A FNAM saúda todos os médicos e médicas que, uma vez mais, responderam com grande unidade e deram corpo a dois dias de greve com grande adesão a nível nacional, com um balanço a rondar os 90%.
A par da adesão, destaque também para a participação de meio milhar de médicos na concentração realizada à porta do Ministério da Saúde (MS), no primeiro dia de greve, onde foram entregues os princípios da contraproposta da FNAM.
Face ao impasse nas negociações, mantemos a solicitação de uma mediação independente para ultrapassar a inoperância do Ministério da Saúde em firmar um acordo em tempo útil, que salve a carreira médica e defenda o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Aguardaremos a resposta do MS à nossa missiva, onde sublinhamos a importância dos principais pressupostos colocados pela urgência para chegar a um bom acordo:
· Redução do horário de 40 horas para 35 horas;
· Reposição das 12 horas em serviço de urgência ao invés das atuais 18h;
· A possibilidade de dedicação exclusiva, opcional e majorada;
· Manutenção do limite das 150 horas extraordinárias;
· Manutenção dos descansos compensatórios, para segurança dos médicos e doentes.
· Redimensionamento da lista de utentes dos médicos de Medicina Geral e Familiar;
· A inclusão do internato médico no 1.º grau da carreira médica;
· Lideranças médicas definidas com processos transparentes, democráticos e justos.
· Melhoria das medidas de proteção da parentalidade e da formação para os médicos.
· Possibilidade a reforma antecipada dos médicos com 36 anos de serviço ou 62 anos.
A FNAM mantém o processo de luta face às intransigências do Ministério da Saúde para com os médicos e o Serviço Nacional de Saúde, que insiste em manter os médicos na cauda da Europa em termos de condições de trabalho e valorização salarial.