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Dia Mundial da Internet: Burlas online crescem 22%

Dia Mundial da Internet: Burlas online crescem 22%

As reclamações relacionadas com burlas online aumentaram 22% de Janeiro até Abril, revela o Portal da Queixa numa análise efectuada por ocasião do Dia Mundial da Internet, que hoje se assinala. A tendência de crescimento registada tem sido consecutiva nos últimos anos, acompanhado a mesma subida de denúncias de cibercrimes que chegam à Procuradoria-Geral da República. Sites fraudulentos, casos de phishing são os principais motivos das queixas dos consumidores. A literacia digital é essencial para uma utilização segura e informada no meio digital, defende o Portal da Queixa.

O Dia Mundial da Internet – assinalado a 17 de Maio –, é uma data que assinala a inclusão digital e promove a consciencialização pública para os benefícios proporcionados pela internet, como o compartilhamento de ideias e informações sem restrição. Mas se é verdade que a Internet é uma das maiores inovações da história da Humanidade, também se transformou numa porta aberta para ataques informáticos e fez nascer o cibercrime. Em 2021, a cibercriminalidade duplicou em Portugal, segundo os dados do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu 1.160 denúncias, mais do dobro do que no ano anterior (544).

Entre os dias 01 de Janeiro e 30 de Abril, o Portal da Queixa registou uma subida de 22% do número de reclamações relacionadas com burlas online, comparativamente com o mesmo período homólogo.

Os principais motivos de reclamação dos consumidores continuam a evidenciar esquemas de burlas online relacionadas com a criação de websites clonados (cópias de lojas online de marcas) e esquemas de phishing, casos que o Portal da Queixa tem vindo a denunciar de forma recorrente.

A liderar o ranking das reclamações por burla online, estão marcas como a Tiffosi, a Lefties e a Wizink. Relacionadas com as duas marcas do grupo têxtil espanhol Inditex estão casos de clonagem dos sites, onde os consumidores efectuam compras, não recebem o produto e perdem o dinheiro e, no caso da Wizink, o problema mais reportado refere-se às tentativas ou casos concretos de phishing.

Sites falsos

Recorde-se que, em Janeiro, o Portal da Queixa alertou para um aumento de reclamações que denunciavam sites falsos que usavam o nome da marca de vestuário Tiffosi, num esquema semelhante ao que já tinha sucedido à Stradivarius, em Novembro do ano passado. Este último, voltou a ser denunciado com múltiplas queixas de pessoas burladas através de websites falsos das marcas do grupo Inditex, como a Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti e onde consta, também, a Stradivarius.

Perante os crescentes perigos da internet, o investimento em cibersegurança deve ser um prioridade vital para consumidores empresas, marcas e organizações. O caminho apontado pelo Portal da Queixa é o de construir uma forte literacia digital. Para a maior rede social de consumidores de Portugal, estar alerta, informado e ter consciência da situação, pode mesmo fazer toda a diferença. A ideia passa por saber reconhecer cenários duvidosos e fraudulentos e saber como agir quando se é vítima de algum esquema de burla.

— Criar passwords seguras e actualizá-las regularmente: ter a mesma password para tudo é ser um alvo fácil. Hoje em dia, existem plataformas seguras - como o Lastpass ou o 1password, por exemplo - onde podes guardar as tuas passwords, e assim evitar usar sempre a mesma. Pode ainda aceitar as passwords geradas pelo Google e guardá-las em plataformas para o efeito.

— Não ignorar as actualizações de software: Demora apenas alguns minutos, e é uma importante acção que vai permitir actualizações de segurança e das configurações de privacidade. Contribui para a segurança, não só, de quem está a trabalhar remotamente, bem como, para a protecção da empresa de que faz parte.

— Emissor duvidoso, com mensagem de alerta: nunca abrir este tipo de mensagens de remetentes ou números desconhecidos, sobretudo se convidam a abrir um link ou a partilhar dados pessoais. As mensagens de alerta (supostas dívidas, pagamentos em atraso, alerta de cancelamentos) são uma prática comum em ataques de phishing. Apesar de intimidar ou gerar curiosidade, nunca abrir nenhum link suspeito e nunca partilhar dados pessoais. No caso dos emails, e tal como alerta a Autoridade Tributária, confirmar sempre o remetente de um email que receba e que pareça duvidoso.

— Marca ou entidade conhecida, mas com mensagem estranha: se receber uma mensagem de alguma entidade ou marca reconhecida que convida à abertura de um link, não abra. No caso dos websites, certifique-se sempre de que são verdadeiros e não duplicados. Uma forma fácil de comprovar se o site é fidedigno e seguro é perceber se este tem Certificado SSL (se o site tem HTTPS e um cadeado na barra do endereço). Para comprovar a sua segurança, passe o rato por cima da hiperligação para ver o URL completo, avaliando assim a confiabilidade do conteúdo.

— Ataques via redes sociais: a duplicação de perfis de marcas, celebridades ou influencers é real e cada vez mais comum. Existem perfis falsos de “Giveaways” que levam as pessoas a deixarem os seus dados pessoais ou cartão de crédito em plataformas desconhecidas. Existem perfis que enviam mensagem em massa a anunciar que foi o vencedor ou mesmo os que oferecem produtos directamente. Em todos eles há algo que os denuncia: por norma, o discurso é duvidoso, tem erros de português, já que muitas vezes a tentativa de ataque é feita por hackers internacionais e que pedem sempre dados do cartão de crédito ou para subscrever alguma plataforma que leve à partilha de tal informação.

— Fraude bancária, se foi vítima de phishing alerte o seu banco: os bancos já estão atentos a situações de fraude, motivo pelo qual têm vindo a criar, cada vez mais, mecanismos de segurança na activação de cartões. No entanto, a duplicação de cartões ou o extravio de dados ainda é um problema por resolver. Se foi vítima de phishing, cancele imediatamente todos os teus cartões e alerte o teu banco sobre o sucedido.

À mínima dúvida, denuncie sempre e partilhe a sua experiência: A reclamação no Portal da Queixa não só alerta a marca sobre o que está a acontecer, como também ajuda outros consumidores a perceberem que podem estar prestes a ser alvo de fraude. Uma reclamação tem ainda o poder de levar a marca a pensar em soluções, por exemplo, reforçar a segurança do website, entre outras coisas, de forma a que este continue a ser seguro para os utilizadores. Aqui, as marcas também têm um papel importante, pois quando um ataque acontece, o primeiro passo a dar é no sentido de restabelecer a credibilidade e mostrar preocupação com o cliente.

Sobre o Portal da Queixa by Consumers Trust:

O Portal da Queixa é uma plataforma global de comunicação entre consumidores e marcas que foi criada em junho de 2009. Hoje, posiciona-se como a maior rede social de consumidores e marcas do país, sendo uma referência nacional em matéria de consumo e um marketplace de reputação de marcas.

O crescimento exponencial e a consolidação da paltaforma em Portugal, permitiu alcançar um novo posicionamento ao internacionalizar a sua plataforma para mercados com Espanha (Libro de Quejas) e África do Sul (Complaints Book), através do lançamento da sua marca global: Consumers Trust.

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