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AHETA lamenta o aparecimento de uma nova greve com consequências brutais para o turismo

AHETA lamenta o aparecimento de uma nova greve com consequências brutais para o turismo

Às vezes apetece-nos dizer que “se não nos complicarem a vida, já ajudam”!!!

Essa frase aplica-se mesmo à situação atual do turismo e, decerto, a outros setores da economia nacional.

Quando conseguimos ultrapassar a terrível situação da pandemia, onde muitas empresas não resistiram e se perderam milhares de postos de trabalho, o turismo iniciou uma recuperação, até inesperada para os mais estudiosos da matéria, ajudando grandemente para a retoma da economia nacional, sendo de esperar que 2023 fosse um ano de continuação dessa recuperação e, em consequência, permitisse que as empresas continuassem a trabalhar na sua recuperação económica, e na melhoria das condições de trabalho aos seus colaboradores, eis que vão surgindo alguns “brindes” que em boa verdade seriam dispensáveis!

O episódio que vivemos há poucas semanas no Aeroporto de Faro, por ocasião de uma greve nacional, obrigando a que os passageiros esperassem várias horas, em salas apinhadas de gente, provocando até mau estar e desmaios, entre outros problemas, sendo que o mais grave foi a imagem do destino que ficou para todos os nossos clientes pois, como seria de esperar, as redes sociais e os órgãos de comunicação social, trataram de divulgar amplamente essas imagens, as quais destruíram tanto a imagem do destino Algarve que muitas campanhas promocionais não apagarão tão cedo.

Eis senão quando aparece um novo aviso de greve do SEF, previsto exatamente para a época da Páscoa. Será desnecessário relembrar a todos, que a Páscoa marca o fim da época baixa e permite a afluência de milhares de turistas ao Algarve. Será por isso expectável que o impacto nas chegadas e partidas do aeroporto seja significativo, continuando a “denegrir” a imagem do destino.

Não questionando os direitos que todos têm a processos reivindicativos, há que considerar outros fatores como o contributo que o turismo está a dar ao país, assim, apelamos a quem tem poder de decisão para fazer tudo no sentido de evitar esta greve que tanto impacto poderá ter na principal atividade económica do principal destino turístico do país.

Poderemos refletir se, até ao quarto mês do ano poderemos ter dois episódios destes, o que acontecerá no resto do ano…

Há que definir que caminhos que queremos seguir, se devemos TODOS trabalhar para a recuperação do setor e do país ou se, por outro lado, devemos trabalhar para destruir o trabalho já feito!!!!

O interesse nacional deve estar acima de interesses particulares e, caso não haja outra opção, o Governo deverá esgotar todas as formas legais para evitar esta greve, prevendo inclusivamente a colaboração da PSP para minorar o pesado impacto.

A decisão é urgente e está sobre a mesa a todo o momento

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