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Dia Mundial das Doenças Digestivas: O Cancro Colorrectal

Dia Mundial das Doenças Digestivas: O Cancro Colorrectal

O Dia Mundial das Doenças Digestivas assinala-se a 29 de Maio. Esta efeméride tem como objectivo mobilizar e orientar a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo.

O número de doenças digestivas em Portugal está a aumentar. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), o cancro digestivo (pâncreas, fígado, esófago, estômago e colorrectal) regista números bastante elevados em todo o mundo, pelo que Portugal não é excepção, representando 10% da mortalidade portuguesa e matando actualmente um português por hora.

O cancro colorrectal (ou cancro do colón e do recto) é o mais comum na Europa e o 3º cancro mais comum no mundo. A incidência e mortalidade variam muito de país para país. Em Portugal, todos os dias são diagnosticados 27 novos casos de cancro colorrectal, o que significa que por ano surgem cerca de 10 mil novos doentes.

Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos. No entanto, a realização de rastreios, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%.

Factores de risco

A idade é o maior factor de risco para o cancro colorrectal. É raro aparecer antes dos 40 anos e a incidência começa a aumentar de forma significativa a partir dos 50 anos. De acordo com os dados da International Agency for Research on Cancer, 90% dos casos foram detectados a partir dos 50 anos. Outros fatores de risco que se destacam são a doença inflamatória intestinal, o alcoolismo, tabagismo, obesidade e a grande ingestão de carnes vermelhas e alimentos processados.

Sintomas do cancro colorretal

No que respeita aos sintomas do cancro colorrectal, são variados e, por vezes, discretos. Os mais frequentes são: alteração inesperada do hábito intestinal, ou seja, uma pessoa que normalmente é obstipada passar a ter diarreias com frequência, sem motivo aparente, ou o contrário; a sensação de querer ir evacuar e depois ser uma falsa vontade, e a evacuação não se fazer com a forma habitual; a sensação de não ter evacuado totalmente e não haver mais nada que se possa expulsar, e a perda de sangue.

Existem também alguns sintomas gerais que podem estar relacionados a um problema do intestino, como a pessoa sentir-se doente, ter uma anemia, estar a emagrecer, perder o apetite ou ter dores abdominais persistentes.

Como prevenir?

Até ao momento, não existe um conhecimento exato das causas deste cancro, mas a melhor forma de prevenir é optar por um estilo de vida saudável. A dieta mediterrânica tem sido muito aconselhada, sendo aquela que menor probabilidade tem de induzir alterações no intestino. Além disso, é importante evitar o sedentarismo, fumar, ingerir bebidas alcoólicas e contrariar a obesidade. Estes aspectos podem diminuir a probabilidade do aparecimento da doença.

No entanto, uma das melhores formas de prevenção é realizando o rastreio para identificar lesões precursoras do cancro e da detecção precoce. Uma das evidências mais importantes do diagnóstico na fase inicial da doença é o facto de 90% destes doentes continuarem vivos cinco anos depois do diagnóstico. Por oposição, apenas 10% estarão vivos se a doença já estiver disseminada no organismo aquando da sua descoberta.

Por esse motivo, é importante esclarecer e sensibilizar para a importância do rastreio, por forma a detectar lesões benignas precursoras do cancro ou fazendo o diagnóstico em fase precoce e conseguir um tratamento com grande probabilidade de sucesso. E aqui entra outro mito, de que o rastreio é doloroso, porque não é.

Actualmente, está em marcha uma Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal que visa a promoção da literacia em saúde e do diagnóstico precoce, através da realização de rastreios por pesquisa de sangue oculto nas fezes. Para poder estar elegível, qualquer pessoa com idade compreendida entre os 50 e os 74 anos, deve inscrever-se em https://www.grupoageas.pt/cancrocolorretal até dia 31 de Maio, e dirigir-se a um dos laboratórios/postos de colheita aderentes - Redes Germano de Sousa e Unilabs - e solicitar um kit. A recolha é feita em casa pela própria pessoa e pode ser entregue até 10 de Junho. A Campanha decorre em todo o Portugal Continental.

(Artigo elaborado pela Médis)

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