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Médicos exigem uma Ministra que sirva o SNS

Médicos exigem uma Ministra que sirva o SNS

Os médicos estiveram em greve nos dias 24 e 25 de setembro, com uma adesão de dois terços dos profissionais do SNS. 

Este protesto paralisou blocos operatórios, adiou cirurgias e consultas programadas nos hospitais e nos cuidados de saúde primários. O transtorno causado aos utentes é da inteira responsabilidade do Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins, que mantém negociações de fachada e tem aplicado medidas desastrosas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os médicos, juntamente com outros profissionais de saúde, grávidas e utentes, demonstraram, em frente ao Ministério da Saúde, que não reconhecem competência ao atual Ministério da Saúde (MS) liderado por Ana Paula Martins. Juntos, exigimos uma ministra que perceba de saúde e que sirva o SNS.

A situação é insustentável: grávidas a terem os partos nas ambulâncias, equipas de urgência reduzidas a mínimos, lista de espera cirúrgica e listas de utentes sem médico de família a aumentar. Os concursos de colocação de novos médicos no SNS continuam atrasados, persistem as irregularidades no pagamento do trabalho suplementar, a que se soma a medida abusiva de unilateralmente cancelar férias até ao fim do ano, apesar do planeamento estar há meses feito pelos serviços e administrações das várias instituições.

O descontentamento foi igualmente demonstrado na manifestação de enfermeiros em frente ao MS dia 25 de setembro, e hoje, no IPO do Porto e no Hospital de São João, onde decorre uma greve setorial dos técnicos superiores de saúde.

A insatisfação no setor da saúde é generalizada de norte a sul do país e não vai melhorar até que as grelhas salariais, a progressão nas carreiras e as condições de trabalho sejam ajustadas para os médicos e demais os profissionais da saúde.

A FNAM faz parte da solução com propostas concretas que são capazes de fixar médicos no SNS. Ao contrário, a Ministra da Saúde é parte do problema, com o aprofundamento da crise no SNS. A situação poderá agravar ainda mais este Inverno, para os médicos e demais profissionais de saúde, mas acima de tudo para os utentes, pelo que o setor da saúde poderá ser obrigado a intensificar as formas de luta, para exigir competência, seriedade e soluções reais para atrair e fixar os profissionais no SNS, capaz de responder a toda a população.

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