O sector da restauração teve um decréscimo da facturação entre os 76 e os 100% durante a pandemia, enquanto que os sectores de hotelaria e viagens apontam para uma quebra de 100%.
Também afectados foram os sectores dos eventos, transporte e logística e comércio a retalho (não-alimentar). Esta é uma das principais conclusões do estudo “Efeitos da Pandemia”, desenvolvido pelo sistema Prémio Cinco Estrelas e pela Multidados.com – The Research Agency.
Florbela Borges, Managing Director da multidados, estará na conferência “Do impacto da pandemia à recuperação do negócio” no dia 15 de Julho, a partir das 18:00 horas, para apresentar as principais conclusões do estudo.
O estudo considerou os 6 sectores que foram identificados como os mais críticos, tendo analisado o desconfinamento e a retoma das actividades económicas sob duas perspectivas: a das empresas e dos consumidores. A diminuição de facturação foi comum a todos os sectores analisados e o online foi a grande aposta para sobreviver durante a pandemia.
Além das ajudas disponibilizadas pelo Estado, a que a grande maioria recorreu (83,5% na hotelaria), as empresas viram-se obrigadas a repensar os seus negócios e dinâmicas de trabalho, com destaque para o lançamento de lojas online (79,0% no retalho alimentar), a readaptação de processos logísticos (60,5% na restauração), a implementação de novos sistemas de higienização e segurança (67,0% no transporte e logística) e a aposta na comunicação online (61,5% nos eventos).
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O ponto de vista dos consumidores
Quanto aos consumidores, estes foram questionados sobre a sua ajuda aos sectores mais afectados durante a pandemia, sendo que a restauração (53,0%) e hotelaria (35,5%) foram os que receberam mais ajudas. A maioria dos apoios dos consumidores traduziu-se na manutenção das subscrições já efectuadas/compras regulares, como demonstra o retalho não alimentar (69,1%), a restauração (58,5%) e a hotelaria (56,3%).
A utilização da máscara continua a ser a medida que mais segurança dá aos consumidores nos diversos sectores: 85,5% no serviço de transporte e logística, 80,0% na área de viagens, 78,5% no retalho alimentar, 77,5% em eventos, 76,0% na hotelaria e 72,5% na restauração, seguindo-se as medidas de distanciamento social, desinfecção dos espaços e desinfecção das mãos.
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Sobre o estudo
Para o estudo, foram questionados 200 consumidores e 200 empresas de cada sector, representando um total de 1.200 consumidores e 1.200 empresas, entre os dias 13 de Abril e 10 de Maio de 2021.