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Banco de Portugal e INE reforçam necessidade de mais apoios às empresas de restauração e alojamento

Banco de Portugal e INE reforçam necessidade de mais apoios às empresas de restauração e alojamento

Resultados de inquérito do Banco de Portugal e INE revelam que Restauração e Alojamento são os sectores com maior impacto decorrente da pandemia. Maior parte das empresas não tem condições para permanecer em actividade mais dois meses.

98% das empresas de Alojamento e Restauração registaram uma redução do seu volume de negócios, com as micro empresas a referirem reduções superiores a 75%. Os motivos apontados são as restrições no contexto do Estado de Emergência (98%) e a ausência de encomendas/clientes (92%).

Os resultados fazem parte do inquérito realizado pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a Situação das Empresas, entre 6 e 10 de abril de 2020. A este inquérito responderam cerca de 4800 empresas, de todos os setores. Os setores do Alojamento e Restauração surgem como os que tiveram “o maior impacto decorrente da pandemia”, com as empresas destas atividades económicas a não terem condições de permanência em atividade mais que um mês (23%), ou só a conseguirem manter-se entre 1 e 2 meses (39%) se não tiverem apoios à liquidez.

O inquérito revela ainda que mais de 60% das empresas da restauração e do alojamento estavam, à data, encerradas temporária ou definitivamente. Conclui também, que 90% já recorreu ao lay off simplificado.

Das medidas anunciadas pelo Governo devido à pandemia, apenas uma percentagem muito reduzida das empresas já tinha beneficiado das mesmas.

Dos novos créditos com juros bonificados ou garantias do Estado, 1/5 das empresas referiu que não beneficiou, nem espera beneficiar, bem como sobre a Moratória dos Empréstimos (31%).

Já o inquérito da AHRESP, cujos resultados foram divulgados a 3 de Abril , revelava que grande parte das empresas (58%), considerava que as linhas de apoio financeiro não eram adequadas às necessidades das empresas, e 80% estimavam, à data da apresentação do estudo, zero vendas em Abril e Maio.

A AHRESP sempre alertou para as dificuldades no acesso às linhas de financiamento bancário, e que a melhor solução é a injeção de liquidez nas empresas, diretamente pelo Estado.

A incerteza relativamente ao futuro destes setores, e os constrangimentos gerados pelas linhas de financiamento, levaram a AHRESP a criar uma Plataforma de Monitorização de Financiamentos Bancários, já disponível no seu site.

Com esta plataforma, a AHRESP vai acompanhar de perto os processos de pedido de financiamento, atuando de forma rápida sobre os constrangimentos que possam surgir no circuito de aprovação, e que estejam em desconformidade com o regulamentado.

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