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Bankinter alcança em 2023 resultados recorrentes recorde de 845 milhões de euros, mais 51% do que em 2022, com os melhores indicadores da sua história em todos os negócios e países em que opera

Bankinter alcança em 2023 resultados recorrentes recorde de 845 milhões de euros, mais 51% do que em 2022, com os melhores indicadores da sua história em todos os negócios e países em que opera

O Grupo Bankinter conclui com sucesso 2023, tendo alcançado resultados recorrentes recorde na sua história, com todas as linhas de negócio a crescer a bom ritmo, o que permitiu à instituição continuar a aumentar a sua quota de mercado nos segmentos de clientes e nos países em que opera. 

A evolução favorável das taxas de juro, o crescimento de volumes em todos os indicadores do balanço e uma gestão mais ativa do património dos clientes resultaram em crescimentos substanciais nas rubricas, assim como melhorias na rentabilidade e na eficiência.

Assim, o Grupo Bankinter alcança em 2023 resultados antes de impostos de 1.228,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 56,5% face a 2022. Por sua vez, os resultados líquidos atingiram os 844,8 milhões de euros, mais 50,8% relativamente ao ano anterior, apesar do impacto do novo imposto sobre o setor financeiro em Espanha, que se fixou em 77 milhões de euros para o Bankinter.

Quanto aos diferentes rácios da conta de resultados, a rentabilidade sobre capitais próprios, ROE, alcança um nível histórico no banco: 17,1% face aos 12% de há um ano, com um ROTE de 18,2%, os melhores valores entre o setor financeiro em Espanha.

O rácio de capital CET1 fully loaded alcança, por sua vez, 12,3%, quando o mínimo exigido pelo Banco Central Europeu ao Bankinter é 7,8%, o mais baixo da banca cotada em Espanha.

No que se refere ao rácio de morosidade, situa-se em valores semelhantes ao ano passado, 2,1%. No caso específico de Espanha, o rácio de morosidade sobe até aos 2,4%, embora esteja bastante abaixo da média do setor, que segundo o Banco de Espanha, se situava nos 3,57% em novembro. A cobertura da morosidade era de 64,7% no final do ano.

O rácio de eficiência do banco situa-se nuns bem-sucedidos 37,3%, que compara muito favoravelmente com os 44% registado há um ano, estando entre os melhores da banca, que em Espanha é ainda melhor, de 34%

Quanto à liquidez, a situação é ainda melhor que há um ano. O banco dispõe de um volume de depósitos sobre créditos de 106% face aos 102,8% de há um ano.

Dados do Balanço.

Os ativos totais do Grupo situam-se a 31 de dezembro de 2023 nos 113.011,6 milhões de euros.

A carteira de créditos a clientes alcança em 2023 os 76.885,7 milhões de euros, mais 3,6% do que há um ano. Se nos focarmos no contexto espanhol, a carteira de crédito do banco cresce um pouco menos, 1%, dada a maior debilidade do mercado imobiliário espanhol, embora a carteira do setor financeiro em Espanha caia 3,5% com dados do Banco de Espanha relativos a novembro.

Relativamente aos recursos de clientes de retalho, situam-se nos 81.574,8 milhões de euros, com um crescimento de 8,5% sobre o mesmo valor de há 12 meses. O volume dos recursos geridos fora do balanço também regista um forte crescimento de 18,1%, até aos 43.937 milhões de euros, graças à captação de novo negócio, assim como à transferência de outros produtos dentro do banco.

Rubricas da conta de resultados.

Todas as rubricas da conta de resultados registam fortes crescimentos relativamente ao ano passado e alcançam valores históricos. A evolução favorável da subida das taxas de juro, a maior dinamização da atividade comercial em todos os segmentos de clientes e em todos os países, e as novas atividades e negócios desenvolvidos estão na base dos bons resultados alcançados.

A margem de juros alcançou os 2.213,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 44% em relação ao final de 2022.

Quanto à margem bruta, que engloba todas as receitas do Grupo, alcança um valor recorde de 2.660,5 milhões de euros, com um crescimento de 27,7% no ano. A taxa de crescimento anual da margem bruta nos últimos cinco exercícios foi de 13%.

As receitas de comissões cobradas pelos diversos serviços e atividades de valor disponibilizados pelo banco aos seus clientes ascenderam aos 817 milhões de euros, sendo 196 milhões de euros provenientes do negócio de Gestão de Activos. Neste âmbito, destacam-se as que resultam do negócio de Cobranças e Pagamentos, 182 milhões de euros, com um crescimento de 10% no ano, ou as da Transação de Valores, 121 milhões de euros (+10%).

As comissões líquidas (diferença entre as comissões cobradas e as comissões que o banco paga a terceiros) ascenderam a 624,3 milhões de euros, mais 3%.

Quanto à margem de exploração antes de provisões, conclui 2023 nos 1.667,2 milhões de euros, mais 43%, depois de absorver custos operativos que crescem 8%, dada a maior retribuição variável da equipa por cumprimentos de objetivos, crescimento das prestações para a Segurança Social e os custos associados à criação de uma nova joint-venture em Portugal, sendo estes custos inferiores ao crescimento das receitas.

Maior quota de mercado em todos os negócios e geografias.

O Bankinter consolida a sua estratégia de diversificação das suas fontes de receitas, com crescimentos em todas as linhas de negócio e diferentes geografias, com especial incidência nos novos negócios, cujo contributo para as receitas do Grupo vai ganhando cada vez maior protagonismo, sem que as linhas mais consolidadas tenham deixado de aumentar a sua quota de mercado.

O maior contributo para a margem bruta do banco provém do negócio de Empresas, no qual o Bankinter oferece um acompanhamento muito especializado, cuja origem remonta à própria fundação do Bankinter, que não surgiu por acaso como um banco industrial. A carteira de crédito a empresas, que, ao contrário do setor, não deixou de crescer nos últimos anos, alcança um volume de 32.800 milhões de euros, com um crescimento de 4,6% no ano. No que se refere à carteira em Espanha, o crescimento foi de 2,8%, face a uma queda no setor de 5%, com dados relativos a novembro do Banco de Espanha.

O Negócio Internacional de Empresas tornou-se num baluarte essencial desta atividade, com uma carteira de crédito que cresce 11% no ano até aos 8.800 milhões de euros. Alguns negócios recentes lançados pela Banca Internacional, como o denominado “Supply chain finance”, multiplicaram por 5 o seu volume durante o exercício, uma solução para as empresas na sua atividade externa que encontrou uma excelente adesão.

Quanto ao negócio de Banca Comercial, ou de particulares, o resultado no ano foi muito positivo, tanto ao nível da captação de recursos, como de clientes, com um património gerido que conclui o exercício nos 103.000 milhões de euros, o que representa mais 11% do que há um ano, com um Património Líquido Novo em 2023 de 6.000 milhões de euros.

O segmento que agrupa os clientes com um perfil económico-financeiro mais elevado, Banca Patrimonial, conclui um exercício profícuo, com um volume de 57.800 milhões de euros de património gerido, face aos 51.100 milhões de euros de há um ano. Nos últimos cinco anos, desde 2018, o património deste segmento cresceu 62%. Só este ano, o Bankinter captou um património líquido novo de 3.200 milhões de euros entre estes clientes.

Quanto à Banca Retail, que agrega os restantes clientes, o património gerido alcança os 45.600 milhões de euros, mais 10,1% do que o mesmo dado no final de 2022, e com um património líquido novo captado no ano de 2.800 milhões de euros.

Por tipologia de productos da Banca Comercial, 2023 foi um bom ano para a evolução dos recursos geridos fora do balanço (fundos de investimento, próprios e de terceiros, fundos de pensões, gestão patrimonial e sicavs), que geram uma maior contribuição para o banco através de comissões e também para o cliente. O crescimento destes recursos geridos fora do balanço foi de 18% em 2023, ou, por outras palavras, um crescimento de 6.700 milhões de euros em relação ao final de 2022. Particularizando por produto, os fundos de investimento próprios crescem 15%, os fundos de terceiros crescem 18%, os fundos de pensões crescem 12% e o negócio de gestão de ativos e sicavs regista um incremento de 30%.

Quanto à evolução da carteira de contas ordenado, regista em 2023 uma descida relativamente ao volume dos saldos, 13.000 milhões de euros face a 16.700 milhões em 2022, ainda que o número de contas tenha crescido 4%, o que significa que este produto líder no seu segmento continua a ter capacidade para captar novos clientes e contas. A evolução nos últimos cinco anos desta modalidade de conta foi muito positiva, com uma carteira a registar um crescimento de 57% nesse período.

No lado do ativo, as hipotecas residenciais somam no final de 2023, no total do Grupo, 34.900 milhões de euros, com um crescimento de 3,5% no ano. Se nos focarmos em Espanha, regista-se uma ligeira descida de 0,1%, ainda que se verifique uma certa recuperação no último trimestre. Esta pequena queda é, não obstante, muito inferior à registada no setor em conjunto, que caiu 3,3%, segundo os dados de novembro do Banco de Espanha.

Quanto à nova produção hipotecária gerada em 2023, ascende aos 5.800 milhões de euros, valores totais do Grupo, incluindo o EVO Banco, sendo 39% dessas hipotecas a taxa fixa. Isto representa uma descida de 14% face à nova produção de 2022, que foi um ano muito positivo, e que está em linha com a quebra da atividade no mercado imobiliário.

O Bankinter Investment, a filial do banco dedicada à atividade de banca de investimento, vai alcançando um protagonismo cada vez maior nas contas do Grupo, com um contributo crescente para a margem bruta do banco, que este ano alcançou os 233 milhões de euros, entre comissões e margem de juros. Dentro do negócio de investimento alternativo, onde ocupa uma posição de liderança em Espanha, a filial lançou já 23 veículos estruturados, investidos em diferentes projetos da economia real, com um capital comprometido de 4.700 milhões de euros.

Considerando as várias geografias nas quais o banco opera, para além de Espanha, destaca-se Portugal, cujo contributo para a margem bruta do banco alcança já 10%, e que este ano superou as expectativas com um excelente resultado em todos os seus indicadores.

Relativamente à carteira de crédito, o Bankinter Portugal conclui 2023 com uma carteira de 9.200 milhões de euros, mais 16% do que há um ano, correspondendo 6.100 milhões à Banca Comercial e o restante valor à Banca de Empresas; e isto com um rácio de mora de 1,3%. Por seu turno, os recursos de clientes crescem 32% até aos 8.400 milhões de euros, enquanto os recursos geridos fora do balanço crescem 2% até aos 4.000 milhões de euros.

A gestão desse balanço reflete-se na boa evolução que demonstram todas as rubricas da conta de resultados. Assim, a margem de juros cresce 85%, a margem bruta cresce 61% e a margem antes de provisões regista um incremento de 112%. Tudo isto contribui para um resultado antes de impostos que dispara até aos 166 milhões de euros, 114% acima do valor registado há um ano. O rácio de eficiência do Bankinter Portugal continua a sua trajetória de melhoria, situando-se nos 33,4% face aos 49,5% de há um ano.

Quanto à Irlanda, onde o banco opera através da marca Avant Money, a carteira de crédito chega aos 3.000 milhões de euros, com um crescimento de 34% relativamente a 2022, correspondendo 2.200 milhões a hipotecas, cuja carteira cresce 41%, e o restante a crédito ao consumo, com um incremento de 19%.

Toda a atividade da Avant Money consolida na filial Bankinter Consumer Finance, a qual contribuiu em 2023 com 397 milhões de euros para a margem bruta do banco, mais 16% do que em 2022. A carteira de crédito desta filial cresceu 23%, somando no final do ano 6.800 milhões de euros, correspondendo 2.200 milhões às já referidas hipotecas na Irlanda, e o restante valor a crédito ao consumo. A parte mais importante do crédito ao consumo, constituída pelos empréstimos pessoais, registou 3.100 milhões de euros, mais 19%, e o restante provém da atividade com cartões nas suas diversas modalidades.

No que diz respeito à marca digital do Grupo, EVO Banco, alcançou em 2023 o break even da sua atividade, com receitas por margem bruta que ascenderam a 66 milhões de euros, mais 78%. A evolução da carteira de crédito da marca continua em constante crescimento e alcança no final do exercício 3.393 milhões de euros, mais 25% do que em 2022, com um rácio de mora de apenas 0,5%. Quanto à nova produção hipotecária ressentiu-se com a debilidade do setor imobiliário e, apesar de obter um meritório volume de 873 milhões de euros, este representa menos 11% do que há um ano.

No âmbito da Sustentabilidade, destaca-se o cumprimento integral do Plano 2021-2023, denominado “3D”, que desenvolveu 20 linhas estratégicas distribuídas em 50 programas e 580 ações. Com este Plano, o Bankinter alcançou resultados importantes como a estratégia de descarbonização das carteiras. O Bankinter já trabalha num novo Plano 2024-2026, recentemente aprovado, muito mais ambicioso e estruturado em três pilares: Ação Responsável (sustentada na ética, transparência e boa governação), Diferenciação e Negócio Sustentável.

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