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Internistas querem directivas nacionais para resolver a falta de camas nos hospitais

Internistas querem directivas nacionais para resolver a falta de camas nos hospitais

O 25º Congresso Nacional de Medicina Interna, que está a decorrer até amanhã, no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, recebeu hoje a Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). A carência de camas de internamento, sobretudo entre os meses de Dezembro e Maio, foi um dos assuntos mais debatidos pelos membros deste grupo.

“Não é possível continuar a ignorar este problema que afecta todos os anos os Serviços de Medicina Interna dos hospitais, principalmente na época mais fria. Tem de existir um plano de resposta delineado para cada hospital, e para isso são necessárias directivas nacionais que garantam a equidade entre os hospitais, e que promovem dessa forma a qualidade e segurança no tratamento dos doentes”, explica João Araújo Correia, presidente da SPMI.

A SPMI realizou, no passado mês de fevereiro, um inquérito que teve como objectivo contabilizar o número de camas extra e de doentes com internamento concluído em cada Serviço de Medicina Interna. Segundo o internista, “através de uma amostra de 78% do total dos serviços desta especialidade, que corresponde a uma lotação base de 4.866 camas, verificou-se que havia até então 2.142 camas extra (mais 44%), com 39% de doentes internados no Serviço de Urgência, 53% noutros serviços e 8% em camas “acrescentadas” aos Serviços de Medicina Interna”.

Tal como refere, “esta foi a primeira vez que se pôde contabilizar e justificar o enorme acréscimo de trabalho a que os internistas são submetidos num período nunca inferior a três meses, o qual deve ser contabilizado como produção adicional”.

Durante a Assembleia Geral foram ainda debatidas, entre outros assuntos, a aposta que a SPMI tem dado na criação de parcerias com outras entidades do setor, nomeadamente com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, bem como a necessidade de definir critérios de certificação de áreas específicas, como as doenças autoimunes, o VIH e as doenças hepáticas.

Neste terceiro dia de congresso, decorreram ainda sessões como a apresentação da nova edição da Revista de Medicina Interna, a mesa-redonda sobre os termos e conceitos na relação clínica e, ainda, uma palestra dirigida aos internos desta especialidade. Para o último dia do Congresso, os destaques vão para as sessões sobre a produção da Medicina Interna portuguesa e a Medicina Interna nas universidades.

 

Sobre a SPMI

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é uma das maiores sociedades científicas médicas portuguesas, que congrega os internistas, que são a base do Serviço Nacional de Saúde nos hospitais. Um dos seus maiores desígnios é a divulgação do conhecimento, dirigida aos médicos e à população, no campo muito vasto da Medicina Interna. Para além da Medicina Curativa, quer ser também cada vez mais reconhecida no campo da prevenção da doença e promoção da saúde. Para mais informações consulte https://www.spmi.pt/

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