Com dívidas a aumentar e vendas paradas, muitos restaurantes no Algarve estão já fechados.
Como a ALGFUTURO alertara anteriormente, numa situação que seria sempre difícil, as três negas que o Governo inglês deu ao mostrar a luz vermelha para os britânicos não virem para o Algarve por causa do vírus fez desde logo tocar todas as sirenes empresariais, pois significava um longo período sem clientes para a maior parte da economia do Algarve, a acumular com seis meses em que apenas se trabalhou razoavelmente numa parte de Agosto com os turistas portugueses.
A Direcção da União Empresarial afirma compreender «o desespero dos profissionais da restauração pela situação de agora», bem como «a tempestade financeira anunciada», com restaurantes já fechados, e está solidária para com o país, reivindicando tratamento diferente para o que é diferente: «Com cerca de 10.000 estabelecimentos de restauração, em que muitos têm a sua clientela assente no turismo, temos uma gravidade que nenhuma outra região tem.
O momento é grave – cerca de 60% de empresas de actividades diversas dependem da actividade turística no Algarve. Neste sentido, a União Empresarial do Algarve entende que, se por um lado o Governo «tem que erradicar o surto do vírus», por outro, este deve ser capaz de «socorrer a economia, aliviando a carga fiscal, os prazos de pagamento e os apoios financeiros, sem discriminações», apontando o caso do «empresariado algarvio» como o «mais afectado».