As finanças do país nunca foram brilhantes e, sempre que o Estado precisa de se financiar para equilibrar o erário público cria um produto financeiro com uma taxa minimamente atrativa na tentativa de convencer os portugueses a confiar-lhe as poupanças.
Apesar de nos últimos anos não ter sido tão generoso, face às taxas quase nulas nos depósitos a prazo e à escassez de alternativas de investimento de baixo risco, estes produtos financeiros têm tido adesão por parte dos portugueses.
Os títulos da dívida assumem várias formas: Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro. Há ainda Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável. Destinam-se todos eles a particulares e podem ser adquiridos nos CTT. Já os Bilhetes do Tesouro e as Obrigações do Tesouro estão mais direcionados para investidores institucionais, embora as obrigações possam ser adquiridas, em bolsa, por qualquer pessoa.
As taxas dos vários títulos da dívida já foram bem mais atrativas do que são neste momento. Mas, se pretende um produto com risco baixo, a longo prazo, os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são opções a considerar.
Os primeiros são mais indicados para quem quer aplicar pequenos montantes. Os Certificados do Tesouro exigem um mínimo de mil euros por cada entrega. Se pretende aplicações a curto prazo, terá mesmo de se contentar com uma conta a prazo. A maioria dos depósitos rende 0,1% líquidos.
Os Certificados de Aforro só podem ser resgatados três meses após a data da subscrição. Contudo, não serão pagos juros entre a data da última capitalização e a data do resgate. Quanto aos Certificados do Tesouro, são reembolsáveis um ano após a subscrição.
O risco de não ser reembolsado pelos títulos da dívida pública que subscreveu é mínimo, quando comparado com outros produtos financeiros privados (por exemplo, fundos). Seria preciso o Estado português falir, o que, é uma hipótese remota.