Para a ALGFUTURO – União Empresarial do Algarve, «são frequentes as notícias especulativas e bombásticas para chamar a atenção». Contudo, e a julgar pelo «profundo conhecimento da realidade e estudos feitos sobre o Algarve quanto à grave situação actual» de pandemia, o cenário aparenta ser «aterrador», nas palavras do núcleo.
Segundo a União Empresarial do Algarve ALGFUTURO, «o pânico está instalado perante a hipótese do processo da vacinação só estar concluído no final do Verão». Ainda assim, essa é uma hipótese que os algarvios «se recusam a admitir», nas palavras do núcleo, pois significaria que o ano de 2021 seria pior que 2020 em termos económicos.
«Pela suas características e erros do passado, o Algarve tem um conjunto de actividades que assentam no Turismo em mais de dois terços da riqueza regional gerada anualmente, pelo que, enquanto no país há uma quebra média no PIB de cerca de 8%, no Algarve e pelo inquérito realizado, esta será cinco a oito vezes maior», afirma a ALGFUTURO, acrescentando que, por isso, o Algarve está já «em colapso».
Pelo exposto, a ALGFUTURO apresentou hoje, dia 12 de Fevereiro de 2021, esta situação ao Ministro da Economia «não para pedir mais dinheiro, mas para garantir que a vacinação no Algarve estará concluída no fim de Maio, com forte promoção a partir de Abril». Por enquanto, o Presidente da República apontou para o início do Verão como data prevista para a finalização do processo de vacinação.
Mais apresentou o grupo como proposta, no caso de haver atrasos, que se introduza «mais um critério para as prioridades da vacinação» – o da sustentabilidade/sobrevivência económica e social das regiões e zonas, incluindo aquelas em que as actividades mais dependentes do Turismo «representam mais de 60% do PIB respectivo».
«Trataremos de forma diferente o que é diferente e de forma igual o que é igual. Evita-se a destruição de uma região e suas gentes e garante-se a entrada de milhões de divisas essenciais ao país», rematou o núcleo. E continuou: «O princípio básico é o da solidariedade, tal como se fez com a ajuda do país ao Norte nos picos da pandemia e ao Alentejo e Lisboa, pelo Algarve, com a instalação dos infectados no Portimão Arena».