A pensar na saúde pulmonar dos portugueses, a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) acaba de lançar a Clínica do Pulmão. A partir de hoje, pode marcar consulta na clínica virtual da FPP, disponível em www.clinicadopulmao.pt. Envolve, nesta primeira fase, 30 médicos pneumologistas, disponíveis para consultas virtuais individuais e colectivas. O diagnóstico precoce e o acompanhamento dos doentes por via virtual serão um importante contributo na redução do impacto, no combate e na prevenção de doenças respiratórias graves e incapacitantes como o Cancro do Pulmão, a DPOC ou a Pneumonia.
A Telemedicina veio para ficar. A pandemia mostrou-nos que para haver uma consulta, nem sempre é necessária uma deslocação física e que, em casos concretos, médicos e utentes podem optar por uma conversa online.
O contexto que vivemos criou condições para que a FPP fundasse a Clínica do Pulmão. Entre outras vantagens, a clínica virtual vai fazer a ponte entre médicos e utentes de todo o País. Utentes e especialistas passam a relacionar-se, não pela proximidade, mas com base em critérios como a reputação, a especialidade ou preferência.
“Com o aperfeiçoamento das técnicas e dos dispositivos digitais, a prática da consulta remota tenderá desenvolver-se cada vez mais. Tal como aconteceu com outros serviços, que habituaram os consumidores a encomendar refeições ou a fazer compras online, também a prática clínica pode ser complementada com teleconsultas, quando não houver necessidade de presença física”, explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. A pensar nas vantagens do virtual, nasce o mais recente projecto da FPP. “Um projecto de que muito nos orgulhamos, com o potencial para alterar o curso clínico das doenças respiratórias nos nosso País”, continua.
As Teleconsultas podem ser adaptadas a diferentes situações. Evitam a deslocação do utente e permitem a telemonitorização regular por parte dos profissionais de saúde. Entre outras vantagens, os pacientes passam a ser acompanhados pelo médico da sua escolha, independentemente da sua localização geográfica. Também o acesso à consulta de pessoas com mobilidade reduzida fica facilitado, e há um menor risco de exposição a doenças e infecções. Aumenta, também, o conforto e a privacidade de quem vai à consulta, e reduz-se o tempo de ausência (laboral ou de acompanhamento à família, no caso do utente ter de cuidar de crianças ou idosos), sempre que há um encontro.
Para os profissionais de saúde envolvidos no projecto, também há mais-valias, desde a redução da exposição a doenças e infecções, à rentabilização do tempo (passa a haver mais tempo para cada paciente, uma vez que se rentabiliza o tempo perdido nas deslocações). Permite a prática de Medicina para além das barreiras geográficas e fortalece a confiança com o paciente através da ideia de contacto rápido e permanente, à distância de um clique.
“Não pretendemos, com este projecto, substituir totalmente os encontros presenciais, mas sim complementá-los. Sempre que a consulta não envolver contacto físico, como é o caso da avaliação de exames, acompanhamento de situações, follow up de paciente, prescrição de exames e medicamentos, a prática da consulta virtual pode ser uma alternativa”, continua José Alves, para quem estes encontros podem funcionar de forma individual ou mesmo em grupo, se falarmos de consultas de cessação tabágica, por exemplo. “Com este projecto podemos fazer a diferença, quer a nível individual, quer coletivo – alterar hábitos, diagnosticar atempadamente e acompanhar os nossos utentes com uma proximidade que os constrangimentos do quotidiano e a deslocação física não permitem", conclui