Já se chamou «Rua Direita», «Rua Lima Leitão» e «Rua Dr. Oliveira Salazar», mas após a Revolução de 25 de Abril de 1974 viu o seu nome ser novamente alterado, para que assim se perpetue a memória do acontecimento que trouxe a Liberdade e a Democracia a Portugal.
Actualmente, tem o seu início na Rua Lima Leitão (maçónico, médico, político, militar, escritor, e professor, nascido em Lagos, em 17 de Novembro de 1787 e falecido em Lisboa, em 8 de Novembro de 1856) e na Rua Afonso de Almeida (Afonso José d'Almeida Corte-Real, oficial do Santo Ofício Português, natural de Ourique, em dia 28 de Agosto de 1743 e falecido em Lagos, em 11 de Abril de 1832).
Esta artéria lacobrigense tem o seu término na Rua Silva Lopes e na Rua da Vedoria, e foi localmente apelidada de «Direita», por conduzir «directamente» até à Igreja e ao Castelo, unindo desta forma os dois centros da cidade: o da Praça Gil Eanes (do edifício dos Paços do Concelho) à Praça do Infante Dom Henrique.
Esta artéria já foi mais extensa no passado, uma vez que incluía a Rua Lima Leitão, onde se localizou a Igreja do Compromisso Marítimo (que já foi Quartel dos Bombeiros Voluntários de Lagos e que hoje é o «Mar d’estórias») e o Palácio da Família Baena (parte do Centro Cultural).
A Rua 25 de Abril é uma das mais formosas e movimentadas na chamada «época alta» (o Verão), com habitações «apalaçadas», que ostentam bonitas platibandas e cantarias, azulejos e ferro trabalhado nas sacadas das janelas.
Rua de comércio por excelência, existiram aqui barbearias, três latoarias já extintas e, numa das suas transversais, havia uma tanoaria, onde se fabricavam pipas em madeira, utilizadas para transporte e armazenagem de líquidos.
Nos nossos dias, são a restauração e estabelecimentos similares que aqui têm, de forma predominante, os seus negócios. Os romanos também ocuparam este espaço da cidade de Lagos (Lacóbriga), fazendo dele um importante pólo industrial, como pode ser comprovado pela presença de vestígios de um complexo que incluía salgas, e a lixeira de uma fábrica de cerâmica.
Em dias de pouco movimento, é prazenteiro percorrer esta rua e cumprimentar velhos amigos e vizinhos, e apreciar a sua beleza.