Seguir-se-ão encontros quinzenais entre a União Empresarial do Algarve – ALGFUTURO e os Deputados do PS (Partido Socialista), após terem debatido ontem, dia 9 de Fevereiro, Terça-feira, sob o lema «SOS – Algarve em Perigo».
A Comissão Executiva da ALGFUTURO faz um balanço «aterrador» do ano económico e social no Algarve em 2020 e afirma que «quando se esperava melhorias efectivas para 2021 as projecções agora feitas para a região tornam verosímil um cenário de colapso, com entrada em depressão económica e social profunda e recessão prolongada, com falências e desemprego. De facto, com uma queda do VAB regional em 2020 estimada em 5 a 6 vezes superior à média nacional, com uma Páscoa em risco e sem garantias de um verão normal, o cenário seria de catástrofe total. Seriam dois anos consecutivos quase sem turismo», o que justificou a reunião de urgência realizada.
Foi «o perigoso balanço feito» que a União deu a conhecer aos Deputados do PS-Algarve na reunião, entre a delegação liderada pelo Deputado Luís Graça, pelo Dr. José Vitorino e mais 20 dirigentes da Algfuturo, de todos os sectores e abrangendo toda a região.
Durante as quase três horas de reunião, foi sublinhado, pela União Empresarial do Algarve, que «tudo tem que ser feito para evitar que o Algarve vá ao fundo, sendo indispensável apoios à proporção das desgraças já existentes e absoluta garantia que em finais de Maio, princípios de Junho, pelo menos 70% da população esteja vacinada, com divulgação desde já, travando as campanhas em curso no Reino Unido não recomendando Portugal/Algarve para férias».
Os dirigentes da Algfuturo reclamam um anúncio pelo governo em conformidade e, caso essa garantia não possa ser dada no actual quadro, então «que seja introduzido mais o critério de prioridades seguinte: Para garantir a sustentabilidade/sobrevivência económica e social das regiões e Zonas em que as atividades dependentes direta e indiretamente do turismo representam mais de 60% VAB, às respectivas populações será ministrada as vacinas com prioridade».
Na Reunião, com base no Plano Económico feito pela União Empresarial, foram revistos os problemas estruturais (água, fim das portagens, Hospital Central, Segurança, Programa para as regiões de Baixa Densidade, mobilidade, etc). Foi reclamada a suspensão de mais grandes superfícies por seis anos, aquacultura offshore só com apoio das associações de pesca, renegociação das moratórias, empréstimos de longo prazo sem juros e encargos, entre outros.
A temática das culturas de regadio, em especial dos abacates, foi também tema de debate, face a posições que o Grupo Parlamentar do PS tem tomado, enquanto o sector agrícola salientou as vantagens da cultura, que serão demonstradas em reuniões previstas.