De Sotavento a Barlavento, para a ALGFUTURO – União Empresarial do Algarve a Solução Guadiana é boa «pela rapidez, custo e fracos impactos ambientais».
Consolidar a demonstração já feita de que a Solução Guadiana é, na actual fase, a que garante o reforço do abastecimento em quantidades significativas para a Agricultura e consumo doméstico, ao mesmo tempo que é a mais rápida, barata e com menos impactos ambientais, foi o que a ALGFUTURO visou no documento de participação promovido pelo Governo sobre o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
«Quanto a dificuldades que eventualmente os espanhóis possam pôr, não pode ser mais de que um acto de ignorância ou má-fé, já que há quase 30 anos que recolhem água de uma zona que é comum sem qualquer permissão portuguesa», afirma a ALGFUTURO.
Por outro lado, o documento expressa que no período que antecedeu a preparação do presente plano sobre recursos hídricos no Algarve como nos debates, tanto em cargos oficiais como associativos, o papel dos dirigentes da ALGFUTURO tem sido determinante.
Mais se salienta que a União perfilha da opinião que a opção global final deverá conter um conjunto de caminhos conjugados, sejam as águas residuais, poupanças, dessalinização e outras, sendo certo, no entanto, que a Solução Guadiana responde às necessidades num prazo curto.
A União Empresarial do Algarve destaca ainda o acordo celebrado com a Universidade que foi estabelecido na organização de todo o debate, bem como o facto da substância da proposta ter como base uma intervenção na Assembleia da República do seu Presidente, proferida à data do início de Março, isto é, há precisamente 40 anos. Nessa altura, embora estivesse apenas concluída uma grande barragem, salientou o enquanto deputado que pela projecção da dinâmica económica da região, achava que reforçar o sistema Sotavento/Barlavento e o Guadiana seria uma solução.
Também nessa altura José Vitorino, como agora a ALGFUTURO, defendem de forma determinada medidas para o interior e serra que contribuam para a retenção de água que garantam o reforço dos aquíferos subterrâneos bem como o combate às perdas. Contudo, a realidade demostra que as zonas serranas foram abandonadas – e que nos tempos mais recentes e última década e meia, pouca coisa foi feita.
O documento enviado pela ALGFUTURO detalhou as operações que, nesse sentido, tiveram lugar: «Todo o processo decorreu em conjugação com a Universidade do Algarve, do princípio ao fim, através de uma comissão organizadora que promoveu debates em Tavira, Faro (2), Silves e Lagos, com vasta divulgação em tarjas e folhetos porta-a-porta desde o litoral à serra, bem como anúncios no Facebook», frisou o núcleo.
Além disso, «todas as propostas foram postas à consideração pelos participantes à mesa». É ainda de salientar que foram convidadas todas as autarquias para estarem presentes e usar da palavra; também foi dada ao Reitor Paulo Águas e ao Dr. José Vitorino, bem como autarquias locais.
Por último, realizou-se um importantíssimo seminário de encerramento aberto a toda a população, que foi um exemplo de diversificada cidadania democraticamente expressa, com a intervenção final da Ministra do Ambiente, apontando um conjunto de soluções estruturais para a água a implementar em breve, entre as quais a Solução Guadiana.
Em última instância, a ALGFUTURO quis deixar «uma nota de grande satisfação» pela forma elevada e construtiva como nestes meses finais se encontrou um consenso numa solução que era «reivindicada por todo a Algarve».