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Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal reforça que a política de testagem «tem de ir mais longe»

Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal reforça que a política de testagem «tem de ir mais longe»

A Portaria n.º 56/2021 publicada hoje estabelece «um regime excepcional e temporário para a realização em autoteste de testes rápidos de antigénio».

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) congratula-se com as medidas anunciadas hoje, dia 12 de Março, pela Portaria n.º 56/2021 sobre a realização em autoteste de testes rápidos de antigénio. Considera, no entanto, que o sistema de testagem proposto hoje é «uma solução tímida e sem garantias de continuidade».

A portaria n.º 56/2021 publicada hoje «estabelece um regime excpecional e temporário para a realização em autoteste de testes rápidos de antigénio, destinados, pelos seus fabricantes, a serem realizados em amostras da área nasal anterior interna».

Segundo a mesma portaria, «os testes rápidos de antigénio abrangidos pelo presente regime excepcional podem ser disponibilizados:

Às unidades do sistema de saúde;

Para venda em farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica autorizados;

Noutros locais a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde.

José Manuel Boavida, Presidente da APDP, considera que esta «é uma boa solução, mas tímida e sem garantias de continuidade. Facilitar a vida das pessoas é sempre determinante para o sucesso das políticas. Continuamos a considerar que é necessário existir um plano global de testagem com medidas interligadas, como parte do plano de desconfinamento. Não pode haver desconfinamento seguro sem esse plano. A oferta de um teste por pessoa, por semana, como estratégia de testagem de iniciativa do Estado e da Administração Local e o reforço da comunicação para motivar a população a aderir a esta forma de auto-testagem serão complementares para que o controlo da pandemia seja conseguido e percebido por todos».

Recorde-se que no dia 10 de Março a APDP, em conjunto com outras associações de doentes, médicos e autarcas, lançou uma petição que sugere a implementação de duas medidas: a venda sem prescrição médica obrigatória dos testes rápidos de antigénio para o SARS-CoV2, preferencialmente os de saliva e a oferta semanal de um teste rápido de antigénio por pessoa, através do Centro de Saúde, da Junta de Freguesia ou de organizações de base comunitária.

«A petição é uma proposta das associações que assenta na colaboração, participação e cidadania num projecto de desconfinamento que garanta segurança e confiança no futuro. É a resposta cidadã à estratégia central de testagem do Governo e Administração Local. Nessa estratégia, a testagem sistemática deve existir nos locais de concentração de pessoas: das escolas, às fábricas, aos escritórios, às lojas, entre tantos outros, passando pelos centros de saúde e hospitais. Dar e facilitar o acesso dos testes rápidos de antigénio para o SARS-CoV2 às pessoas é enquadrá-las nesse projecto global», explica José Manuel Boavida.

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