A DRCAlg assinala as Jornadas Europeias do Património, que, este ano, têm como tema “Património Vivo”, com uma sessão de cinema documental e um concerto, na Fortaleza de Sagres, iniciativas que integram a programação DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos.
No sábado, dia 23 de setembro, pelas 17h30, terá lugar a ultima sessão do ciclo de cinema “Libertar a Memória”. Esta sessão conta com a curadoria de Kitty Furtado, que selecionou os documentários Eu não sou Pilatus (2019, Portugal, DOC, 11min), de Welket Bungue, e Monumento Catástrofe (2022, Portugal, DOC, 69min), do Coletivo Left Hand Rotation.
“Eu não sou Pilatus, de Welket Bungué (Guiné-Bissau, 1988) é um manifesto artístico antirracista, feito através do diálogo entre dois vídeos de telemóvel, difundidos nas redes sociais, que testemunham dois olhares distintos e opostos sobre Portugal, a democracia e as suas instituições. (...) A montagem reflexiva de Bungué chama-se Eu não sou Pilatus – Dizer eu não sou Pilatus é desde logo um posicionamento político. Eu não sou Pilatus quer dizer eu não lavo as minhas mãos como Pilatus; eu não me abstenho, eu não enfio a cabeça na areia, eu não olho para o lado, eu não ignoro o problema. Ao dizer eu não sou Pilatus, Welket Bungué deixa implícita uma pergunta: e vocês?” (K. Furtado)
“Monumento Catástrofe é um road-movie, em Portugal, que mapeia uma parte da construção do espaço público de forma crítica, partindo da ideia de Catástrofe, que está também relacionada com fatores locais e globais e relações de poder. O que é uma Catástrofe? Quem nomeia um dado acontecimento como Catástrofe? Quem decide memorializar determinadas Catástrofes, como e para quê? Para quem?(...) Como nos diz Patrícia Freire, da Cósmica – a produtora, narradora e chofer desta viagem - «Não esquecer é um ato de resistência e o monumento também cumpre essa função de “despertar as centelhas da esperança” ao contribuir para que os erros do passado não ressurjam»." (K. Furtado)
“Libertar a Memória” é um projeto do Cineclube de Faro, para o DiVaM, com a coordenação e direção artística de Luísa Baptista. Para mais informações e reservas: ccf@cineclubefaro.pt
No dia seguinte, domingo, dia 24 de setembro, também na Fortaleza de Sagres, realiza-se o concerto de Chica, pelas 17h30, que apresenta uma sonoridade em que “o seu elemento principal é o diálogo: desde as letras que pretendem ser ouvidas no lugar de amigo, à sonoridade construída sobre uma troca de géneros e abordagens”. Este é o último concerto integrado no ciclo “Concertos ao Entardecer”, promovido pela Associação ArQuente, para o DiVaM.
Para mais informações e reservas: arquente@gmail.com
As atividades DiVaM são de entrada gratuita, mas com reserva obrigatória de lugar.
Todas as iniciativas das Jornadas Europeias do Património estão disponíveis em https://w3.patrimoniocultural.pt/jep2023/digital/