"A Castro" parte da adaptação da obra homónima de António Ferreira, produção própria do Teatro Nacional de São João que se estreou no início deste ano.
Com o ano a terminar, o Teatro Nacional São João (TNSJ) celebra a produção própria da Casa que assinalou o arranque da programação em ano de Centenário do seu edifício-sede: a obra Castro. Desta feita, com a adaptação em quatro actos de Júlio Dantas da tragédia renascentista de António Ferreira sobre o amor de Pedro e Inês.
Contando com a presença de Nuno Cardoso – Director artístico da Instituição –, a obra estará em destaque na última sessão do ano de Leituras no Mosteiro que decorre amanhã, às 19:00 horas, no Mosteiro de São Bento da Vitória. A actividade tem coordenação de Nuno M. Cardoso e Paula Braga, e é de entrada gratuita.
Foi há um século que a Companhia do Teatro Nacional Almeida Garrett apresentou A Castro, numa encenação de Augusto Mello, no âmbito das comemorações do “Centenário da Gloriosa Revolução de 1820”. A récita única, que contou com a presença do então Presidente da República, António José de Almeida, tinha como objectivo «reanimar a obra-prima de António Ferreira, restituindo-a, palpitante de vida, ao teatro português, e fazendo-a aplaudir, ao fim de 333 anos de esquecimento», nas palavras de Júlio Dantas. Robles Monteiro e Amélia Rey Colaço foram alguns dos actores que integravam o elenco desta "récita de gala" e responsáveis por dar vida à reescrita do romancista português.
As Leituras no Mosteiro regressam no próximo ano, a 19 de Janeiro, com À Espera de Godot, de Samuel Beckett, obra que "serve" a próxima produção própria do TNSJ e que se estreia a 7 de Março, assinalando o fim das comemorações do Centenário. A actividade, que decorre agora nos Claustros do Mosteiro de São Bento da Vitória requer inscrição prévia, que pode ser feita aqui.