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Em 2026 Algarve será autónomo na área oncológica

Em 2026 Algarve será autónomo na área oncológica

ULS Algarve, ABC e Câmara de Loulé adquirem equipamento PET-TAC em falta na região

O Algarve vai deixar de enviar doentes oncológicos para fora da região em 2026. O anúncio foi efetuado hoje, em Loulé, numa conferência conjunta entre a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, Câmara Municipal de Loulé e o ABC - Algarve Biomedical Center.

Após o insucesso do projeto do Centro Oncológico de Referência do Sul (CORS), as três entidades uniram-se para dar uma resposta rápida e eficaz à população algarvia, focando-se no único equipamento que ainda não está disponível no Algarve para o diagnóstico e tratamento integral dos doentes oncológicos, ou seja, um PET-TAC.

Esta solução, encontrada entre as três entidades, vai garantir de futuro de forma mais célere uma resposta completa na área oncológica na região, permitindo ao Hospital Central do Algarve continuar a integrar no seu plano funcional a totalidade da resposta oncológica nas suas instalações e minimizando as atuais deslocações e futuras de ambulância de doentes com algum grau de debilidade.

Neste sentido, a Câmara Municipal de Loulé vai disponibilizar um terreno na Rua Humberto Pacheco, em Loulé, junto ao Laboratório de Genética Médica do ABC, onde serão construídas as instalações para o novo equipamento. A autarquia compromete-se ainda a suportar a contrapartida nacional para complementar as verbas FEDER disponíveis no Programa Algarve 2030.

As instalações e o equipamento, representam um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros, sendo 60 por cento financiado pelo Programa Operacional (PO) Algarve e os restantes 40 por cento pela Câmara Municipal de Loulé.

A Unidade Local de Saúde do Algarve garante com o seu Centro Académico (ABC) a concretização de todas as condições para a realização de todas as PET-TAC no Algarve e compromete-se a candidatar-se ao concurso da CCDR-Algarve, que se encontra aberto até final de março, mas cuja a prorrogação do prazo já foi solicitada à entidade competente. “Estamos a trabalhar de mãos dadas pelo Algarve, somos parceiros na investigação e no conhecimento”, referiu Tiago Botelho, presidente da ULS Algarve, agradecendo a disponibilidade da Câmara de Loulé e do ABC – Algarve Biomedical Center.

Já o ABC – Algarve Biomedical Center contribui com o know-how através da parceria estabelecida com Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), permitindo a operacionalização da PET-TAC e garantindo o seu funcionamento, com contratação de recursos humanos e disponibilização de radiofármacos.

Importa referir que, a concretização deste projeto não inviabiliza a construção do novo Hospital Central do Algarve, que contempla uma unidade oncológica e um segundo PET-TAC.

No Algarve, cerca de 2000 doentes são enviados anualmente para realização de PET-TAC em Lisboa e/ou Sevilha.

Neste momento, a região do Algarve já tem disponível um Serviço de Medicina Nuclear no Hospital do Barlavento Algarvio, tratamentos de quimioterapia nos Hospitais de Faro e de Portimão, bem como em alguns Centros de Saúde, e Radioterapia, através da Associação Oncológica do Algarve.

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