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Sobreviventes alertam para a importância da reabilitação continuada após o AVC

Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de Março
Sobreviventes alertam para a importância da reabilitação continuada após o AVC

A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos alerta para a importância da reabilitação multidisciplinar logo após o AVC, como forma de melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes de AVC, dos seus familiares e cuidadores. Este alerta surge no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala no dia 31 de Março.

A reabilitação de um sobrevivente de AVC está dependente de dois pontos essenciais: os cuidados de fase aguda hospitalares e os cuidados de acompanhamento e de reabilitação. Estes foram significativamente afectados durante a pandemia, o que é deveras preocupante. É preciso que se perceba claramente que a reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno, que deve ser coordenado e multidisciplinar”, explica António Conceição, presidente da associação.

E acrescenta: “Torna-se urgente, cada vez mais, dar um salto de qualidade na reabilitação a que os sobreviventes de AVC têm acesso. O começo deste processo logo após um AVC, pode marcar a diferença entre continuar a ser um cidadão contribuinte activo, sentindo-se útil à sociedade, ou mais um sujeito passivo da Segurança Social, por largos anos, e com prováveis problemas de saúde decorrentes, também no âmbito da saúde mental, que podem advir”. E afirma ainda que, “Neste momento, e para levar a bom porto este intento, é premente concretizar mudanças e definir estratégias nacionais eficazes, como aliás foi recomendado ao Governo, através da Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 (que “recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral”)”.

A Portugal AVC não cessa de chamar a atenção para a importância de se assegurar a ligação a uma equipa de reabilitação coordenada e multidisciplinar, com acesso aos diversos profissionais, que trabalhe com qualidade, diferenciação e eficácia, e sem tempos preestabelecidos, para todos os sobreviventes de AVC. Tanto no imediato pós-AVC, como ao longo da sua vida. Estando no terreno, esta associação nacional tem noção das necessidades concretas de reforço das equipas qualificadas e da criação de condições para a sua atuação e tem vindo a alertar para esta realidade.

Lembra ainda que, em Setembro de 2021, as autoridades portuguesas de Saúde se comprometeram a implementar o Plano de Acção para o AVC na Europa, que tem também como meta alargar o acesso da generalidade dos sobreviventes às equipas de reabilitação, e a melhoria da qualidade de vida após o AVC.

O Acidente Vascular Cerebral, com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, é a maior causa de incapacidade em Portugal, atingindo todas as idades e géneros. Entre as múltiplas sequelas possíveis estão as físicas e motoras (mais visíveis), mas também as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros.

Sobre a Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos

A Portugal AVC - União de Sobreviventes, Familiares e Amigos é uma ONGPD e Associação de Defesa dos Utentes de Saúde, e tem por objectivo a promoção de iniciativas que visem, por um lado, contribuir para a resposta às necessidades sentidas pelos doentes sobreviventes de AVC, seus familiares e cuidadores, e por outro, contribuir para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral e suas consequências, de forma a minimizar a morbilidade e mortalidade associadas a este.

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