Vai ter lugar na próxima segunda-feira, dia 15 de Junho, a primeira reunião de apresentação e esclarecimento do “INTERREG-MED SUSTOWNS”, um projecto que visa promover um turismo mais sustentável em pequenas cidades de grande valor histórico, pequenas ilhas do litoral e pequenas cidades do interior, ao longo da costa do Mediterrâneo.
Dinamizado em Portugal pela Universidade do Algarve, que integra o consórcio de 10 parceiros, o projecto é financiado pelo FEDER e pelo IPA, estando a ser executado em 7 países (Albânia, Croácia, Eslovénia, Espanha, Grécia, Itália e Portugal) e 18 localidades.
Lagos foi escolhida pela Universidade do Algarve como cidade-piloto, atendendo à sua localização, elevado potencial turístico, nomeadamente costeiro, assim como pelos seus traços históricos e culturais e pela particular atenção que as autoridades locais têm dedicado às novas condições externas, como é o caso das alterações climáticas e desafios que ocasionam.
O objectivo é testar e desenvolver uma nova metodologia de participação ativa e governança, e uma nova abordagem para o desenvolvimento do turismo sustentável em pequenas localidades.
Por outras palavras, pretende-se aumentar a vocação turística local, gerando oportunidades e benefícios económicos para os operadores, por meio de políticas de turismo estruturantes e projetadas em conjunto, respeitando as características do património histórico, cultural, social e natural, de modo a não colocar em risco os seus frágeis ecossistemas.
A abordagem será construída com base nas lições e ferramentas produzidas pelos parceiros de outros projetos financiados pela UE e na própria experiência.
Em concreto produzir-se-á: um diagnóstico da sustentabilidade local; novos produtos turísticos; um plano de marketing para os novos produtos; um plano de ação local com iniciativas concretas que envolvam parceiros públicos e privados; um grupo de ação local que receberá formação; e a participação numa rede internacional de pequenas cidades do Mediterrâneo, com as vantagens que essa interação pode gerar.
Um projecto que não podia ser mais oportuno atendendo ao contexto de pandemia que se vive, o qual veio chamar a atenção para a necessidade de se garantir um cada vez maior equilíbrio entre o Homem e o planeta que o rodeia.
Os trabalhos irão desenvolver-se ao longo de cinco fases (Gestão do projeto; Comunicação; Plano de ação local; Transferência de conhecimento; e Capitalização) que decorrem até Junho de 2022, sendo a reunião do próximo dia 15 o ponto de arranque da terceira fase (Plano de Ação Local), que se inicia com o envolvimento da estrutura municipal (componente técnica e política). Em próximas reuniões, a agendar durante os meses de Junho e Julho, serão igualmente envolvidas e chamadas a colaborar as partes interessadas do setor turístico e a comunidade residente.