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Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos dá voz a quem cuida

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos dá voz a quem cuida

No âmbito do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos a APCP lança uma campanha de sensibilização sob o mote “Dar Voz a quem Cuida”. Esta iniciativa tem como objetivo ouvir as necessidades dos cuidadores informais, as expectativas dos profissionais de saúde e os compromissos dos decisores políticos

Em Outubro comemora-se o mês dos Cuidados Paliativos, e pela primeira vez, a APCP promove uma campanha centrada nos cuidadores informais (familiares) e cuidadores formais (profissionais de saúde) e dá voz aos decisores políticos.

“A campanha "Dar voz a quem Cuida" pretende ouvir os familiares de doentes em situação paliativa e os profissionais de saúde, com o objetivo de se promover a melhoria da prestação destes cuidados no nosso país.Queremos, acima de tudo, que a comunidade e os decisores políticos oiçam as dificuldades dos cuidadores e reflitam sobre a necessidade de se mudar a perceção social sobre estes cuidados. É imperativo que o Serviço Nacional de Saúde disponibilize, a curto prazo, cuidados equitativos e de qualidade para todos”, explica Dr. Duarte Soares, Presidente da APCP.

A Campanha “Dar Voz a quem Cuida”, durante o mês de outubro, irá percorrer vários Hospitais nacionais, através da disponibilização de Cartazes informativos e ainda de individuais de tabuleiros nas zonas de refeitório/bares e cafetarias, com mensagens de sensibilização aos utentes. A Campanha terá ainda uma forte componente digital. No site e página de Facebook da Associação serão divulgadas mensagens e vários vídeos em formato testemunho com cuidadores informais, profissionais de saúde e deputados.

Nestes vídeos vamos poder constatar a escassez de apoio na comunidade, a necessidade de desenvolvimento dos cuidados paliativos pediátricos, a necessidade de se promover a formação dos profissionais de saúde e de se incluir os educadores e professores no processo do desenvolvimento dos cuidados paliativos no país, a necessidade de reforço urgente de profissionais especializados nos nossos hospitais, as dificuldades nas respostas publicas, entre muitas outras expectativas legitimas criadas nos últimos anos, por parte dos decisores políticos.

Recordo, que um Estudo divulgado este ano, onde participou a investigadora portuguesa Professora Dra. Bárbara Gomes, apontou que quase 50 milhões de pessoas vão morrer em 2060 sem cuidados paliativos. Questiono se é este o futuro que queremos para as próximas gerações?

Dando voz a quem efetivamente cuida esperamos ajudar os decisores a adotarem políticas que aliviem o sofrimento dos doentes e seus familiares, evitem o enfraquecimento dos sistemas de saúde e apoiem os seus profissionais 

e cuidadores informais, os verdadeiros heróis de uma sociedade verdadeiramente moderna para o futuro”, conclui o Presidente da APCP.

Portugal é o país da Europa com maior taxa de cuidadores informais, estimando-se que haja mais de 800 mil pessoas a cuidar em casa de pessoas dependentes. A estes números junta-se o facto de, por ano, cerca de 89 mil pessoas necessitarem de cuidados paliativos e existirem pelo menos 8 mil crianças e jovens com necessidades paliativas. Contudo, cerca de 50% das pessoas referenciadas acabam por morrer sem terem acesso aos respetivos cuidados.

Esta Campanha conta com o apoio da DELTA Cafés, da Angelini Farmacêutica Portugal e da Grünenthal Portugal

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