15 a 21 de Novembro – Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular
Fibrilhação Auricular provoca um AVC a cada 15 segundos
Em 2021, o mote da campanha é “Não há tempo a perder”, referindo-se ao impacto da pandemia nas pessoas com Fibrilhação Auricular (FA) ou em risco de a desenvolver. Nos últimos 18 meses, perdemos oportunidades para PREVENIR FA através da adoção de hábitos saudáveis, de DETETAR FA com uma simples verificação de pulso, de PROTEGER contra AVC causados por FA, de CORRIGIR a irregularidade do ritmo cardíaco através de tratamentos adequados e de APERFEIÇOAR o acompanhamento do doente. Por todos estes motivos, não temos tempo a perder.
“Prevenir, Detetar, Proteger, Corrigir e Aperfeiçoar" são as palavras de ordem da campanha global lançada pela Atrial Fibrillation Association e pela Arrhytmia Alliance, que visa envolver organizações de todo o mundo naquela que é a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular. Em Portugal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se, uma vez mais a esta iniciativa, este ano com o objetivo de recuperar o tempo perdido neste último ano e meio, e incentivar à detecção e ao controlo da Fibrilhação Auricular através de uma simples verificação do pulso. Um gesto e 30 segundos que podem salvar vidas.
Começa a 15 de Novembro a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular (FA), a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, e a responsável por 20 a 30 % dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos. Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se à Atrial Fibrillation Association e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a campanha global “Não há tempo a perder”.
Em Portugal, o papel da sensibilização e o apoio a esta campanha cabe à Fundação Portuguesa de Cardiologia, para quem a deteção precoce e o controlo da FA são fundamentais. “O diagnóstico atempado desta arritmia pode ser fundamental na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Podemos controlar a FA através da gestão de comportamentos, hábitos de vida e medicação. Quanto mais cedo for detetada, maior a probabilidade de sucesso. Como diz a campanha deste ano, «não há tempo a perder»”, explica Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
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Fibrilhação Auricular em Portugal e na Europa
A partir dos 40 anos de idade, a prevalência da Fibrilhação Auricular entre os portugueses ronda os 2.5%. Ao passar os 65 anos, uma em cada dez pessoas terá desenvolvido esta arritmia. Na Europa, a estatística mostra que, a cada 15 segundos, há um AVC relacionado com FA.
Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de Fibrilhação Auricular é silenciosa. Só se deteta demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um Acidente Vascular Cerebral. A deteção precoce e o controlo desta arritmia são, por isso, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.
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Atenção aos sinais
A partir dos 65 anos, devemos ter particular atenção a sinais nem sempre claros como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.
É, por isso, aconselhável que, nestas idades, para além do controlo parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, se avalie o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular. Qualquer pessoa o pode fazer, de forma simples, através da auto-avaliação do pulso.
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Prevenção do AVC
Uma vez diagnosticada Fibrilhação Auricular, o risco de AVC pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a prescrição, a medicação poderá ser tomada uma ou duas vezes ao dia.
O bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.