Jorge Santos nasceu em Silves, em 1974. Foi um dos artistas mais importantes oriundos do Algarve e esta exposição propõe-se como uma homenagem à obra do artista e à sua memória, no lugar onde nasceu.
Jorge Santos, Arvoredos e Canaviais I
Curadoria de João Silvério
Biblioteca Municipal de Silves
De 4 a 27 de setembro de 2023
Inauguração a 3 de setembro de 2023
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A sua produção artística, realizada em quase um quarto de século, é muito vasta: desenhos, pinturas, serigrafias, fotografias, vídeos, esculturas, azulejaria e um número bastante apreciável de livros de artista, mas também cadernos anotados onde encontramos estudos para diversos projectos em cada uma destas áreas da criação. A exposição, a primeira de um ciclo dedicado à sua obra, apresenta uma seleção de obras muito representativas do seu percurso artístico.
Reconhecido pela comunidade cultural nacional e internacional, Jorge Santos recebeu bolsas de desenvolvimento artístico da Fundação Calouste Gulbenkian para a Casa Velasquez, em Madrid e Spike Island, em Bristol. Apresentou trabalhos em vários países como o Reino Unido, França, Espanha, Portugal e Brasil. Está representado em várias colecções públicas e privadas, nomeadamente no MAAT, Fundação Carmona e Costa, PLMJ Fundação, Coleção Novo Banco, Foundation Centenera Jaraba em Espanha, Haim Chanin Collection em França, The Beverly Hilton Hollywood, EUA, na Biblioteca Apostólica Vaticana e na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.
A ex-ministra da Cultura, Graça Fonseca, referiu a sua obra como uma das mais importantes no panorama cultural nacional: “Jorge Santos foi um dos mais talentosos artistas da sua geração, com uma abordagem multidisciplinar, logo evidente nas suas primeiras mostras individuais em 2001. Desenvolveu uma obra profundamente atenta ao valor da luz dos objetos e, sobretudo, da expressão da natureza e da sua permanente transformação e mudança, na relação com a luz e a sombra. Em todas as dimensões de reconhecimento sobre as identidades do dia e da noite, a sua obra definiu uma visualidade de expressão cósmica, com recurso a fortes contrastes cromáticos, reequilibrando uma poética do desenho transformado em pintura e está no rigor da sua margem gráfica”, declarou a ministra numa nota de pesar divulgada à imprensa.
A exposição, dinamizada pela Câmara Municipal de Silves em colaboração com a família do artista, procura ser um momento para partilhar a sua memória, e o legado de uma obra muito singular, contemporânea, e estreitamente ligada à expressão humana de uma poética e de um imaginário que nos é próximo.