A Associação dos Profissionais da Guarda – APG/GNR denunciou, no mês de Agosto, a ausência e os nada transparentes critérios na atribuição do Subsídio Extraordinário de Risco no Combate à Pandemia da Doença Covid-19 aos Profissionais da GNR.
Para a APG/GNR «este Subsídio foi aprovado pelo Parlamento para compensar quem esteve e está na linha da frente do combate à Pandemia que assolou o País e o Mundo.
Ora, qual o nosso espanto quando no passado dia 6 deste mesmo mês de Outubro a GNR não só não corrigiu os erros detectados, ao não pagar nem um cêntimo em muitos casos de Guardas que estiveram sempre na linha da frente como agora, através do próximo vencimento de 21 de Outubro, irá retirar a verba que foi paga, correspondente aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março, antevendo-se que em Novembro retirará os valores correspondente a Abril, Maio e Junho.
Não podemos aceitar esta atitude com ligeireza, porque é grave e manifestamente desrespeita os profissionais da GNR que, objectivamente, têm direito a este subsídio.
Já não bastavam todas as situações que têm colocado os Guardas cada vez mais desmotivados, como sejam as manobras nada transparentes nas suas transferências, recorrendo-se às “colocações por escolha” ou o valor insultuoso aprovado para o subsídio de risco, vem agora o Comando da Guarda assumir uma postura que lesa e não zela pelos interesses dos seus subordinados, escusando-se a explicações, o que desde já se exige.
Se o Comando da Guarda apenas cumpre ordens do Governo e se este apenas “distribuiu” a parca verba disponível para este subsídio, então que o assuma e informe os profissionais. Esta situação roça o ridículo e é vexatória da dignidade dos Profissionais da Guarda. O que se exige é que os vencimentos sejam corrigidos de imediato, na medida em que tal ainda é possível! Apelamos aos Grupos Parlamentares que fiscalizem a não aplicação do que foi aprovado em sede do OE2021 no que se refere a este Subsídio Extraordinário do Covid 19, pois os Profissionais da GNR mereciam mais respeito, quer do Comando da GNR quer do Governo.»
A APG/GNR remeteu um ofício ao Ministério da Administração Interna, ao Comando Geral e aos Grupos Parlamentares exigindo a correcção da situação e o abono deste subsídio a todos os profissionais que cumpriram serviço operacional, materializando-se a desejável clarificação de critérios.