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Portugal está na final do maior evento mundial de programação

Portugal está na final do maior  evento mundial de programação

Equipa portuguesa é composta por três alunos da Universidade do Porto e compete pelo título de campeã mundial em programação a 4 de abril

Uma equipa de três estudantes da Universidade do Porto vai representar Portugal, pela primeira vez, na final mundial do International Collegiate Programming Contest (ICPC), na quinta-feira, 4 de abril. Após a medalha de bronze arrecadada em Paris na fase regional europeia, a formação portuguesa vai lutar pelo título de campeã mundial em programação contra 400 estudantes universitários de 47 países de todo o mundo. Durante as seis horas de competição – entre as 11h00 e as 17h00 –, o Centro de Congressos da Alfândega do Porto vai ser palco do maior, mais antigo e prestigiante evento nesta área.

Alberto Pacheco, Gonçalo Paredes e Ricardo Pereira são estudantes da Faculdade de Ciências da U.Porto e compõem a primeira equipa a representar Portugal na competição, no mesmo ano em que o país se estreia como anfitrião do evento, numa organização da Universidade do Porto. Os três têm 20 anos e partilham a paixão pela programação. Gonçalo Paredes e Ricardo Pereira, ambos estudantes do terceiro ano da licenciatura em Ciência de Computadores, e Alberto Pacheco, do terceiro ano da licenciatura de Matemática, estreiam-se neste evento, mas são já “veteranos” de competições internacionais.

O calendário marcava o ano 2016 quando Gonçalo Paredes, ainda estudante do secundário, venceu a eliminatória nacional das Olimpíadas de Informática. Mas foi na Rússia, nas finais mundiais, participadas por 300 jovens de 80 países, que conquistou a medalha de bronze para Portugal. Já Alberto Pacheco arrecadou a medalha de ouro das Olimpíadas Portuguesas de Matemática em 2016 e obteve uma menção honrosa nas Olimpíadas em Hong Kong

Tanto Alberto Pacheco como Ricardo Pereira admitem que foi Gonçalo Paredes o responsável por os integrar neste “universo” e campeonato e sentem “orgulho” por estarem a representar Portugal e a própria Universidade do Porto (o nome de equipa é “FCUP 1”) no ICPC. Reconhecem a elevada concorrência, mas o terceiro lugar em Paris deu-lhes motivação para competir por uma boa classificação. Relembre-se que a Rússia – vencedora dos últimos anos – vai marcar presença no Porto com dez equipas, nomeadamente com a formação que ficou em primeiro lugar na edição de 2018. No entanto, são os Estados Unidos da América e a China que lideram o número de alunos, estando ambos os países a participar com 17 equipas cada.

ICPC: Uma oportunidade para o futuro

O ICPC constitui uma oportunidade única para os estudantes universitários contactarem com algumas das maiores empresas na área da tecnologia e inovação, com oportunidades de serem recrutados para projetos de relevo mundial. A título de exemplo, grande parte dos alumni desta competição encontram-se, neste momento, em cargos de chefia ou de topo, como é o caso de Adam D’Angelo (CEO do Quora e antigo CTO do Facebook), Tony Hsieh (gestor no Facebook) ou Craig Silvestein (o primeiro colaborador da Google).

A entrada no evento é gratuita, mediante a lotação do espaço, estando prevista a emissão em streaming para todo o mundo. A final da 43.ª edição do ICPC é apoiada pela JetBrains – que disponibiliza a ferramenta de programação global do ICPC –, juntamente com parceiros da indústria a nível regional, como a Huawei, Two Sigma, Endure Capital e Prodigy Finance. No âmbito local, o apoio é prestado por DNS.PT, Associação de Turismo do Porto e Norte, Farfetch, Primavera, Euronext, Efacec, Jumia, Natixis, Autosueco, Axians, Cisco, Maxiglobal, Sonae, Firmo e Navigator.

 

 

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