Em visita guiada ao Monte da Casteleja, Guillaume Leroux explicou como produz vinhos de qualidade e que problemas enfrenta. «Ganhei experiência para fazer o meu próprio vinho e em 2000 iniciei a plantação com o chamado vinho do produtor, criando um estilo próprio e escolhendo variedades», sublinha, ao Correio de Lagos, o empresário, que se queixa da falta de mão-de-obra especializada na sua quinta. Com licenciatura em viticultura-enologia, é no terreno onde tem aprendido os mais variados aspectos relacionados com esta actividade.
E foi aí que ficou a saber que os pássaros lhe destruíram metade da produção das uvas num ano, o que o obrigou a proteger a vinha com uma rede. Mas continua a aprender todos os dias.
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«Nesta região, os ventos do norte, as chamadas "nortadas’" sopram frequentemente no final dos dias do Verão, refrescando as noites e dando maior concentração de cor e aromas dentro dos bagos» «a lua tem grande influência na vinha»
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Dia 17 de Dezembro de 2021, sexta-feira, 16.00 horas, Monte da Casteleja, situado perto da Estrada Nacional nº. 125, a cinco quilómetros da cidade de Lagos. O vitivinicultor Guillaume Leroux, de 56 anos, nascido em Paris, filho de um cidadão francês e de uma senhora algarvia, deu início a uma "soirée de Natal", com uma visita guiada à sua quinta constituída por sete hectares, quatro dos quais destinados a uma vinha, para apresentação do seu novo vinho “Casteleja 2020 tinto”. Neste encontro participaram mais de duas dezenas de pessoas, entre produtores e especialistas vinícolas portugueses, ingleses e espanhóis.
Casteleja foi o nome atribuído ao monte por um arqueólogo que descobriu no local ruínas de uma fortificação do tempo dos romanos, recorda Guillaume Leroux, neto de Abel Figueiredo Luís, natural de Sagres, antigo e famoso industrial no sector das pescas e das conservas no Algarve e que, em 1952, comprou esta quinta. «A vitivinicultura é uma actividade muito antiga que remonta ao período dos romanos, cuja presença tem vestígios deixados nas áreas circundantes da quinta e até mesmo dentro dela, através de variados pedaços de cerâmica e mosaicos encontrados. Os arqueólogos acreditam que Lagos, inicialmente chamada "Lacóbriga", nasceu neste vale com o mar chegando muito perto da propriedade nessa época», contou, à nossa reportagem, Guillaume Leroux, que desde 1983 é dono deste terreno. «Herdei a quinta aos 18 anos, não sabia do potencial aqui existente e tornei-me um apaixonado pela vinha», referiu o empresário que após se ter licenciado em viticultura-enologia, começou a trabalhar nesta actividade no Porto, onde aprendeu os mais variados segredos relacionados com a produção do vinho.
«Ganhei experiência para fazer o meu próprio vinho e em 2000 iniciei a plantação, criando um estilo próprio e escolhendo variedades regionais. Queremos recriar o conceito de "vinho do produtor", com a combinação das técnicas ancestrais, como a pisa a pé e o envelhecimento em tonéis», destacou Guillaume, apontando as vindimas como «uma das épocas mais importantes do Monte da Casteleja».
«Afinal é todo o trabalho de um ano que se colhe em vários dias e que irá transformar-se em vinho para os próximos anos. Apesar de ser um período de grande trabalho, concentração e rápidas decisões, é sempre acompanhado de muita energia humana, tornando os dias e noites de vindima em festa e muita animação. Desde a primeira colheita em 2004, que desejamos fazer a vindima ‘à moda antiga’, com um trabalho manual de selecção e corte das uvas, transporte para a adega em caixas de 15 kgs., seguido com a pisa em lagar das melhores uvas ao fim do dia, como ainda se faz nos melhores vinhedos do Douro», explicou Guillaume Leroux. E acrescentou: «são dias longos, carregados de canções e emoções que preenchem os corações de quem participa. E por isso, a vindima do Monte da Casteleja já começa a ter, no seu elenco, cada vez mais interessados em passar um dia no campo, debaixo de um sol abrasador no mês de Agosto, por entre cepas carregadas e gente voluntariosa, e que faz do nosso vinho um concentrado de sinergias muito ricas e poderosas».
Por outro lado, aquele vitivinicultor lembrou que «foi um grande desafio fazer vinho branco nesta zona», numa altura «em que se dizia que não se faz bom vinho no Algarve».
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«Herdei a quinta aos 18 anos, não sabia do potencial aqui existente e tornei-me um apaixonado pela vinha»
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«As castas, o solo, o clima e o escultural trabalho do homem» são quatro aspectos que, em conjunto, podem contribuir para «dar forma e identidade a um vinho», observou Guillaume Leroux, durante esta visita à sua quinta. «O solo, único na região, é muito apto para a cultura da vinha, com solos argilo-calcários. A água introduz-se em profundidade no seu interior e é retida, aí ficando disponível para as raízes durante o Verão, altura em que as plantas dela necessitam mais. Nós acreditamos que temos um "terroir" especial, ou seja, a combinação entre as principais características capazes de dar forma e identidade a um vinho, aqui no Monte da Casteleja, que se encontra em modo de produção biológico desde 2008. Garantimos assim, a preservação do meio ambiente, da biodiversidade e do futuro da terra, com a utilização de recursos naturais renováveis para minimizar todas as formas de poluição que possam resultar das práticas agrícolas e abolindo por completo o uso de pesticidas», especificou o empresário.
«Nesta região, os ventos do norte, as chamadas "nortadas", sopram frequentemente no final dos dias do Verão, refrescando as noites e dando maior concentração de cor e aromas dentro dos bagos», adiantou, notando que também «a lua tem grande influência na vinha».
Com 5.000 pés por hectare, o objectivo é manter a vinha com menos vigor de forma a consumir menos água e os solos mais frescos.
«Na transição para vinho biológico eu não sabia nada e fui aprendendo», reconheceu Guillaume Leroux, considerando como uma das lacunas existentes nesta quinta «não ter animais para fornecerem matéria orgânica, a qual é fundamental».
Outro dos problemas passa «pela falta de mão-de-obra, o que de resto se verifica no Algarve e em vários sectores de actividade». «No caso da vinha, temos falta de mão-de-obra especializada», alertou o empresário durante a visita ao Monte da Casteleja. E «em 2003 perdemos mais de cinquenta por cento das uvas por causa dos pássaros, pelo que tivemos de colocar redes de protecção no terreno», revelou.
Já pelas 16.40 horas, no armazém da quinta, junto a pipas e a outros equipamentos, além do espaço destinado à pisa das uvas, Guillaume Leroux, entre explicações técnicas, expôs garrafas com cinco marcas de vinho, três dos quais tinto, um branco e palhetes – “Meia-Praia", "Abeluiz" / 2020, "Monte da Casteleja"/ 2020, "Algarve 2020 Palhete" e "Algarve Monte da Casteleja".
Pouco depois, eram 17.00 horas quando junto à moradia do vitivinicultor, onde também funciona uma unidade de agro-turismo com oito camas, houve prova de vinhos, com queijo, chouriço à mistura, até anoitecer.
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Entrevista a Guillaume Leroux
Produtor engarrafador de vinhos biológicos no Monte da Casteleja, em Lagos, de que é proprietário
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Nesta entrevista na sua quinta, Guillaume Abel Luís Leroux recorda ao "Correio de Lagos" como despertou para a actividade vinícola através da família. «A vinha é uma cultura muito exigente em cuidados de trabalho, de manutenção. É uma das actividades mais exigentes que já vi», reconhece. Já «os vinhos vendem-se todos facilmente. Têm uma boa aceitação no mercado, não há problema», congratula-se este empresário de 56 anos, que antecipa projectos para 2022. O branco ‘Meia-Praia’ é um deles.
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«Perceber como é que um país como a Austrália, que tem um clima semelhante ao do Algarve, produz bons vinhos.
Isso deu-me muita esperança para fazer aqui, em Lagos, o vinho no Algarve, que na altura, nos anos 90, tinha uma péssima imagem.»
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Correio de Lagos - A quem vende os vinhos que produz no Monte da Casteleja?
Guillaume Leroux - A vários clientes, portugueses e ingleses que vivem no Algarve, e até de Espanha, bem como a amigos. Os vinhos vendem-se todos facilmente. Têm uma boa aceitação, não há problema.
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CL - Qual é a produção anual do vinho tinto ‘Casteleja 2020’, que apresentou?
GL - São duas mil garrafas. É uma produção reduzida, mas trata-se de um vinho especial.
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CL - Quanto tempo demorou a ser produzido e como foi concebido?
GL - É um vinho da casta Bastardo, que é uma casta muito especial, implantada na zona de Sagres, no concelho de Vila do Bispo. É uma casta que está bem-adaptada aqui à zona e que faz vinhos até melhores do que no norte de Portugal, com mais concentração. Este vinho foi produzido em 2020 e engarrafado no final de Novembro de 2021. Agora [no dia 17 de Dezembro de 2021] foi o lançamento e já começámos a introduzi-lo no mercado.
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CL - Com que clientes já conta para essas duas mil garrafas e qual a quantidade de vinho em cada uma?
GL - Já temos um bom cliente em Lisboa, que é um distribuidor. E já enviámos o vinho também para Londres. Por outro lado, vamos guardar garrafas para o comércio local, para os residentes no concelho de Lagos.
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«Em 2022 «vamos lançar, também, um segundo vinho branco. Provavelmente vai ser um vinho branco ‘Meia Praia’»
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CL - E qual é o preço de cada garrafa?
GL - Ao público é 17,50 euros. Já o ‘Meia Praia’ é 7,50 euros.
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CL - Na apresentação deste vinho, falou na pisa das uvas. Em que mês ocorre, como se processa e quantas pessoas envolve?
GL - Nós fazemos a vindima em Agosto, início de Setembro de cada ano. Eu faço a pisa a pé porque é uma tradição que aprendi no Douro. E gosto muito da pisa porque é o contacto directo com as uvas. Descalço. O número de pessoas que envolve depende. Os últimos anos têm sido um bocado complicados por causa da pandemia de Covid-19, mas normalmente são umas vinte pessoas.
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CL - De onde vêm?
GL - São residentes e de várias nacionalidades, amigos e vizinhos.
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«Gosto muito da pisa porque é o contacto directo com as uvas. Descalço (…) Os últimos anos têm sido um bocado complicados por causa da pandemia de Covid-19, mas normalmente são umas vinte pessoas»
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CL - Também contrata pessoal para a pisa às uvas?
GL - Não. Para a pisa às uvas, fazemos um evento durante o dia, um pouco à semelhança do que fizemos agora para a apresentação do vinho ‘Casteleja 2020’, só que inclui um almoço. Gostamos de partilhar este momento da pisa.
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CL - Que sensação dá pisar as uvas na adega?
GL - É uma sensação, para já, de participar no processo de criação do vinho, e ao mesmo tempo de partilha do momento mais importante com o produtor. As pessoas gostam imenso de partilhar esse momento e depois é a euforia de sentir as uvas, de alegria, de estarmos todos juntos nesta festa.
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CL - A pandemia condicionou essa operação?
GL - Condicionou um bocado, claro.
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CL - Em que aspecto?
GL - Para já, não podemos estar tantas pessoas juntas.
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CL - E quantas estiveram na última pisa às uvas na adega situada nesta quinta?
GL - Só vinte pessoas.
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CL - Se não fosse o vírus, quantas estariam?
GL - O dobro. À vontade.
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CL - Quais os projectos para o ano de 2022?
GL - Vamos aumentar a produção do ‘Palhete’ em duas mil garrafas. E vamos lançar, também, um segundo vinho branco. Provavelmente vai ser um vinho branco ‘Meia Praia’. Habitualmente, são 1.500, 2.000 garrafas para o tinto ‘Meia Praia’.
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CL - Porquê não uma maior quantidade?
GL - Tentamos. Mas só temos quatro hectares de terreno e é tudo biológico. Não há muitas uvas biológicas na zona de Lagos. É só a nossa produção. É muito trabalhoso, a vinha tem sido generosa, mas, pronto, tem algumas limitações com o clima.
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CL - Também nesta apresentação de vinhos, destacou a falta de animais na quinta para permitirem matéria orgânica. Quais os que serão necessários?
GL - Ovelhas, neste caso. E até alguns porcos e galinhas ajudariam muito.
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CL - E pensa adquirir esses animais?
GL - Galinhas, sim. Mas os restantes não, para já, porque é uma gestão completamente diferente em termos da quinta.
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CL - Falou sobre a falta de mão-de-obra no Algarve. Em que é que essa situação se reflecte na vitivinicultura na sua propriedade?
GL - O Algarve, como todas as regiões do país, sofre dessa falta de mão-de-obra. Nós temos a possibilidade de contratar equipas que fazem prestação de serviços, até são de origem indiana e nepalesa. Mas mão-de-obra especializada já com interesse na vitivinicultura não é fácil encontrar aqui na zona.
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CL - Então, quem trabalha na quinta?
GL- Sou eu e mais um trabalhador. E temos, também, mão-de-obra eventual e voluntários.
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«Mão-de-obra especializada na vitivinicultura, não é fácil encontrar aqui na zona»
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CL - Como funcionam os trabalhadores eventuais e os voluntários? Quando é que vêm e de onde, e quanto tempo ficam?
GL - Os voluntários vêm de todo o mundo. Nós pertencemos a uma associação, que é a ‘WWOOF’, e eles vêm por iniciativa própria para conhecer a região e participar nas actividades da quinta. Vêm ao longo de todo o ano. Alguns ficam durante um mês e outros mais tempo. É variável. Estamos à espera de um canadiano, em Janeiro. Mas também há italianos, alemães e indivíduos de outras nacionalidades.
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CL - E que tipo de trabalho executam?
GL - Eles, geralmente, fazem um trabalho com menos responsabilidade, como é óbvio. Mas dão uma boa ajuda nos trabalhos de vários tipos que há na vinha e na adega também.
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CL- Se contasse com pessoal especializado, o que poderia ser feito?
GL - A questão da mão-de-obra especializada, a parte técnica, é importante, do fazer o vinho, da colheita, dos trabalhos com tractor e outros. Porque a vinha é uma cultura muito exigente em cuidados de trabalho, de manutenção. É uma das actividades mais exigentes que já vi.
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CL - Já tentou contratar esses trabalhadores?
GL - Já têm aparecido pessoas. Mas há uma rotatividade muito grande e depois não há sequência no trabalho.
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CL - Quantos trabalhadores especializados são necessários?
GL - Nós precisávamos aqui, no mínimo, de três pessoas a tempo inteiro.
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CL - Não há portugueses?
GL - Contratar portugueses? Não é muito fácil. Não querem descer cá para baixo… (risos)
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CL - Aprendeu tudo sobre a vitivinicultura no norte do país?
GL - Estudei em França e depois comecei a trabalhar no Douro. Prossegui os meus estudos enquanto estava a trabalhar. Fui para uma universidade australiana, que tinha um acordo com uma universidade do Porto. Então, fizemos aulas à distância e até fomos à Austrália. Foi muito interessante, muito importante, até para perceber como é que um país como a Austrália, que tem um clima semelhante ao do Algarve, produz bons vinhos. Isso deu-me muita esperança para fazer aqui, em Lagos, o vinho no Algarve, que na altura, nos anos 90, tinha uma péssima imagem. Havia poucos vinhos representantes da região do Algarve: a «Quinta do Morgado da Torre» do João Mendes e as adegas cooperativas.
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CL - Qual o próximo vinho que gostava de lançar?
GL - O que eu gostava de lançar era um licoroso. Era um dos meus sonhos.
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CL - Porquê?
GL - Um licoroso tem a grande vantagem de ser um vinho que pode estagiar durante muito tempo na madeira. Isso é fascinante, porque tem uma capacidade de envelhecimento muito grande.
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CL - E o que é necessário para esse tipo de vinho?
GL - Para um licoroso é preciso comprar aguardente vínica, o que não é muito fácil. Neste momento há muita escassez de aguardente. E, claro, também necessitaria de trabalhadores.
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CL - Acha que será possível lançar o licoroso em 2022?
GL - Não, não. Como referi, necessita de aguardente. Lá para o ano de 2024, poderá ser possível.
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CL - Despertou para a vitivinicultura através da sua família no Monte da Casteleja?
GL - Sim. Esta quinta era do meu avô materno, Abel Figueiredo Luís. E eu brincava aqui, corria, quando era criança. Vinha cá com a minha mãe. O meu avô recebia as hortícolas como pagamento, ele tinha aqui caseiros. Depois, faleceu e a minha mãe continuou com os caseiros. Mais tarde, em 1983, herdei a quinta. Hoje, vivo aqui com a minha esposa e um filho de dois anos de idade. Mas tenho mais dois filhos - uma na Alemanha e um em Lisboa.
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CL - Na visita à quinta, apontou para o facto de ter ficado sem metade da produção vitivinícola num ano por causa dos pássaros. O que aconteceu em concreto?
GL - Foi no início. Não sabia que os pássaros gostam tanto das uvas e os caracóis também (gargalhada). A experiência no terreno é muito importante e vamos aprendendo.
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CL - E para resolver o problema colocou uma rede…
GL - As redes é que são importantes para proteger as uvas e salvaguardar a produção.
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Filho de um francês e uma algarvia, Guillaume Leroux nasceu em Paris e é neto de Abel Figueiredo Luís, antigo industrial das pescas e conservas
Neto do antigo e famoso industrial lacobrigense na área das pescas e conservas, Abel Figueiredo Luís, Guillaume Abel Luís Leroux nasceu no dia 12 de Maio de 1965 em Paris. Tem 56 anos. Conta, ao "Correio de Lagos", que foi o seu pai de origem francesa quem o introduziu no mundo do vinho, “mostrando como se prova, cuida de um vinho e a descobrir as suas subtilezas.” Ao perceber, mais tarde, “o grande potencial dos vinhos portugueses”, Guillaume Leroux confessa que se tornou um apaixonado quando começou “a descobrir a riqueza e a complexidade do mundo do vinho durante as viagens e os estudos”.
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«Gostava de lançar um licoroso. Lá para o ano de 2024 poderá ser possível»
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Licenciatura em Viticultura – Enologia, em França, e Pós-Graduação, no Porto, em colaboração com uma Universidade da Austrália
Com licenciatura em Viticultura - Enologia, em 1990, obtida na cidade francesa de Montpellier, e Pós-Graduação Viticultura – Enologia, adquirida no ano de 1995, na Escola Superior de Biotecnologia do Porto, em colaboração com a Universidade Charles Sturt (Wagg Wagga), da Austrália, Guillaume Leroux, ao nível profissional, foi responsável, de Maio de 1991 a Junho de 1992, pela organização e trabalho da equipa técnica do Douro, Vinhos do Porto, S.A., e Director-Adjunto da empresa Montez Champallimaud, Lda., durante quatro anos, desde Junho de 1992 a Junho de 1996. Nesse período assumiu a responsabilidade por todas as explorações dessa empresa, nomeadamente a ‘Quinta do Côtto – Vintages’, ‘V.Q.P.R.D. Brancos e Tintos, ‘Reserva: Grande Escolha’, e a ‘Quinta do Paço de Teixeiró Vinho Verde Branco’.
Já entre Dezembro de 1994 e Julho de 1996, Guillaume Leroux exerceu funções de consultor técnico na Quinta do Tedo, também no Douro, tendo sido responsável pelo plano de reestruturação do vinhedo e da adega, com vista à produção de vinhos de alta qualidade classificados.
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Vitinicultor engarrafador no Monte da Casteleja, em Lagos, desde o ano de 2020
Ao regressar a casa, Guillaume Leroux é, desde 2000, vitivinicultor engarrafador no Monte da Casteleja, situado a cerca de cinco quilómetros da cidade de Lagos, onde teve sob a sua responsabilidade o projecto de plantação de quatro hectares de vinha na sua propriedade para produzir “vinhos de qualidade superior, com estilo e personalidade”, como faz questão de destacar. É ali que também possui uma unidade de agro-turismo com oito camas.
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Último Lançamento no mercado das marcas
O Monte da Casteleja está presente no mercado desde 2005. Nesse ano apresentou apenas duas marcas de vinho: O Tinto e o Branco 2004. Lançou em 2021 5 marcas de vinhos muito distintos: Monte da Casteleja Tinto, Branco e Palhete 2020, Meia Praia 2019 e Abeluiz 2019.