi a falta de um medo difundido pelos governos, alertando com rigor para a perigosidade mórbida do vírus e a consequente propagação, infelizmente o contágio continuará a propagar-se e a taxa de letalidade aumentará na pior das hipóteses, já que o estado de emergência, recolher obrigatório bem como outras restrições não dão resultado, o confinamento total poderá ser a medida a implementar, numa situação drástica.
- A comprida maratona para obter uma vacina, leva a que os diversos laboratórios por esse mundo fora se empenhem totalmente, para o conseguir. Transmitem os cientistas que a Sars-Cov-2, desde a sua aparição na Europa em Dezembro de 2019, sofreu milhares de alterações. “Não há nenhuma evidência científica de que determinada mutação provoque menor ou maior carga viral” diz-nos o cientista Pedro Simas, que acrescenta, o vírus não irá dissipar-se, pois existem múltiplas estratégias para ele sobreviver” e “ O sistema imunitário de cada pessoa, não tem a mesma capacidade de resposta nos diferentes ciclos de vida.” Os cientistas falam de que “Não se conhece ainda as consequências e a eficácia das propaladas vacinas, pois é cedo para se observar se uma vacina num doente Covi-19, ficará com sequelas ou não, a curto, médio ou longo prazo”. David Quammen publicou em 2012 um livro com o sugestivo título “Contágio” notando o histórico de vários vírus como o Ebola. O H1N1, o Zika, o Mers, o Hendra que é uma extirpe que atinge equídeos, transmitindo-se aos humanos com nomes pouco comuns, o Vih, o Nachupo, o Nipah, o Sars e a gripe…” além dos vírus, existem outras doenças transmissíveis de animais para humanos, as apelidadas zoonoses, responsáveis por quase 60%de doenças infecciosas, que nos afectam. Os vírus podem habitar plantas ou animais, conseguindo matar macacos ou aves, cujas carcaças são absorvidas pela natureza nas florestas. Hoje, contudo a perturbação dos ecossistemas pelo homem, libertam esses micróbios e vírus, cujos germes sacudidos pelo vento, poderão encontrar um novo hospedeiro ou extinguir-se. O crescimento desmedido da população a nível planetário, sem que haja por enquanto um controle efectivo da natalidade, aliado à disrupção de habitats naturais, conduz ao que actualmente nos bate à porta, relembrando que a gripe normalmente tem origem nas aves. Diz-nos com interesse acrescido este escritor “os vírus não nos escolhem de propósito como alvos. Acontece é que nos colocamos aberta e abundantemente à sua disposição” e perceber que estamos sujeitos à vontade da natureza temos que respeitar isso.
- Consagrar um casal alemão de origem turca Ozlem Tureci e Ugur Sahrin, que protagonizaram na sua empresa a BioNTech o anúncio da vacina com êxito para o coronavírus, que até ao presente causou mais de 1,6 milhões de mortos, cerca de 70 milhões de casos e menos 50 milhões de recuperados a nível global. Trinta países europeus garantem 500 milhões de doses, e outras tantas surgirão de uma dezena de laboratórios. Sobre a vacina, tão desejada como a água e o pão, muito há a dizer, estando até ao presente publicados mais de 70 mil estudos científicos e mais de um bilião de testes foram efectivados, trata-se de uma comprida maratona para ver surgir várias vacinas e quando nos estiver a ler, por certo já haverá milhares de pessoas vacinadas na Europa. Estima-se que os assintomáticos contagiam sensivelmente numa percentagem de 50%. A Europa e Portugal, incluído irão absorver centenas de milhões de vacinas e cada nação definirá quais os grupos etários e de risco a serem inoculados numa primeira fase. Depois aquilatar todo o processo, para que no verão/outono de 2021 o pandémico vírus inicie a sua remissão, sem contudo actualmente se saber qual a dose incontestável para o debelar, sendo projectado pelos vários laboratórios que o custo por unidade medeia entre os 5 e os 40 euros. Segundo a imprensa especializada encontram-se em estudo no meio científico internacional 154 vacinas em fase pré clinica, estando a ser testadas em experiencias laboratoriais e em animais; 21 vacinas estão a ser sujeitas a testes de segurança em indivíduos jovens e saudáveis; 13 vacinas estão a ser ensaiadas em grupos mais alargados de pessoas; 10 vacinas estão em enormes ensaios internacionais para testar o seu impacto na Covid-19. Cerca de duas centenas e meia de laboratórios pelo mundo fora estudam a implementação de vacinas para aprovação pelas autoridades do sector, tendo por objectivo a produção de anticorpos, após serem ministradas nos humanos, mas a imunidade não está ainda garantida a 100%, como acontece em medicamentos para evitar uma qualquer doença. “Uma vacina eficiente protege o indivíduo, evitando a infecção e o contágio na comunidade, dependendo da velocidade de reacção que a vacina confere ao sistema imunitário, tornando-o capaz de rapidamente identificar o agressor produzindo anticorpos para o inactivar, impedindo-o de replicar-se e contagiar.
Agora que começam a surgir as vacinas, deverá existir uma logística própria, em ambiente refrigerado e situado em segredo, como se de uma óptima arma se trate, o que de facto é. Depois de tudo o que se lê e ouve, saber se de facto a imunidade de grupo após a vacinação maciça de quase todos nós é real e efectiva, o que talvez aconteça só daqui a um ano.
- Dizem os especialistas de diferentes áreas: biólogos, epidemiologistas, farmacêuticos, infeciologistas, médicos, químicos e virologistas, possuidores de um vasto saber científico que estudam e ensaiam técnicas laboratoriais, no intuito de obter um resultado final de uma vacina 100% eficaz, é um percurso moroso, para consentir voltar a uma vida com a normalidade desejada. Os cientistas Pedro Simas e Marc Veldhoen referem “ as vacinas são uma das invenções que mais impacto teve, e continua a ter, na saúde humana, e salvam cerca de 2-3 milhões de vidas por ano”.
- Na saúde pública dos estados modernos, várias medidas são adoptadas, com o intuito de conter pandemias, padrões que têm origem na Veneza dos séculos XV e XVI, quando o efeito horrível do comércio com origem asiática, transportou consigo a peste bubónica que aniquilou cerca de um terço da população europeia, estabelecendo-se no presente regras rígidas, como: confinamento, estado de emergência, recolher obrigatório, estado de calamidade e quarentena. Normas que se seguidas com rigor são: substituir apertos de mão, abraços e beijos ao cumprimentar, por uma palavra, ou um gesto de mãos unidas junto ao peito; distanciamento de dois metros; cumprir etiqueta respiratória; higienizar as mãos com frequência; evitar tocar com os dedos nos olhos, nariz e boca; colocar a máscara utilizada no lixo normal, jamais no chão e tão pouco na reciclagem, se tiver alguns sintomas ligue o SNS-24; ao deslocar-se opte por transporte individual, vã a pé se possível de bicicleta, obrigue-se e obrigue outrem a distanciamento de dois metros em transporte público sempre com máscara e higienize as mãos; no trabalho opte pela ventilação natural do espaço abrindo portas e janelas; ao tocar em maçanetas interruptores, computadores, telefones e máquinas desinfecte com gel as mãos; não partilhe objectos como telemóvel, tablet, canetas, lápis; não frequente espaços públicos fechados e com elevado número de pessoas.
- Um excerto de um escrito de Frank Martin Snowden, acerca das quarentenas, que “ A sua duração baseava-se nos evangelhos cristãos, pois tanto o Antigo como o Novo Testamento fazem várias referências ao número quarenta no contexto da purificação: os quarenta dias e quarenta noites do dilúvio do Génesis, os quarenta dias dos israelitas a vaguearem pelo deserto, os quarenta dias que Moisés passou no Monte Sinai, antes de receber os Dez Mandamentos, os quarenta dias da tentação de Cristo, os quarenta dias que Cristo passou com os seus discípulos após a sua ressurreição e os quarenta dias da Quaresma. Com tal sanção religiosa, havia a convicção de que quarenta dias seriam suficientes para limpar o casco de um navio, os corpos dos seus passageiros e tripulantes e a carga que transportava”.
Notícias recentes revelam o número de vacinas em teste: ensaios pré-clinicos (testes em células e animais) 178; Fase 1 (dezenas de voluntários) 22; Fase 2 (centenas de voluntários) 5; Fase 3 (milhares de voluntários 8. Este Natal é por enquanto uma grande incógnita para que as viagens entre famílias se realizem, e as intermináveis filas de trânsito pelas nossas estradas surjam e as trocas de presentes natalícios aconteçam à mesa da consoada ou na chaminé, aguardando as crianças, aquelas mais pequenas e ingénuas, que o Pai-Natal surja atrelado ao trenó puxado pelas renas, todos com uma máscara tricolor, não vá o vírus invadir o espaço da abóbada celeste impedindo a sua viagem e a concomitante distribuição de presentes. Politicamente a pandemia não implicou um corte com as regras democráticas, impôs sim alterações ao dia-a-dia de trabalho e de lazer, tendo a sociedade de um modo geral vindo a acostumar-se a este novo ritmo, para o bem comum. Centenas, quiçá milhares de negócios no nosso rectângulo à beira mar, sucumbirão diariamente, entre outros: alojamentos locais, restaurantes, cafés, bares, mercearias, e lojas de diversa tipologia, enfim um não sei quê de portas abertas, que tristemente se encerram. O ano de 2021, irá ser muito imprevisível quanto à economia e a rivalidade entre U.S.A. e Pequim talvez não suba de tom como novo inquilino da Casa Branca. Ao redor do Planeta aumentará a pobreza estimando-se esse número para lá de 220 milhões de pessoas. Passada a hecatombe, lá para 2022 e anos seguintes os países afectados, terão que se reorganizar para relançar a economia e o bem estar social, ajudados pelos agiotas do FMI e do mundo da alta finança. Prevê-se que o mundo assistirá nos próximos dois a três anos, à vacinação global contra esta covid-19. Ainda segundo o virologista Pedro Simas em declarações à RTP assegurou, que a rapidez com que as vacinas contra a Covid-19 foram criadas não compromete a segurança antiviral. "Nós [cientistas] sabíamos como fazer a vacina. Já usávamos esta vacina para animais domésticos contra infecções de coronavírus. Portanto, a base e a estratégia de fazer a vacina já a conhecíamos", sublinhando, o avanço tecnológico dos últimos 10 anos permitiu acelerar uma data de etapas no processo de criação da vacina: "Hoje em dia, conseguimos, por exemplo, logo em Janeiro de 2020, isolar o vírus e passado uma semana já tínhamos o SARS-CoV-2 completamente descodificado. Isto há 30 anos demorava meses". Outros factores que contribuíram significativamente para que a vacina fosse produzida tão rapidamente foram: o corte burocrático, o foco de toda a comunidade científica e industrial na realização da vacina e a produção da vacina quando se estavam a aproximar os ensaios clínicos. "Fez-se uma coisa sem precedentes. (...) Por isso, é que a vacina foi agora aprovada para uso excepcional e já há vacina para distribuir". A vacina contra a Covid-19 tem sido cobiçada pelos países ricos desejosos de a obter para vacinar a sua população para assim passar incólume à doença. Sobre a vacina de uma qualquer origem dizem os cientistas que muitos inoculados não virão a ter a doença, mas poderá contrair o vírus e propaga-lo, mas o sexo e a idade são factores ainda incertos sobre o tempo de imunidade, e só o decorrer do tempo permitirá saber qual a vacina mais eficaz que previna a 100% a infecção e os testes após a vacinação são desejáveis para aferir o despiste efectivo do vírus.
O respeito pelas medidas de prevenção da transmissão da pandemia são essenciais e indispensáveis para protegermos os nossos familiares, e a comunidade onde nos inserimos e em particular os de maior risco, os mais idosos e com doenças crónicas, afirmam comunicações emitidas pelos médicos.
Interessante o artigo que se reproduz parcialmente acerca da hesitação em receber a vacina da Covid-19, ou se se questiona por que razões as vacinas são consideradas um dos maiores feitos de sempre da humanidade, a BBC News divulgou um artigo de opinião de Alessandro Siani, coordenador na Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, numa listagem com as dez razões pelas quais deve dizer sim à vacinação.
1. As vacinas salvam vidas
O cenário modificou-se tremendamente desde que Edward Jenner vacinou pela primeira vez um menino contra a varíola em 1796. A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que nos dias de hoje a imunização generalizada da população evite entre 2 a 3 milhões de mortes anualmente.
A varíola, que matou aproximadamente 300 milhões de pessoas somente no século XX, foi totalmente erradicada devido à formulação e implementação de vacinas seguras e eficazes.
2. Para proteger a sua saúde
As vacinas protegem-nos de inúmeras doenças debilitantes. Previamente ao desenvolvimento das vacinas Salk e Sabin contra a poliomielite, era comum ver imagens - hoje bizarras e assustadoras - de pessoas a utilizar pulmões de ferro ou de crianças paralisadas. Todavia, nas últimas três décadas, as vacinas levaram a uma redução de 99,9% nos casos de pólio.
3. Para proteger e apoiar os serviços de saúde
Ser vacinado em criança significa que apresenta um menor risco de contrair doenças infecciosas e potencialmente mortais ao longo da vida.
Tal alivia a pressão dos serviços de saúde, que podem então direccionar os seus esforços, recursos e equipamentos para ajudar pacientes com doenças não evitáveis.
4. Como forma de proteger os mais vulneráveis
Quando um número suficiente de pessoas é vacinado contra uma doença infecciosa como a Covid-19, a propagação do vírus pode ser interrompida, já que existirão cada vez menos pessoas para infectar. Tal fenómeno é denominado de imunidade de rebanho. Atingir esta imunidade colectiva significa que mesmo aqueles que não podem receber a vacinação (por exemplo, devido a doenças pré-existentes) estão protegidos.
5. Porque são rigorosamente estudadas e testadas
As vacinas são testadas em longos e amplos ensaios clínicos que envolvem dezenas de milhares de pessoas, e os seus efeitos são monitorizados inclusive após serem aprovadas. Ou seja, a forma minuciosa de como as vacinas são desenvolvidas significa que são muito mais seguras e têm menos efeitos secundários, comparativamente à maioria dos fármacos existentes.
As vacinas para a Covid-19 estão a ser testadas da mesma forma que as vacinas contra outras patologias. Sendo que foram desenvolvidas rapidamente devido à diminuição da burocracia, não porque os testes de segurança tenham sido menos cuidadosos e exaustivos.
6. Para poupar tempo e dinheiro
Há muito que as vacinas são amplamente reconhecidas como uma das intervenções médicas mais eficazes relativamente a tempo e custo. A imunização só demora alguns minutos e é bastante barata (ou, para muitos, grátis).
Por outro lado, contrair uma doença infecciosa significa ter potencialmente de faltar ao trabalho, meter baixa ou contrair contas médicas elevadas.
7. Poder viajar com segurança
Viajar para outros países expõe as pessoas a patógenos com os quais o seu sistema imunológico não está familiarizado. Ao receber as vacinas recomendadas para o destino, poderá aproveitar as suas férias sem arriscar necessitar de ser internado de urgência num hospital local.
Pela mesma razão, as vacinas para a Covid-19 podem tornar-se obrigatórias para quem viaja.
8. De modo a limitar a resistência aos medicamentos
A OMS já identificou a resistência antimicrobiana como uma das dez maiores ameaças à saúde global, tal como a hesitação em tomar vacinas. A toma contínua e em demasia de antibióticos e antivirais faz com que bactérias e vírus se tornem resistentes aos mesmos, resultando na propagação de infecções sem cura.
Ao evitar a infeção, a vacinação permite diminuir o uso de antibióticos e antivirais, restringindo, consequentemente, o aparecimento de estirpes de bactérias e vírus resistentes a medicamentos.
9. Para proteger as gerações futuras
No decorrer da história, o ser humano esteve exposto a inúmeras doenças fatais e debilitantes, que agora são raras como consequência da implementação de programas de vacinação infantil.
Imunizar a nós mesmos e os nossos filhos contra doenças infecciosas hoje é uma dádiva inigualável para as gerações futuras.
10. Para evitar a propagação de 'fake news' ou notícias falsas
Nas últimas décadas, as teorias de conspiração e a desinformação procuraram desestabilizar a confiança dos indivíduos nas vacinas, o que por sua vez levou ao ressurgimento de doenças quase erradicadas em muitos países, como por exemplo o sarampo.
Seguindo as orientações baseadas em evidências da comunidade científica e médica, ao tomar a vacina não está apenas a salvaguardar-se a si mesmo e aos seus entes queridos de doenças infecciosas, mas igualmente a dar um exemplo no combate à difusão de notícias falsas e por isso perigosas.
Neste caso, a Covid-19 pode ter efeitos duradouros e graves na saúde. As vacinas também o protegerão contra essa possibilidade.
Por outras palavras, ser vacinado contra a Covid-19 contribuirá igualmente para libertar recursos, reduzindo o número de casos e evitando a acumulação de outros tratamentos.
Combater doenças como a Covid-19 no presente permitirá que as pessoas no futuro sejam mais saudáveis e tenham uma maior longevidade.
- O tempo que destrói as coisas