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Liga Portuguesa Contra o Cancro: Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero decorre de 25 a 31 de Janeiro

Liga Portuguesa Contra o Cancro: Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero decorre de 25 a 31 de Janeiro

O Cancro do Colo do Útero «é uma doença evitável e curável», sendo o quarto tipo de cancro mais frequente nas mulheres, devido aos rastreios. A par do tema, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) apresenta agora uma campanha para relembrar a necessidade de realização dos rastreios, a decorrer até ao próximo Domingo de 31 de Janeiro.

Segundo a LPCC, todos os anos cerca 300.000 mulheres perdem a vida no mundo devido ao Cancro do Colo do Útero. Em Portugal, os dados de 2020 dão conta de 865 mulheres diagnosticadas e 379 vítimas mortais, o que significa que todos os dias morre, em média, uma mulher vítima de Cancro do Colo do Útero em Portugal. E porque esta «é uma doença evitável e curável», a mesma conta com o apoio da Roche – Sistema de Diagnósticos, que vem reforçar a importância do rastreio.

Rita Sousa, Ginecologista do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, afirma que «esta é uma doença que, com os rastreios, pode ser evitada e curada se detectada precocemente. O rastreio demora apenas cinco minutos, mas pode salvar a vida de uma mulher».

Esta é a mensagem a reforçar na Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero que, entre 25 e 31 de Janeiro, chama a atenção para a necessidade de realização dos rastreios.

A campanha é apresentada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, com o apoio da Roche – Sistemas de Diagnósticos. "Faz o rastreio e alerta as Mulheres da tua vida" é o mote para esta campanha, que inclui um vídeo com a participação de Maria Cerqueira Gomes, ao qual é possível aceder via Facebook (aqui).

Neste tempo de crise devido à pandemia de Covid-19, muitos portugueses viram-se afastados dos cuidados de Saúde de rotina. Segundo dados do Portal da Transparência, entre Novembro de 2019 e igual mês de 2020 assistiu-se a uma redução de 10% no número de rastreios do Cancro do Colo do Útero, justificada pela sobrecarga que a Covid-19 tem causado nos serviços de Saúde.

Para os que, por receio, têm adiado os rastreios, Rita Sousa reforça a ideia de que «Não há que ter medo de o fazer. Trabalhamos com segurança e o rastreio demora apenas cinco minutos. Embora o tempo de progressão das lesões no colo do útero seja longo, é muito importante não descurar esta parte da nossa saúde».

O Cancro do Colo do Útero é causado pelo vírus HPV. No entando, a infecção pelo HPV por si só não significa que a mulher vá desenvolver um cancro. Há outros factores de risco, nomeadamente o tabaco e fatores relacionados com imunidade, que podem fazer com que a infecção progrida para cancro. O rastreio permite a detecção e tratamento de lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV, evitando a sua evolução para cancro.

Sabe-se que 80% das mulheres sexualmente activas acabam por contrair uma infeção por HPV em algum momento das suas vidas. Em Portugal, existe um programa nacional de rastreio que se destina a todas as mulheres dos 25 aos 60 anos e é feito com base num teste HPV. Se o teste for negativo, só precisa de ser repetido ao fim de cinco anos.

A vacina contra o HPV faz parte do plano nacional de vacinação desde 2008, no entanto, Rita Sousa reforça que mesmo as mulheres vacinadas devem manter a participação no rastreio. Nesta Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero, a Liga Portuguesa Contra o Cancro aposta na sensibilização e importância para o rastreio e diagnóstico precoce.

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