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Nídio Duarte: Lacobrigense galardoado na Johnson&Johnson, escritor, cronista em jornais e rádios locais e rosto do Associativismo

Nídio Duarte: Lacobrigense galardoado na Johnson&Johnson, escritor, cronista em jornais e rádios locais e rosto do Associativismo

No alinhamento das rubricas exclusivas CL, e que merecem uma receptividade singular por parte dos leitores, a edição de Abril contemplou diversas efemérides relacionadas com a Cultura, entre elas o Dia Mundial do Livro. Nesse sentido, apresentamos-lhe Nídio Duarte, personalidade lacobrigense especial.

Carlos Conceição

Marta Ferreira

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Nídio Duarte foi um profissional de referência da famosa empresa Johnson&Johnson, com um percurso extraordinário pelo mundo. Escritor com diversas obras publicadas, tem também uma passagem marcante pela Comunicação Social, tendo colaborado no Canallagos, Correio de Lagos, Notícias de Lagos, Rádio Maré Alta e Rádio Fóia. Foi, igualmente, um rosto do Associativismo, e entre diversas actividades percorridas por outras paragens, teve passagens vincadas em Lagos, designadamente, pela Santa Casa da Misericórdia de Lagos e pelo CASLAS – Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos.

Leia abaixo a entrevista a Nídio Duarte e conheça mais pormenorizadamente outras facetas deste homem, através de memórias familiares e outros segredos guardados.

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Quem é Nídio Duarte?

Nídio de Jesus Carmo Duarte, nasceu a 25 de Dezembro de 1939, em Lagos, a 100 metros da casa em que vive actualmente, na Rua Castelo dos Governadores.

Estado civil: Casado «com a mesma Maria» há 59 anos; tem dois filhos e dois netos «maravilhosos».

Habilitações académicas: Curso Geral dos Liceus (antigo 5.º ano) e formações pontuais, promovidas pela companhia, tais como "Finanças para não-financeiros", na Universidade de Bradford; "Quality Management", de Crosby, e outros pequenos estágios com muitos "Case Studies". «Falo e escrevo em três línguas e faço-me entender em outras três, com alguma dificuldade: espanhol, italiano e alemão, que estudei à noite no CIAL – Centro de Línguas».

Percurso profissional: Desistiu de estudar quando frequentava o 6.º ano no Liceu Gil Vicente, em Lisboa, e arranjou emprego como Ajudante de Despachante, a ganhar 400 escudos (dois euros). Cansado do ambiente que se vivia na Alfândega de Lisboa, «onde nada se movia sem gratificações, para não lhe chamar outra coisa», respondeu a um anúncio e foi recrutado para a Provimi (fábrica de rações para animais, em Carnide), onde dobrou o salário para 800 escudos.

Não obstante, ficava a fazer lançamentos em contas-correntes até às 22 horas e trabalhava ainda como estafeta, numa motocicleta, quando necessário, para conseguir mais algum dinheiro. Entretanto, «por ironia do destino», transferiu-se para a Mundinter e daí, por convite de um dos administradores, foi formar a Lisfarma, que tinha uma distribuição da Johnson&Johnson, a Ortho Pharmaceutical. Antes de ser recrutado para a Ortho (em 1965), vendia «soluções parenterais volumosas» em todos os hospitais do Alto e Baixo Alentejo.

Trajecto no Associativismo e outras actividades: Nídio foi «de tudo um pouco»: em Santa Iria de Azóia, desempenhou funções de Director da Sociedade Musical 1.º de Agosto Santa Iriense e do Futebol Clube Santa Iria. Em Lagos, foi Secretário da Santa Casa da Misericórdia por três anos e Vice-Presidente do CASLAS durante 6, embora nenhum destes cargos o tenha levado à Política. Praticou Futebol, Basquete, Vólei, Ping-pong, Badmington e Golfe. Nas próprias palavras, «nunca fui uma estrela em nenhum destes desportos».

Colaborou com o Canallagos, Correio de Lagos, Notícias de Lagos, Rádio Fóia e Maré Alta, no âmbito da Comunicação. No que respeita à Escrita, conta já com seis livros publicados: "O Menino de Lahane", "Multinacionais-Histórias de um Vendedor", "Lagos Retratos de uma Cidade Hipotecada", "Noites de Levante", "Nostalgias" e "Sentimentos Eternos", sendo que as receitas de algumas destas obras reverteram a favor de instituições locais.

Países percorridos (cerca de 45): Por razões familiares, Egipto, Índia Portuguesa, Ceilão, Singapura, Hong Kong, Macau, Filipinas, Timor-Leste (onde viveu 3 anos) Indonésia e Paquistão. Por razões profissionais, México, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Irlanda. Inglaterra, Escócia «e practicamente toda a Europa continental, da Noruega até à Grécia» (cerca de 20 países), Turquia, Marrocos, Angola e Moçambique. Por iniciativa própria, Malásia, Camboja e Vietname.

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Nota prévia do entrevistado

Muito do que vou dizer a seguir pode parecer pretensioso, mas é apenas a verdade e a resposta às perguntas que me colocaram.

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«Sem um tostão no bolso, apanhei um táxi para Santa Iria de Azóia, onde residia o meu irmão mais velho, o Donaldo. (…) Ele abriu a porta e não me reconheceu. Eu tinha mudado muito naqueles 3 anos»

Correio de Lagos - Para iniciar esta entrevista, importa conhecer as suas raízes, desde a infância/juventude à partida de Lagos para outros horizontes. É possível descrever os momentos mais marcantes?

Nídio Duarte – O meu pai era sargento-enfermeiro e trabalhou em Lagos, onde é hoje a Messe Militar, que era o antigo Hospital Militar. Natural de Silves, conheceu a minha mãe em Lagos e foram pais de quatro filhos, de que restam apenas dois. Nasci em Lagos, mas com 6 meses fomos para a Base Aérea da Ota, onde vivi os meus primeiros seis anos. O meu pai ofereceu-se, depois da Segunda Guerra, para ir a uma comissão civil em Timor. Eu, a minha mãe e dois irmãos (o mais velho estava como interno nos Pupilos do Exército) regressámos a Lagos, onde completei a minha instrução primária em Lagos (com a saudosa D.ª Sara) e depois mudámo-nos para Faro. Estudei no Liceu Nacional de Faro até aos 13 anos.

O meu pai, após seis anos, regressou de Timor, naquilo que na época se chamava de "Licença Graciosa" e, no regresso a Timor, decidiu que a minha mãe, eu e o meu irmão Tito regressaríamos com ele. Embarquei no pequeno paquete "Índia", em Julho de 1953, e depois de 2 meses e 8 dias chegámos a Díli, hoje capital de Timor Leste. Em Díli, no Liceu Dr. Vieira Machado, estudei e finalizei o antigo 5º ano. Como no liceu de Timor ainda não havia o 3.º ciclo dos liceus, tive que regressar a Portugal.

Voei de Díli, com um miúdo mais novo do que eu, para o enclave de Oecussi, no Timor Indonésio. Colocaram-nos na fronteira indonésia numa povoação chamada Kafmanano e apresentámo-nos à polícia, que nos carimbou os passaportes. A camioneta de carga em que viajámos até Kupang (capital do Timor Indonésio), foi carregando nativos, porcos e cabras, pois a viagem coincidiu com o Dia da Independência da Indonésia (Merdeka Day). Estivemos alguns dias em Kupang e voámos (os dois miúdos) para Maumere (capital das Flores), depois para Makassar, nas Celebes, e a seguir Surabaia.

Em Surabaia mudámos para um avião maior e aterrámos em Djakarta, onde uma hospedeira da KLM nos aguardava para levar ao hotel. Aí, aguardava-nos um grupo de portugueses que tinham vindo por outra via: o Sr. Carrascalão (amigo do meu pai e que tinha sido deportado para Timor há muitos anos), o filho Mário Carrascalão, meu colega de turma e que viria muito mais tarde a ser governador de Timor, nomeado pelos indonésios, e mais dois outros timorenses.

Voámos depois para Colombo (Ceilão), Karachi (Paquistão), onde pernoitámos, Cairo e Roma, onde nos deliciámos com os gelados italianos, que em Timor não existiam. Dois dias em Roma, uma aterragem em Madrid e finalmente chegámos a Lisboa (um dia mais cedo do que o previsto). De tal modo que, sem um tostão no bolso, apanhei um táxi para Santa Iria de Azóia, onde residia o meu irmão mais velho, o Donaldo (Engenheiro Técnico na Covina). Foi curioso, porque ele abriu a porta e não me reconheceu. Eu tinha mudado muito naqueles 3 anos.

Momentos mais marcantes da minha vida, pela negativa: a morte de dois irmãos. O Guido, com 15 anos, em Lagos, e o Donaldo, com 61 anos. Pela positiva: o meu casamento, aos 22 anos; o nascimento de dois filhos e dois netos; o recrutamento para a Johnson&Johnson, em 1965 e a promoção a Presidente da companhia em 1988.

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«Em 1988, recebia no Hotel Cumberland (…) um telex a nomear-me Presidente da [J&J]. (…) Era, assim, o primeiro português a liderar a companhia em Portugal»

CL – Como aconteceu a sua entrada na famosa empresa Johnson&Johnson (J&J), que momentos relevantes guarda na sua memória e o que é que representou para a sua vida profissional e pessoal?

ND – Devo a entrada para a J&J ao saudoso poeta António Sousa Freitas, autor da canção da Figueira da Foz, cantada pela Maria Clara, e meu chefe na altura, que me informou que os ingleses da Ortho vinham a Portugal recrutar um vendedor e que isso seria uma boa oportunidade para mim. A entrevista, conduzida pelo inglês Alan Hearn, outro que marcou a minha vida, correu bem e a 1 de Janeiro de 1966 estava a voar para Inglaterra, onde fiz um curso intensivo de um mês sobre Planeamento Familiar – Métodos Anticoncepcionais e Terapêutica Ginecológica.

Durante dois anos visitei médicos obstetras/ginecologistas em todo o continente, Açores, Madeira, Angola e Moçambique. Em 1967, era eleito "O Melhor Vendedor da Europa" e em 1977 ganhava em Montreux, Suíça, entre 30 países o troféu "The Most Stimulating Contribution". Integrado já na J&J em Portugal, passei por todas as divisões da companhia (Farmacêutica, Consumo e Hospitalar). Reportei sucessivamente a três directores-gerais, um inglês, um canadiano e um sul-africano. Viria a ser na Divisão Hospitalar, já como Director-Geral de uma Divisão, que mais me destacaria, ganhando mesmo o prémio "Empreendedor do Ano", que distinguia cerca de 10 funcionários entre os 130.000 que a companhia tinha em todo o mundo.

Em 1988, recebia no Hotel Cumberland, em Londres, um telex a nomear-me Presidente da companhia – o sul-africano ia ser transferido para os Estados Unidos. Era, assim, o primeiro português a liderar a companhia em Portugal. Depois de todo este arrazoado poderão perguntar-me qual foi o segredo para tão bons resultados. A resposta é simples: a capacidade de me saber rodear de pessoas mais qualificadas do que eu (o que muitos políticos deviam aprender).

CL – Depois de longa vivência pelo mundo, regressado à sua terra natal, que diferenças encontrou e como foi recebido pelos amigos?

ND – Sempre passei férias e Natais em Lagos, mas a sociedade que vim encontrar e os amigos já não eram os mesmos dos tempos de escola. A época do peão e do berlinde já tinha sido extinta, mas acabei por rever ainda alguns dos outros tempos e fiz com facilidade novos amigos. Muito do que depois me aconteceu, já referi nas perguntas anteriores.

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«Foram óptimas experiências as minhas passagens pela Santa Casa da Misericórdia e pelo CASLAS»

CL – Instalado em Lagos, Nídio começou a ter uma vida activa na sociedade lacobrigense, com intervenção notória nos meandros da Política. Tornou-se, até, num dos mais admirados e também temidos cronistas nos meios da Comunicação Social local. Entre outros atributos, há dentro de si uma veia política ou trata-se apenas de defender a sua terra?

ND – Como já referi, foram óptimas experiências as minhas passagens pela Santa Casa da Misericórdia e pelo CASLAS. Quanto a ser um «temido cronista», creio que é muita generosidade. Adoro escrever e vivi intensamente a minha colaboração com os diversos meios de Comunicação Social. Nunca senti vocação para a Política e a verdade é que também nunca fui convidado. Por piada, há um político meu amigo que diz que nunca me convidou porque eu tinha um ar importante com o meu cachimbo. Na realidade, o que eu gostava mesmo era de ser jornalista.

CL – Numa das suas facetas regista-se o prazer pela Escrita. Como nasceu essa paixão? Houve alguma obra que o tenha marcado mais?

ND – A pessoa que me influenciou e que já referi foi o meu chefe e poeta António Sousa Freitas – e, aqui em Lagos, o Vieira Calado. Tive oportunidade de, por razões de ordem profissional, conhecer Ary dos Santos, que era o criativo da agência de publicidade com que a Johnson trabalhava, a Espiral, e tudo isso deve ter contribuído para a minha opção. No que respeita à Escrita, destaco a obra que escrevi sobre Multinacionais (que teve muito a ver com a minha vida profissional) e "Lagos – Retratos de um Cidade Hipotecada", porque creio que retratou muito bem um período em que eu fui um atento observador da vida política do nosso burgo.

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«A Política em Lagos teve, como em muitas outras autarquias, a ver com compadrios e partidos políticos e, na maioria dos casos, os líderes não souberam ou tiveram receio de se rodear de pessoas muito qualificadas»

CL – Que balanço faz da política exercida ao longo dos anos em Lagos? Qual a sua visão sobre o actual Presidente da autarquia, Hugo Pereira, e o que perspectiva para o futuro?

ND – A Política em Lagos teve, como em muitas outras autarquias, a ver com compadrios e partidos políticos e, na maioria dos casos, os líderes não souberam ou tiveram receio de se rodear de pessoas muito qualificadas (uma regra a que devo os bons resultados que sempre consegui no campo profissional e até no CASLAS). Quanto a Hugo Pereira, com que mantenho uma relação cordial, mas que não tenho acompanhado tanto como os outros, admiro o facto de ser discreto e relativamente humilde. Creio mesmo que foi ele que recuperou financeiramente a Câmara Municipal de Lagos.

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«Acho que Deus foi generoso para com esta cidade, que é uma das mais belas do país e definitivamente a mais bonita do Algarve. (…) Acho que o que fizeram na Praça do Infante foi um crime, para além da construção exagerada, que descaracterizou a cidade»

CL – O que mais gosta e detesta na Cidade dos Descobrimentos?

ND – Acho que Deus foi generoso para com esta cidade, que é uma das mais belas do país e definitivamente a mais bonita do Algarve. Detesto algumas personalidades egocêntricas e, quanto à cidade propriamente dita, acho que o que fizeram na Praça do Infante foi um crime, para além da construção exagerada, que descaracterizou a cidade.

CL – Que projectos avançaria para potenciar Lagos e atrair investidores e turistas?

ND – É um trabalho que é da responsabilidade das autoridades autárquicas e em que não reúno os conhecimentos para opinar. É, de novo, uma das matérias em que os responsáveis deviam convidar pessoas qualificadas nesta matéria e desenvolver um plano estratégico e tentar também exercer a sua influência junto do poder central.

CL – Como olha para esta pandemia que afecta todos e que conselhos pretende transmitir?

ND – Fico feliz por constatar que a minha companhia, através da investigação da Janssen (que eu visitei várias vezes e tive mesmo o prazer de conhecer o Dr. Paul Janssen), conseguiu uma vacina que levou mais tempo a ser conseguida, o que é um bom sinal. A Janssen já contribui com produtos que tratam o vírus da imunodeficiência humana (VHI), Tuberculose Multirresistente (MDR_TB) e Hepatite C crónica. Outros produtos mais conhecidos como o IMODIUM, PEVARYL, NIZORAL, são produtos daquele centro de investigação no Sul da Bélgica. Quanto a conselhos, sigam os que os especialistas recomendam, porque eu não tenho competência para dar conselhos nesta matéria.

CL – Há algum assunto que queira abordar? Alguma mensagem oportuna a dirigir aos lacobrigenses?

ND – Deliciem-se com esta cidade maravilhosa e, para os mais jovens: participem activamente, quer no que respeita à Política, quer nas instituições de Apoio Social. Lagos é, quanto a mim, uma cidade privilegiada em termos de apoios sociais, quer no número de lares, creches e até deficientes motores.

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Curiosidades e respostas rápidas

Pratos favoritos: Lulas recheadas, ensopado de enguias e carapaus alimados.

Bebidas predilectas: Medronho e Brandy «em doses reduzidas».

Principais destinos de férias: Caldelas, distrito de Braga.

Livros de eleição: "Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo", da autoria do seu guarda prisional.

Filmes memoráveis: "Gata em Tecto de Zinco Quente", "Adivinhem Quem Vem Jantar" – «que os racistas deviam ver» –, "O Violino no Telhado", "Dr. Jivago", "Os Intocáveis" e "Lawrence da Arábia".

Referências na Política local, nacional e internacional: A nível local e embora não se identifique com o partido dos mesmos, o amigo José Manuel Freire «pela sua persistência e capacidade de luta, mesmo sendo invisual» e a Dr.ª Luísa Teixeira. Quanto aos presidentes da Câmara de Lagos que conheceu, afirma ter uma boa relação com José Alberto Baptista e José Valentim. Diz ainda ter «uma relação cordial» com Maria Joaquina Matos, embora sinta que, como Vereadora da Cultura, esta sempre o tenha «discriminado». Quanto a Hugo Pereira, guarda o comentário para linhas mais adiante. «Como se pode deduzir, só nunca tive muita admiração por um Presidente da Câmara», acrescentou.

A nível nacional, menciona Ramalho Eanes, como Presidente da República, «pela sua integridade»; Marcelo Rebelo de Sousa «pela sua inteligência»; António Barreto «como político e intelectual»; António Guterres «pelo trabalho com os refugiados e como Presidente da ONU». Admira também o «espírito de sacrifício» de Passos Coelho, embora saiba que tal afirmação «não agrada a muitos», mas que na sua óptica foi «o herdeiro do reinado caótico de Sócrates». A nível internacional, Margaret Tatcher, que teve «o prazer de cumprimentar»; Nelson Mandela, Barack Obama e Angela Merkel.

Outros passatempos e actividades: Escrever poemas e estar com os amigos nesta «cidade banhada pelo mar».

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Fotografias

1 - Em Timor

2 - Académica em Timor.

3 - Certificado "Vendedor do Ano".

4 - Livro original.

5 - Troféu "Vendedor do Ano".

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In: Edição Impressa do Jornal Correio de Lagos nº366 · ABRIL 2021

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