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Distinguidas empresas PME Líder e PME Excelência do concelho de Loulé

Distinguidas empresas PME Líder e PME Excelência do concelho de Loulé

O tecido empresarial do concelho de Loulé foi distinguido, esta terça-feira, pelo IAPMEI e Turismo de Portugal, com o estatuto de PME Excelência e PME Líder, numa cerimónia que marcou o arranque da Semana do Município de Loulé.

Hotelaria e turismo, restauração, construção civil, imobiliário, serviços ou saúde, são alguns dos setores com maior representatividade nas empresas distinguidas, um total de 129: 65 PME Excelência e 64 PME Líder.

Estes “selos” distinguem as PME com desempenho superior e solidez financeira, promovendo o reconhecimento das empresas no mercado e facilitando o acesso a financiamento e outras oportunidades. No caso das “Líder”, a distinção visa reforçar o prestígio e facilitar a relação com fornecedores, clientes, bancos e autoridades. Estas empresas têm acesso a condições especiais em produtos financeiros, a uma rede de serviços e a benefícios específicos para a sua relação com a banca e outras instituições.

Em relação às “Excelência”, trata-se de um selo mais seletivo, atribuído às PME Líder que se destacam pelos melhores desempenhos económico-financeiros e pelas suas estratégias de crescimento e inovação. As PME Excelência podem, por exemplo, ter acesso a uma plataforma de promoção nacional e internacional, reconhecendo o seu mérito e contributo para a economia portuguesa. A concessão deste estatuto é normalmente automática para as PME Líder que atingem os melhores indicadores.

No caso do tecido empresarial do concelho de Loulé, a atividade turística é uma das áreas com maior peso e nesse sentido, o vice-presidente do IAPMEI, Nuno Gonçalves, alertou os empresários para um contexto atual “especialmente complicado do ponto de vista geopolítico dominado pela incerteza” que poderá impactar no setor. “Devem continuar a trilhar o caminho que têm feito até aqui, fortalecer o balanço, olhar para as contas sólidas, com bons níveis de capitais próprios”, alertou.

Por outro lado, este responsável reforçou a importância, cada vez maior, da sustentabilidade no setor empresarial, sendo também esta “condição fundamental” para captar “mercados mais sofisticados” no contexto do turismo do Algarve. “Somos responsáveis não só por servir bem o cliente, mas também pelo meio ambiente, perante a sociedade e a economia regional e local. Não basta fazer, é preciso mostrar que se faz e isso significa termos certificações nesta temática”, notou, referindo-se ao trabalho que tem sido realizado para certificar as empresas com o selo de sustentabilidade.

Também nas áreas da inovação, digitalização e internacionalização Nuno Gonçalves acredita ser determinante o posicionamento das empresas. “Não há sustentabilidade sem eficiência digital e tecnológica. Sabemos que hoje, mesmo uma microempresa, pode entrar no campeonato da internacionalização através do comércio digital”, explicou. É também alinhados com estas temáticas que existem programas de incentivos integrados no “Portugal 2030”, como adiantou Nuno Gonçalves.

O autarca de Loulé, Vítor Aleixo, destacou “o empenho da Câmara e dos poderes públicos para que a atividade económica possa acontecer da melhor forma” neste território. Exemplo desse trabalho é, desde logo, a aposta na segurança e sustentabilidade do território, duas áreas que são, cada vez mais importantes para a escolha de um destino turístico

Em Loulé há iniciativas a acontecer que são muito valorizadas pelos turistas como é o caso do Green Key, programa da Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE) que distingue as unidades hoteleiras que valorizam a gestão ambiental e as práticas sustentáveis.

Ao nível da digitalização e na modernização do comércio e serviços, o Município tem em desenvolvimento os Bairros Digitais em Quarteira e Loulé, cada um deles com um investimento de 1 milhão de euros.

O autarca reportou-se ainda à digitalização do interior, projeto praticamente concluído e que também ele “uma grande oportunidade para o investimento dos empresários. “O interior começa cada vez mais a atrair a atenção de um outro tipo de turistas, que ganha cada vez mais peso na geração de riqueza do nosso concelho. “É uma economia mais de raiz local, de circuitos curtos, onde se consome o que é produzido localmente e de empresas de pequena escala. É uma economia que desponta e que vai ganhar muita importância no futuro”, assegurou.

Terminou com uma abordagem à importância da imigração para a atividade económica. “Sem imigração a nossa economia teria muitas dificuldades em funcionar, sobretudo na perspetiva do seu crescimento. É o recurso da atividade económica do nosso país. É bom que tenhamos consciência que tem que haver aqui um diálogo. Precisamos de imigrantes, mas de imigrantes com condições de vida”, relevou.

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