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Covid-19: ALGFUTURO questiona «ausência de medidas» para o Algarve

Covid-19: ALGFUTURO questiona «ausência de medidas» para o Algarve

«No Algarve é o descalabro. (...) Ou a vacinação no Algarve é prioritária a nível nacional, depois dos grupos de risco no país, ou no mínimo 110 milhões de euros a fundo perdido para as microempresas para evitar a derrocada», reivindica o núcleo.

Segundo a União Empresarial do Algarve, com o fim do primeiro semestre à vista, o balanço «não podia ser pior». Fala-se em crise económica e social profundas, «com os piores registos do país quanto a prejuízos e baixos apoios», tendo em conta que «em percentagem as quebras são as maiores», tal como concluiu a Assembleia Geral da União Empresarial do Algarve realizada no final da semana.

A projecção para o curto/médio prazo dos principais indicadores é de nula recuperação em relação a 2019/2020 e com registo da maior quebra do rendimento regional para qualquer região do país, assim determinado pela total dependência do Turismo. Afinal, o problema económico do Algarve «tem um carácter sistémico, em que ou o Turismo funciona e o resto da Economia vai a reboque, ou não há fluxo turístico suficiente e é o descalabro que agora se vê», nas palavras da ALGFUTURO.

Deste modo, «ou se tomam medidas para captar fluxos turísticos estrangeiros (além dos nacionais) e os apoios estatais necessários podem considerar-se de dimensão apenas razoável, ou eles não existem e, para evitar a derrocada, os apoios terão de ser muito significativos e injectados directamente nas veias do tecido empresarial», explica a União, que sempre defendeu a urgência da vacinação no Algarve, imediatamente depois de ser ministrada a todos os grupos de risco no país: «Esta é a solução que um poder com coragem e com lógica de acção deve tomar, e que certamente os portugueses compreenderiam, pois sem isso é a penúria».

Não se optando por esse caminho, e «assumindo o Estado a sua responsabilidade de pessoa de bem e que zela pelos seus cidadãos de forma justa e equitativa, terá de injectar na economia regional entre o segundo semestre deste ano e o primeiro semestre do ano que vem uma verba nunca inferior a 110 milhões de euros, destinados a fundo perdido para apoiar as microempresas de todos os sectores, nos casos em que tenham um prejuízo em relação ao período homologo em 2019 superiores a 40%», propõe a União Empresarial do Algarve.

Neste sentido, de acordo com a União, as primeiras verbas deverão começar a ser já disponibilizadas em Maio ou Junho do presente ano: «Apenas deste modo se evitará o desaparecimento da maior parte das 70.000 microempresas». A mesma insiste, por fim, que devem ser tomadas «medidas de fundo» para «arrancar o Turismo à massificação», tornando-o mais competitivo.

Como sempre, a ALGFUTURO mostra-se disponível para cooperar e dialogar com as entidades oficiais.

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